Mestre Antônio Aniceto receberá homenagem na Expocrato

A cultura do Cariri ganha espaço na 64ª Expocrato, com os grupos de tradição. Os desfiles e apresentações acontecem durante a semana, em espaços do evento. O 55º Encontro Elói Teles de Cultura, realizado por meio da Fundação do Folclore Mestre Elói, trará para o palco montado na ExpoCrato 260 integrantes de grupos folclóricos, cantores de forró de raiz, poetas.

Artistas que tradicionalmente preenchem a identidade cultural do Cariri, destacando um forte sentido de resistência, segundo o presidente da fundação, Catulo Teles.

Este ano, um dos homenageados será o mestre Antônio Aniceto, falecido no dia 12 de janeiro último, aos 82 anos. Será entregue uma comenda em seu nome aos mestres mais antigos participantes do encontro, Aldenir Aguiar, Raimundo Aniceto e o poeta popular Pedro Bandeira, que estiveram presentes desde o primeiro evento. A abertura do encontro não poderia ser diferente. Acontece com a apresentação da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, e depois a banda de Forró Os Matuto do Serão. Todas as noites, segue programação diferenciada, com o encontro que conta com o apoio da Associação dos Ovinos e Caprinos da Biorregião do Araripe.

O reisado, côco, maneiro pau, lapinha, poesia, música, quadrilhas, tem o seu espaço garantido, segundo o presidente da Fundação Mestre Elói. "Os participantes além de vivenciarem as apresentações do mais genuíno da nossa terra, também poderão degustar a garapa de cana do engenho de rapadura com o beiju da casa de farinha", diz CatuloTeles. De acordo com presidente da Fundação, não se tem como pensar numa manifestação popular do porte da ExpoCrato, sem a presença dos grupos de tradição.

De acordo com Catulo, muito se tem falado da pujança da cultura do Crato e o encanto da cultura local se traduz por meio de diversas interpretações de sociólogos, historiadores, turistas e pessoas chegam por questões comerciais. Ele destaca a importância de se enfatizar os valores presentes no povo cratense. Para Catulo Teles, há também um aspecto fundamental nesse trabalho, como forma de mostrar para as novas gerações a presença das origens e a valorização como patrimônio cultural.

Durante 40 anos o folclorista Elói Teles realizou o encontro, que agora é continuado pelo seu filho, Catulo. "Negar a cultura popular é rasgar a sua própria identidade, lembra ele, da frase dita pelo pai, que foi um dos grandes divulgadores dos grupos de tradição, ao mesmo tempo em que destaca ser o espaço uma trincheira de resistência.

Fonte: Diário do Nordeste

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