O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quarta-feira que, no segundo semestre, que quer discutir a criação de um imposto para financiar a saúde. Essa é uma bandeira que tem sido defendida pelo PT.
— Eu quero reintroduzir no segundo semestre a questão do financiamento da saúde. Não é negócio de CPMF, é outro modelo — disse ele.
Durante o 5º Congresso do PT, no mês passado, o ministro Arthur Chioro (Saúde) disse que tem negociado com governadores a criação de um novo imposto para aumentar os recursos para o setor. Na ocasião, ele afirmou que a ideia é que a cobrança poupe a classe média e incida apenas sobre as grandes movimentações financeiras. Horas depois, no entanto, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) negou a intenção de criar o tributo e o próprio Ministério da Saúde soltou nota afirmando que "o governo federal não trabalha com nenhum modelo novo de financiamento".
Apesar das sucessivas derrotas sofridas pelo governo na Câmara, o líder do governo disse ontem que o semestre foi “vitorioso”. Guimarães minimizou, por exemplo, a redução da maioridade penal, aprovada em primeiro turno.
— É o tipo da derrota que não tem problema. É boa para você polarizar, debater, criar relação com os movimentos sociais. Nossa expectativa é derrotar a redução da maioridade penal no segundo turno — disse ele.
Quanto ao risco de o governo ter as contas de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e isso abrir caminho para um pedido de impeachment, Guimarães disse que o Palácio do Planalto tem que conviver com esses “mal assombros”.
— Tem que conviver com esses mal assombros. Não tem base jurídica e muito menos política.
Fonte: O Globo
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