Memória do reisado: Folia de reis atrai as crianças a participarem da manifestação no Cariri

Messim, como gosta de ser chamado Cícero Flaviermerson Azarias da Silva, de 7 anos, ainda estava um pouco ofegante quando começou a cantar "esse Reisado quando sai à rua, noite de lua, só parece um beija-flor/ eu tenho valor, eu tenho memória, meu peito chora, meu coração sente dor". A apresentação de seu grupo, o Reisado Mirim Santo Expedito, na Praça José Geraldo da Cruz, em Juazeiro, tinha acabado há pouco quando sua irmã mais velha, a mestra Cícera Flatenara Azarias da Silva, 20, o convidou a responder algumas perguntas da moça.

Qual sua música preferida? Tomou fôlego e entoou: "Eu fui um batizado, eu fui um batizado, lá no rio de Jordão, lá no rio de Jordão/ São João batizou Cristo, São João batizou Cristo/ e Cristo batizou São João/ e Cristo batizou São João". Messim brinca reisado desde um ano de idade - isso foi ele mesmo quem contou. Em casa, ele acompanha as atividades do pai, Cícero Frank, com o Reisado Manoel Messias, e da irmã mais velha, que começou com o grupo mirim há uns oito anos.

"O meu reisado foi fundado quando eu ainda brincava de rainha com meu pai. A gente foi e decidiu montar um reisado mais com meninas, mas que não fosse só pra mulher, fosse mirim, homem e mulher, mas a prioridade é que sejam crianças", conta Flatenara. Segundo ela, não há muita diferença, mas os pequenos dão bem menos trabalho. "Eles gostam daquela folia, da zoada, e aprendem mais rápido. Se você trabalhar com adulto, quebra mais a cabeça", confessa ela, que brinca desde os dois anos de idade.

Nos ensaios do grupo infantil, que sempre tem dois ou três novatos, "eles dançam, eles cantam, tem interesse por tudo, mas o foco é as espadas!", revela a jovem mestra. "O meu foco também foi esse, até hoje ainda é...", lembra. Ela aprendeu tudo do reisado com o pai. Quando ele não podia ensinar, ficava apenas observando. E isso foi suficiente para que ela demonstre sua força e esperteza em qualquer batalha.

Encenações
Além das espadas, Messim também tem um apreço pelos "bichos". "Os bichos que ele diz são os entremeios que a gente coloca: a gente tem boi, jaraguá, que a gente chama no meio das apresentações", explica Flatenara. Os entremeios são apresentados como pequenas encenações dramáticas, intercaladas com a execução de peças, embaixadas e batalhas. Os personagens são tipos humanos ou animais e seres fantásticos humanizados.

"Chegou chegou/Já chegou meu Jaraguá/O bichinho é bonitinho/Ele sabe vadiar" é uma das peças famosas, cantadas para o pássaro do reisado brasileiro. "A gente ensina. Sempre falo: a gente canta primeiro, vocês escutam, aí depois vocês repetem. Assim eles aprendem. A gente canta uma, duas, três vezes pra eles memorizarem", conta. "Demora muito não pra eles aprenderem, os que têm interesse, demora não", enfatiza.

Mestra Lúcia, do Reisado Mirim Estrela Guia, e Mestre Dodô, do Reisado São Francisco compartilham da opinião de Flatenara sobre o empenho dos pequenos. "A gente ensaia canto, dança, jogo de espada - é muito bom que elas aprendam, que é pro coral sair direito", comenta Mestra Lúcia. "A criança tem facilidade de aprender tudo que quiser, basta querer", complementa Mestre Dodô. Até mesmo na hora de confeccionar as roupas, os pequenos dão uma mãozinha. "Diga a ela Messim, que você ajuda a cortar, a colar os espelhos", orienta a mestra do Reisado Mirim Santo Expedito.

Transmissão
Com um bebê de seis meses, Flatenara já tem uma certeza: "minha intenção é que ele siga a trajetória minha, do meu pai, do meu avô". Quando gestante, ela chegou a brincar até oito meses. "Tirei quilombo na rua nos três dias. Saía de manhã e voltava seis da noite. Tirar quilombo é a comemorativa do nascimento de cristo, que tem no mês de dezembro. Começa dia 25 e vai até dia 6 de janeiro. A gente brinca natal, ano novo e dia de reis", contextualiza.

Três dias antes de Gustavo, seu filho, vir ao mundo, ela ainda estava na rua. "Achei que quando eu fosse ter filho eu ia parar, mas agora que eu brinco!", comemora. A criança, no entanto, não estava na Praça José Geraldo da Cruz, na ocasião da brincadeira realizada durante a 19ª Mostra Sesc Cariri. "Eu não trouxe ele porque a gente brincou sábado e domingo, aí fica puxado. Mas ele já é a quarta geração no reisado", fala confiante. No que depender do gosto da família pela tradição, ainda virão muitas outras. E o melhor, eles não são os únicos.

Saiba mais
Luís da Câmara Cascudo, no seu Dicionário do folclore brasileiro, diz que Reisado é a denominação erudita para os grupos que cantam e dançam na véspera e Dia de Reis.

O Reisado é formado por um grupo de músicos, cantores e dançarinos que percorrem as ruas das cidades e até propriedades rurais, de porta em porta, anunciando a chegada do Messias, pedindo prendas e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam;

O Mestre é o solista, sendo respondido pelo coro a duas vozes. Os instrumentos utilizados alternadamente são: a sanfona, o tambor, a zabumba, a viola, a rabeca ou violão, o ganzá, pandeiros, pífanos e os "maracás", chocalhos feitos de lata, enfeitados com fitas coloridas;

Os passos na dança do Reisado incluem o gingá, onde os figurantes de cócoras se balançam e gingam; a maquila, um pulo pequeno com as pernas cruzadas e balanços alternados do corpo para os lados, entre outros;

A manifestação tem como personagens principais o Mestre, o Rei e a Rainha, o Contramestre, os Mateus, a Catirina, figuras e moleques.

*Fonte: Lúcia Gaspar (Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco, Recife/PE)

ROBERTA SOUZA
ENVIADA ESPECIAL

Fonte: Diário do Nordeste

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Por que sentimos nosso celular vibrar mesmo quando nada acontece?

Você já teve a impressão de que seu celular estava vibrando em seu bolso quando, na verdade, nada estava ocorrendo com ele? Pois saiba que você definitivamente não é o único: segundo um estudo publicado na revista Men’s Health, 89% dos usuários de smartphone passam por essa sensação.

Antes que você comece a criar teorias malucas sobre as causas disso, pode ficar calmo. Isso é o simples resultado de nosso costume com esses aparelhos; ou melhor, de nosso costume a ficar atentos a qualquer aviso ou notificação vindos de nossos dispositivos.

“Nós estamos sintonizados a procurar sinais, como uma vibração, que nos alerta de um texto ou uma ligação de telefone”, explicou Michelle Drouin, autora do estudo. “Se você associar uma mensagem de texto com algo potencialmente significativo, como muitas pessoas fazem, você vai passar a esperar esses sinais”, continuou.

Não menos interessante é o fato de que, embora as pessoas sintam isso em torno de uma vez a cada duas semanas, esses eventos falsos tendem a ocorrer com frequência muito maior – e até mesmo com sons – caso você esteja esperando uma mensagem importante ou se sinta especialmente estressado.

Um problema com cura
Felizmente, há uma solução para que esse problema reduza ou pare por completo, mas você não vai ficar nada feliz em saber qual é ela. Basicamente, o segredo é deixar seu smartphone fora de seu alcance e desligado (ou no modo silencioso) algumas horas por dia, repetindo o processo por pelo menos uma semana. Pois é, eu avisei que você não ia gostar da resposta, mas ao menos é uma cura.

Fonte: Tecmundo

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Barbalha (CE): Cultura da cana de açúcar é substituída pela banana

O "cheiro de mel que o vento traz", como canta Alcymar Monteiro em "Verdes Canaviais", diminuiu na última década. Apenas cinco engenhos mantêm a produção de cana-de-açúcar neste Município do Cariri cearense. Dois fabricando apenas rapadura, e três que, além do doce, fazem a cachaça, batida e alfenim. Todos trabalhando somente por encomenda.

A tradição da cana-de-açúcar diminuiu muito em Barbalha, que, até a década de 1960, possuiu cerca de 100 engenhos. Mas este grande número vem desde o período colonial, quando iniciou a produção no Cariri motivada pela quantidade de água encontrada nas fontes da região. Por meio de valas, ela deslizava em direção aos canaviais, molhando as áreas de baixio. Este sistema também era utilizado na policultura, produzindo arroz, milho e mamona.

Os primeiros engenhos instalados na região eram de madeira e dominaram o setor até o século XVIII, quando foram substituídos pelos engenhos de ferro, movidos por força hidráulica ou animal. Pela dependência da propriedade dispor de água, a moenda movimentada por bovinos ganhou mais difusão no Cariri.

Entre 2002 e 2012, 13 engenhos fecharam as portas em Barbalha. A maioria era herança de pai ou avô, produtor de rapadura. Todos com mais de 10 anos de funcionamento. É o caso Jorge Garcia, que cuidou do engenho de seu avô, José de Sá Barreto Garcia, depois que ele faleceu, seguindo os costumes da família e fabricando o produto no Sítio Bulandeira. Porém, em 2011, ele largou a cana-de-açúcar.

"Fui um dos maiores produtores de rapadura de Barbalha. Larguei porque o comércio diminuiu muito. Também tinha uma perseguição muito grande dessas leis, sem nós termos condições de pagar as custas que o Governo exigia. O pessoal diminuiu muito o consumo de rapadura. Na época do algodão, saía muito, porque tinha muito operário comendo", lembra.

A economista Denize Paixão, que pesquisou a produção na primeira década de 2000, acredita que a decadência dos engenhos está associada, principalmente, à dificuldade de comercialização, baixa lucratividade, evasão de mão de obra, falta de recursos, além das exigências do Ministério do Trabalho de regularização do pessoal ocupado, melhoramento nas unidades produtivas, de condições de trabalho e higiene do produto.

Hoje, os cinco engenhos, quase que vizinhos, localizados na entrada da cidade, só funcionam dois dias na semana. A maior parte do movimento acontece na época das romarias, na cidade vizinha, Juazeiro do Norte. Muitos visitantes vão até as fábricas de rapadura e compram, inclusive cachaças e doces fabricados de outras cidades.

A estrutura do engenho de cana-de-açúcar se mantém, apesar do equipamento ter se deteriorado com o tempo, como o trator e o caminhão que deixava a carga dos produtos. "Está tudo aí, se quiser moer cana amanhã, eu vou moer. Tá tudo do mesmo jeitinho", garante Jorge.

No auge da rapadura, comprou carro e fez sua casa. Com nostalgia, lembra todo o processo de produção do doce. "Moía a cana, extraia o caldo, a 'garapa', depois saía para as caldeiras, que levava fogo, aí fazia o processo até o mel 'cachear', mexendo na gamela, para depois levar para as formas", conta.

Com a queda da rapadura, Jorge Garcia resolveu plantar banana, uma cultura que vem ficando cada vez mais comum no Cariri. "Planto para a terra não ficar ociosa. São duas tarefas só para entreter", brinca. Da época em que trabalhava com até 50 pessoas, hoje o agricultor faz tudo sozinho e vende a fruta para pequenos comerciantes locais, que compram na porta do sítio.

Usina abandonada
A dez quilômetros dali, na Usina Manoel Costa Filho, na saída de Barbalha para Missão Velha, na beira da CE-293, a paisagem foi ocupada por bananeiras há quatro anos. O equipamento, adquirido pelo Governo do Estado em 2013, por R$ 15,4 milhões, ainda não foi reativado e sequer há alguma expectativa de voltar a produzir açúcar ou etanol. Criado em 1973, o prédio está desativado há mais de uma década.

A área em volta da Usina, com 65 hectares, foi comprada pelo empresário João Landim. Segundo ele, o terreno estava penhorado pelo Banco Industrial e Comercial, e resolveu ampliar a plantação de bananas que três anos antes começou no distrito de Missão Nova, em Missão Velha. Sua empresa, a Paraíso Verde, produz em cerca de 500 hectares nos dois municípios. "Como meus pais eram agricultores e sempre gostei, resolvi apostar. Mas não via nada que fosse viável. Conversando com amigos, indicaram a banana como bom negócio", explica.

Dificuldades
No início, teve dificuldades para escoar os produtos, batendo de porta em porta nos supermercados. "Teve supermercados que fomos 20 vezes oferecer. A gente não tinha essa credibilidade, mas, aos poucos, fomos conseguindo, a quantidade aumentando. Hoje, estamos vendendo 80% para supermercados. Alguns vieram visitar e começaram a comprar", completa.

A banana plantada no Cariri é vendida em várias partes do Nordeste, mas tem quatro núcleos de distribuição: Teresina (PI), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e São Luís (MA). Em 2009, 60 funcionários deram início à Paraíso Verde, que hoje emprega 350 pessoas. A cidade de Missão Velha, por exemplo, é a oitava maior produtora de banana do Brasil com 2,8 mil hectares de plantação e quase 90 mil toneladas da fruta colhidas por ano.

Adaptação
No entanto, o agrônomo Camilo Cabral explica que o solo na região não é ideal para a banana, que aumenta o custo da produção em relação a algumas áreas que também produzem o fruto no Brasil.

"São predominantemente ácidos e bastante arenosos. Como tem sistema de irrigação, faz alteração do solo e adiciona matéria orgânica. A gente também faz as coletas de solo para fazer análises e recomenda algumas correções para elevar o nutriente para a planta", afirma.

Por outro lado, a região é favorecida para a fruticultura por chover acima da média em relação a outras regiões do Estado, além de possuir muita água no aquífero, acessada por meio de poços profundos.

"A produção da fruticultura tem diminuído em alguns estados por falta de água. Com isso, as empresas têm migrado de outras regiões do Ceará, algumas fechando as portas ou diminuindo a área plantada, enquanto o Cariri está se destacando", acredita o agrônomo.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Kings Of Convenience - Misread


Proposta do Ministério da Fazenda eleva imposto e tira vantagem do carro popular

O Ministério da Fazenda apresentou uma nova proposta para o regime do setor automotivo, chamado de Rota 2030, que, na prática, eleva o imposto cobra sobre os carros populares dos atuais 7% para 10% a 15%.

A proposta permitiria ao governo brasileiro lançar um novo programa de estímulo à indústria automotiva sem comprometer as negociações para um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

Integrantes do governo que participam das negociações afirmam que a ideia apresentada pela Fazenda na semana passada eleva para 25% a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado de todos os veículos –nacionais ou importados– e concede descontos que ficariam entre 10 e 15 pontos percentuais de acordo com uma combinação de três fatores: eficiência energética, segurança veicular e emissão de poluentes.

Dessa maneira, o governo colocaria fim à diferença por cilindradas do IPI de veículos nacionais, que hoje varia de 7% (carro 1.0) a 25% (carro 2.0 a gasolina).

Além desse imposto, os veículos importados pagam hoje um adicional de até 30 pontos porcentuais de IPI devido à atual política industrial, que estimula a produção local.

O objetivo da Fazenda é eliminar o tratamento diferenciado dado a veículos produzidos no Brasil e aos carros importados, que levou o Inovar-Auto, atual programa de estímulo às montadoras, a ser condenado pela OMC (Organização Mundial do Comércio). O programa vence no final deste ano e o setor negocia uma nova versão, chamada de Rota 2030.

O governo do presidente Michel Temer teme que essa situação comprometa a negociação do Mercosul com a União Europeia. Os europeus fizeram as reclamações na OMC contra os incentivos dados pelo Brasil às montadoras.

Divergência
O Ministério do Desenvolvimento não concorda com a proposta da Fazenda e apresentou uma outra alternativa. As alíquotas base do IPI seriam mantidas entre 7% e 25%, conforme a cilindrada. Também seria aplicada uma taxa extra de 10 a 15 pontos porcentuais, que poderia ser reduzida ou até zerada se o veículo atender as exigências de segurança veicular, eficiência energética e a montadora investir em pesquisa e desenvolvimento.

Para os técnicos do Desenvolvimento, sua proposta já significaria uma redução na proteção do setor contra os veículos importados. Eles defendem ainda que o IPI deve ser menor para o carro popular, que é considerado um "bem essencial". As montadoras também pressionam contra a proposta da Fazenda, argumentando que não há espaço para aumento de carga tributária enquanto ainda operam com cerca de 50% de capacidade ociosa.

Desenvolvimento e Fazenda concordam, no entanto, que o novo programa precisa abolir incentivos para a instalação de fábricas, ampliação de produção ou contratação de pessoal. A versão inicial do Rota 2030 previa a concessão de benefícios tributários para as montadoras que ampliassem fábricas no país e atingissem metas de capacitação de fornecedores.

Com a mudança, técnicos no governo estimam que a participação de importados no mercado brasileiro suba de 10% para 20%.

As estimativas da Fazenda é que os descontos do IPI gerarão uma renúncia fiscal de R$ 1,5 bilhão por ano no Rota 2030, patamar semelhante ao do Inovar-Auto. Dessa maneira, os incentivos tributários para o setor automotivo permaneceriam. O programa consumiu até agora pouco mais de R$ 6,5 bilhões, segundo a Receita Federal.

Fonte: Folha.com

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É o fim! Temer acaba com o sonho da faculdade de medicina no Crato

O governo federal vai suspender a abertura de novos cursos de medicina pelos próximos cinco anos, por meio de uma moratória, segundo informações do Ministério da Educação (MEC). O decreto já foi elaborado pelo MEC, mas ainda precisa ser assinado pelo presidente Michel Temer para entrar em vigor. Com isso a implantação da faculdade de medicina em Crato e em outras cidades cearenses está suspensa.

Os dois editais em andamentos, lançados ainda na gestão anterior, para a criação de novos cursos terão continuidade. Um deles previa a criação de 36 cursos com 2.305 vagas em municípios do Sul e Sudeste. Destes, 11 cursos com 710 vagas foram implementados até agosto do ano passado. Os 25 cursos restantes ainda terão as vagas abertas.

A medida seria um reivindicação da classe médica que está preocupada com a qualidade de ensino nas faculdades de medicina. A medida vai na direção contrária a de gestões anteriores do MEC, que investiram na expansão dos cursos para suprir déficits na distribuição dos profissionais pelo país: o número de habitantes por médico no Norte é quase três vezes o do Sudeste.

Em nota, o MEC disse que tomou dados para a decisão. "O MEC levou em conta os dados da Organização Mundial de Sáude (OMS), que apontam que o Brasil já atingiu as metas de alunos/vagas estabelecidas, de cerca de 11.000 por ano", informa o ministério.

A pasta diz que a medida foi uma proposta do ministro Mendonça Filho ao presidente Michel Temer. "A medida visa a sustentabilidade da política de formação médica no Brasil, preservando a qualidade do ensino, já que o Brasil é referência na formação médica."

Em nota, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) disse que a medida é um retrocesso. “Estancar a criação de novas graduações na área não tem qualquer relação com a garantia da qualidade dos serviços prestados e nem dos profissionais que são disponibilizados no mercado de trabalho. As instituições de ensino passam anualmente por avaliações feitas pelo próprio Ministério, cujo processo inclusive está sendo reformulado”, diz Janguiê Diniz, diretor presidente da ABMES.

Do outro lado, a Associação Médica Brasileira (AMB) manifestou "total apoio à moratória" e cobra até mesmo o cancelamento de editais anteriores, pleito negado pelo MEC. "Médicos mal formados são mais inseguros, solicitam exames desnecessários, não utilizam os tratamentos apropriados, não seguem os protocolos corretos, aumentando o tempo de internação dos pacientes e de intervenção médica sem real necessidade”, diz o presidente da AMB, Lincoln Ferreira.

Mais médicos: expansão
A expansão dos cursos de medicina estava prevista desde 2014 e fazia parte do programa Mais Médicos. À época, os dados oficiais apontavam que o país tinha 21.674 vagas de medicina. Sob a gestão do ministro da Educação, Henrique Paim, o governo federal estabeleceu como meta de criar 11,5 mil novas vagas em cursos de medicina.

Em uma primeira etapa da expansão, 36 cidades atenderam aos critérios do MEC e foram contempladas com a autorização para abrir os cursos. As cidades escolhidas tinham 70 mil habitantes ou mais e não ofereciam a formação médica.

Edital questionado pelo TCU
Publicado em dezembro de 2014, o edital que previa a seleção das instituições para criação das novas vagas de medicina, foi suspenso em outubro de 2015 pelo Tribunal de Contas da União.

Na ocasião, a ministra Ana Arraes destacou em seu despacho que no edital do MEC não havia "delimitação clara dos critérios de habilitação, principalmente quanto à capacidade econômico-financeira" das mantenedoras. Somente em julho do ano passado, o TCU determinou a liberação do edital.

Em setembro do ano passado, o secretário de regulação e supervisor da educação superior do MEC, Maurício Costa Romão, disse, em entrevista ao G1, que para ter a proposta contemplada, a instituição tinha de cumprir três requisitos: ter bons indicadores de qualidade, robutez financeira e projeto pedagógico para a formação médica. "As propostas que não foram habilitadas não cumpriram um ou mais critérios", afirmou.

Novos cursos com bolsas
O projeto de expansão prevê que dez por cento das vagas devem ser concedidas com bolsas voltadas para estudantes de baixa renda. O objetivo da abertura de novos cursos é garantir atendimento a municípios considerados prioritários pelo governo. Todas as cidades têm pelo menos 70 mil habitantes e não ofereciam a formação médica, segundo o governo.

Fonte: G1

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Após transplante, pacientes correm risco de morte sem remédios do governo

Por dois anos, Maria do Socorro Rodrigues, 49, viveu em sofrimento, após receber o diagnóstico de colangite esclerosante primária, uma doença rara que inflama os dutos biliares, gerando cicatrizes e a obstrução desses canais. Passou outros quatro meses na fila de espera por um transplante de fígado.

Recebeu uma ligação em maio deste ano informando que o órgão de que ela precisava para sua operação havia chegado. Foi para a sala de cirurgia e pensou que seus pesadelos haviam acabado.

Foram nove horas na cirurgia e 35 dias de interação antes de poder voltar para casa, no município de Campina Grande (PB).

Corria tudo bem na recuperação, até que ela passou a enfrentar problemas para receber o Tacrolimo, medicamento para evitar a rejeição do órgão transplantado. Essa mesma situação aflige cerca de 400 outros pacientes na Paraíba, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PB). 

Diariamente, Maria do Socorro precisa tomar sete comprimidos de Tacrolimo. São três pela manhã e quatro à noite. Por recomendação médica e risco de rejeição do fígado, a paciente não pode ficar sem tomar nem um comprimido sequer, sob risco, inclusive, de morte.

"A gente pensa que o mais difícil é conseguir o órgão. Confesso que nunca pensei que passaria por isso. Vivemos em um total estado de insegurança e apreensão porque hoje eu tenho o medicamento, mas e amanhã? Quem me garante que vou receber?", afirma. 

"Eu tenho medo de morrer"
Maria do Socorro não tem condições de comprar o remédio, que custa em média R$ 1.200 por uma caixa com cem comprimidos. Mas não poderia mesmo que tivesse, porque o Tacrolimo não é encontrado facilmente nas farmácias. Isso devido ao valor alto e ao público restrito, o que não desperta interesse dos donos de farmácia.

Sendo assim, sua distribuição acaba sendo feita gratuitamente pelo Ministério da Saúde. O governo federal repassa o medicamento aos Estados e estes ficam responsáveis por distribuir para a população que necessita tomar.

Segundo os relatos dos entrevistados pela reportagem, a entrega deste remédio na Paraíba é irregular desde meados de fevereiro deste ano.

"Muitas vezes meu marido vai à central de distribuição e só pega comprimidos para dez ou 20 dias, quando deveria pegar para um mês inteiro", conta Maria do Socorro. "Para não ficar sem o remédio, eu já recorri a médicos do Recife, onde meu transplante foi realizado", completa. 

No último dia 3 de novembro, ela recebeu 140 comprimidos de Tacrolimo, mas deveria ter ficado com 210. "Eu tenho medo de morrer. Fico temerosa com essa situação e bate a ansiedade. Um transplantado deveria evitar situações de estresse, segundo as recomendações médicas. Mas o que fazer numa situação dessa?"

"Vão esperar a gente morrer para resolver?"
O aposentado Wilson de Oliveira, 51, compartilha a mesma angústia de Maria do Socorro. Ele esperou oito meses por um transplante de fígado, realizado em fevereiro deste ano, e agora enfrenta o desafio de receber o Tacrolimo.

"Por várias vezes neste ano recebi fracionado para dez dias. A gente fica à mercê da burocracia. Será que vão esperar a gente morrer para resolver essa situação?", diz ele.

O problema dele é compartilhado com os três filhos e a mulher, temerosos do que possa acontecer. "Estou no período de maior cuidado, de fragilidade, e me vejo de mãos atadas. Não nos resta outra alternativa a não ser esperar. Além do risco de rejeição do órgão, é uma tortura psicológica", conta Oliveira.

Doações do remédio pelo WhatsApp
Há dois anos, pacientes transplantados da Paraíba encontraram um pouco de alívio por mensagens do WhatsApp, nas quais trocam experiências e se ajudam doando ou emprestando comprimidos de Tacrolimo.

A criadora do grupo é Danielle Paiva, presidente da Associação Paraibana de Transplantados e Familiares (Apheto). Ela acompanha de perto o drama dos pacientes.

"Infelizmente isso é uma realidade que aflige pacientes não só da Paraíba, mas de todo o Brasil. É doloroso saber que um transplante hepático custa cerca de R$ 70 mil e que muitos pacientes correm risco de rejeição pela falta de medicamento. O custo é muito alto", afirmou Danielle. 

"Um órgão não tem preço", diz especialista em transplantes
A falta da medicação imunossupressora aos pacientes transplantados pode causar rejeição de órgão ou mesmo a morte, em casos mais graves, segundo o médico hepatologista José Eymard de Medeiros Filho, coordenador do setor de transplante de dois hospitais de João Pessoa.

O Tacrolimo, explica Medeiros, é a base de tratamento para quem faz transplante de fígado, rim ou coração.

Segundo o médico, o risco de rejeição depende de fatores como tipo de imunossupressão, tipo de transplante e tempo de operação. "Quanto mais tardio, melhor tolerância tem o enxerto do transplante."

Segundo ele, o fato de não tomar um ou dois comprimidos não necessariamente vai causar a rejeição do órgão. "Obviamente que, se o paciente fez o transplante há dois, três dias e deixa de tomar uma dose, que geralmente é de mais de um comprimido, essa pessoa, por estar em fase de adaptação, tem um risco maior do que outra pessoa que fez o transplante há mais tempo", diz.

A falta do Tacrolimo para transplantados de rim pode levar à perda do enxerto e ao retorno à hemodiálise. Já para fígado e coração, o risco é de perda do enxerto, retransplante ou mesmo a morte.

Medeiros conta ainda que a medicação até pode ser substituída dentro um planejamento a médio ou longo prazo, em virtude de efeitos colaterais, mas não deve ser trocada simplesmente porque o medicamento está em falta.

"Infelizmente, o fornecimento irregular pelo governo tem levado os pacientes a reduzirem o número de comprimidos que tomam para que possam ficar com algum grau de imunossupressão. Mas alguns pacientes têm realmente ficado sem medicação e isso, consequentemente, tem um risco muito elevado para eles."

Ele ressalta "o receio de que todo o trabalho médico e familiar seja prejudicado pela falta da medicação". "Muitos pacientes vão para outros Estados para receber o órgão e, quando retornam, se veem nessa situação. A gente tenta fazer ajustes, colocando os pacientes em contato uns com os outros para que possam ceder comprimidos, quando possível. O ideal é não passar por isso, pois é um investimento. E um órgão não tem preço", finalizou.

O que dizem os governos federal e estadual
Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba informou que a responsabilidade da compra do medicamento Tacrolimo é do Ministério da Saúde e afirmou que há um ano o ministério "vem atrasando e diminuindo o abastecimento do Tacrolimo aos Estados, deixando na Paraíba 401 pacientes preocupados com essa situação".

Ainda de acordo com a SES-PB, o repasse dos medicamentos foi feito com atraso em todos os trimestres deste ano, prejudicando o tratamento dos usuários, pelo risco de rejeição do órgão.

Segundo a tabela apresentada pela secretaria, para o período de outubro a dezembro de 2018, dos 150 mil comprimidos que deveriam ser entregues, apenas 40 mil haviam sido recebidos até o dia 16 de outubro.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, apesar das reclamações dos pacientes transplantados, o abastecimento na Paraíba "encontra-se regular".

Contudo, reconheceu que as entregas estão sendo feitas parceladas "de forma a não desabastecer o Estado". Informou ainda que uma nova remessa do medicamento deve chegar à Paraíba na segunda quinzena de novembro. 

O ministério explicou que o problema do Tacrolimo se deu em decorrência de uma decisão judicial encerrando a parceria de desenvolvimento produtivo que produzia o medicamento. "No entanto, já foi iniciada a regularização dos estoques do medicamento em todo o país", finaliza a nota. 

Fonte: UOL

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Infância de reis: As vozes das crianças fazem coro à tradição de reisados no Cariri

Cícero Davi ainda era uma criança de colo quando começou a acompanhar os cortejos do Reisado Mirim Estrela Guia, em 2015, nas ruas de Juazeiro do Norte. Agora, com apenas três anos de idade, ele já sai na linha de frente do grupo, com a imponência de príncipe, ao lado princesa Sofia. Juntos, eles são os mais jovens a riscar o chão da rua São Pedro – no Centro da terra do Padre Cícero – com as espadas da folia de reis. E fazem coro a uma tradição que chegou ao Brasil com os portugueses, e segue sendo transmitida de geração a geração. 

Aos 47 anos, Mestra Lúcia, a avó do pequeno príncipe, é a principal responsável por comandar as atividades do grupo desde o dia 15 de setembro de 2000 – além de um outro, de Guerreiras – e por trazer a família para brincar de reis desde a primeira infância. É que ela também começou a brincar cedo, aos sete anos de idade, com a Mestra Margarida. A ideia de dar continuidade à tradição já lhe acompanhava desde aquele período. “Eu dizia: quando eu ficar velha, eu vou botar um grupo. Mas eu quero botar um grupo só meu, com criança, com velho, com o que vier! Mas eu vou botar um grupo só meu! E eu consegui!”, comemora. 

No começo, Mestra Lúcia conseguiu reunir cerca de 52 crianças do bairro Frei Damião, mas hoje são apenas 16. “Eram todas lá do bairro – meus irmãos, meus filhos sempre brincavam. Hoje brincam meus netos”, explica. Além de Cícero, ela também leva Miguel, de apenas oito meses – e que esse só não desfilou trajado na 19ª Mostra Sesc Cariri “porque a menina não conseguiu terminar a roupa dele a tempo”. Ela atribui a redução do número de brincantes a razões como a falta de apoio financeiro do poder público e mesmo a postura de algumas famílias, que preferem não ver os filhos na brincadeira. 

“A maioria das crianças, a mãe não deixa brincar o reisado, não deixa tocar zabumba. Mas quando a mãe não deixa, termina as crianças virando marginais, outras se prostituindo, outras no mundo da droga. Eu acho que elas querem que dê dinheiro o reisado. Reisado não dá dinheiro. Reisado é uma tradição, que vem passando de geração em geração. Dá dinheiro assim, num evento desse do Sesc, nos trabalhos da Secretaria de Cultura, que é pouco, mas se não tem dinheiro, as mães não deixam brincar”, desabafa a mestra, que trabalha no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Juazeiro, e acompanha alguns casos de perto. 

A situação não a desanima. “Mulher, eu tenho uma alegria no meio deles, é o melhor pra mim, eu tando no meio deles, eu tô no céu”, conta. É com o salário mensal que ela mantém as atividades. “Abaixo daquele Pai, eu é quem movo meu grupo”, afirma, referindo-se a Deus, enquanto chama Cícera Dayane, 11, Michelly Silva, 13, e outras crianças para falar. As duas meninas atuam como embaixadoras, puxando o Reisado Mirim Estrela Guia. 

“Na primeira vez que eu fui, achei muito legal. Aí fui ensaiando, ensaiando, fui brincando, aí depois chamei minha mãe”, conta Cícera Dayane. Maria Aparecida Miranda da Silva, 28, a Preta, acompanha a filha nos ensaios e apresentações, às quartas, sábados e domingos, e fica feliz com a desenvoltura dela, com quem também aprende a dançar e cantar. As garotas sonham alto. “Queremos ser mestras!”, afirmam, assim como Luan da Silva, 13, que faz o papel de Catirina no grupo e treina desde pequeno em casa com o mesmo intuito. 

Velhos meninos 
No Reisado São Francisco do Mestre Dodô, há quem diga que quer brincar até chegar aos 100 anos. É o caso de Everton Lucas de Oliveira Sousa, 12, e de Levy Félix da Silva, 10. Primos, os dois eram os únicos jovenzinhos entre outros onze brincantes que se apresentavam no Terreiro da Mestra Margarida. O pai e avô de Levy também participam do grupo. “É tudo em família”, comemoram. 

Os olhares admirados das crianças, mesmo durante a apresentação, têm um destino certo. “Eu quero ser jogador de espadas. O Joãozinho, irmão do mestre, é nossa referência. Ele que ensinou nós a dançar, ele que ensina nós a bater espada. A gente não tem espada, mas ele disse que vai fazer”, conta Everton com um maracá na mão, tal como Levy, que recentemente se mudou de São Paulo. “Eu acho que o reisado é uma cultura de Juazeiro, só tem em Juazeiro”, pensa, ainda que a manifestação não seja exclusiva do cariri cearense. 

A impressão de Levy se deve a alguns aspectos diferenciais explicitados pelo Mestre Dodô. “Nosso grupo é muito fraco de espada, porque aqui no Juazeiro, eles têm uma mania feia, brincam pra brigar! Pai corta filho, filho corta pai. Nossa espada é uma espadinha simples, pra não machucar ninguém, porque uma espada daquela é uma faca também. Não tem gume, inclusive, as nossas eu tenho licença pra andar com elas, mas ali corta. Se a pessoa der uma pancada, quebra o osso, corta a perna. E precisa ter cuidado com as crianças”, alerta o Mestre que já comanda seu grupo há 18 anos. 

Uma outra característica parece permear o Reisado São Francisco. Há quem participe somente depois de mais velho, o que torna menos significativa em termos de quantidade a presença das crianças. Além de Everton e Levy, o grupo só tem mais uma criança brincante. “Na nossa família é o que acontece, voltar depois de velho, porque quando começa a namorar, fica só pensando em namorar”, avalia o mestre, citando como exemplo um neto de 15 anos que já não participa com tanto afinco das atividades. 

Ele se preocupa com o processo de transmissão, e reconhece que, quando há incentivo financeiro, a participação é mais efetiva. “Se eu fizer muitas ligações, botar duas, três vezes crédito de operadora, eu tiro um pouquinho a mais dos cachês. Na verdade, essa foi a primeira vez que eu tirei um pouquinho mais pra mim, só pra pagar aquilo”, admite, sobre a participação de seu Reisado na 19ª Mostra Sesc Cariri. “Mas, no nosso grupo, do maior ao mais pequeno, todo mundo ganha a mesma coisa. Ninguém não é ninguém sozinho”, finaliza. 

ROBERTA SOUZA
ENVIADA ESPECIAL

Fonte: Diário do Nordeste

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18 de novembro

1626 - A Basílica de São Pedro, em Roma, é consagrada.
1918 - A Letônia torna-se independente da Alemanha e da Rússia.
1985 - É publicada a primeira edição da banda desenhada/história em quadrinhos de Calvin and Hobbes.

Nasceram neste dia…
1647 - Pierre Bayle, filósofo e escritor francês (m. 1706).
1787 - Louis Daguerre, pintor, cenógrafo, físico e inventor francês (m. 1851).
1906 - Klaus Mann, escritor alemão, filho de Thomas e Kathia Mann (m. 1949).

Morreram neste dia…
1814 - Aleijadinho, escultor brasileiro (n. 1730).
1922 - Marcel Proust, escritor francês (n. 1871).
2003 - Michael Kamen (foto), maestro e compositor norte-americano (n. 1948).

Fonte: Wikipédia

Governo Temer estuda exigir 44 anos de contribuição para ter direito ao teto da Previdência

O trabalhador brasileiro terá de contribuir por 44 anos para ter direito ao teto da aposentadoria, de acordo com a fórmula de cálculo que está sendo estudada pelo governo para a reforma previdenciária. A fórmula pretende compensar a redução da economia com as mudanças na reforma. Parada desde maio na Câmara, a proposta será desidratada para conseguir os 308 votos necessários para aprovação ainda em 2017.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo teve acesso à fórmula estudada pelo governo para que o trabalhador tenha acesso ao valor máximo da Previdência. Apesar das mudanças anunciadas na proposta, a regra em análise reduz o valor da aposentadoria para quem ganha mais do que um salário mínimo. O relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) afirmou, na semana passada, que vai retirar o dispositivo que prevê contribuição mínima de 25 anos para manter a exigência de 15 anos.

A proposta alterada deverá exigir a idade mínima (65 anos para homens e 62 para mulheres) e 15 anos de contribuição para ter direito a 50% da média salarial do trabalhador brasileiro. Após o tempo mínimo, a fórmula prevê aumentos graduais por faixa de tempo de contribuição. O aumento deve ser de um ponto percentual por ano para aqueles que contribuíram de 16 a 25 anos; 1,5 ponto percentual entre 26 e 30 anos de contribuição, dois pontos para contribuições por 31 a 35 anos e 2,5 pontos a partir de 36 anos. Para atingir os 100%, o trabalhador terá de contribuir por 44 anos.

O tempo para atingir o teto do benefício já tinha sido alterado no relatório de Oliveira Maia. A proposta enviada pelo governo exigia 49 anos de contribuição, que o deputado reduziu para 40.

Na semana passada, Oliveira Maia se reuniu com o presidente Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir as mudanças no texto. Ao deixar o encontro, Henrique Meirelles afirmou que o governo está trabalhando para aprovar a reforma com 50% do texto original. Agora, Meirelles afirma que a redução na economia prevista – que era de R$ 800 bilhões com o texto do poder Executivo – não pode ser maior que 50%. O relatório do deputado baiano que foi aprovado na comissão especial previa 75% da economia original.

Moeda de troca
Temer quer ver a reforma da Previdência aprovada na Câmara ainda em 2017. Para isso, casou o interesse do Centrão na reforma ministerial à votação da proposta. De acordo com um dos principais aliados de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reforma ministerial “ampla” deve ser feita até meados de dezembro. O prazo é o mesmo que o Planalto planeja para ver a reforma da Previdência aprovada pelos deputados. Condicionando os cargos ao apoio às mudanças nas regras das aposentadorias, Temer tenta evitar “surpresas” na votação.

Para evitar surpresas em votos da base, o Planalto pretende condicionar a reorganização ministerial com o placar dos votos. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, as trocas já ficarão acertadas, mas os cargos só serão entregues depois da votação.

Fonte: Congresso em Foco

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Lançada plataforma de cursos online totalmente grátis: inglês, espanhol, Excel e mais

O governo federal lançou uma plataforma de cursos online chamada “Escola do Trabalhador”, na qual qualquer pessoa pode se inscrever e cursar as disciplinas à distância pela web. São diversas opções diferentes de cursos em 12 áreas distintas.

A seção com mais cursos é a de “gestão de negócios”, que abriga cursos de 40 horas em análise e investimento, comunicação escrita para o trabalho, introdução ao Excel e outros tópicos. Você poderá cursar também disciplinas mais tecnológicas como segurança da informação e edição e tratamento de imagens.

Todos os cursos são gratuitos, e você pode conferir os detalhes sobre cada um, incluindo ementa, carga horária e requisitos através deste link. Para se inscrever, o aluno precisa apenas informar seu nome, CPF e email.

Os cursos disponibilizados são realizados por meio de uma parceria entre o Ministério do Trabalho (MTb), a Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Segundo o ministério, a meta é chegar a 38 cursos disponíveis na plataforma até o fim de 2018, mas não há detalhes mais específicos sobre quais temas serão abordados nessas próximas opções da Escola do Trabalhador.

Fonte: Tecmundo

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PT faz representação criminal à PGR contra Globo após denúncia no caso Fifa

O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou nesta quinta-feira (16), em comunicado em seu site oficial, que apresentou à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, uma representação criminal contra a Rede Globo. A requisição foi feita após a emissora ter sido acusada de pagar propina para adquirir os direitos de transmissão de partidas de futebol, durante julgamento de dirigentes envolvidos no 'FifaGate' nos Estados Unidos.

A iniciativa trata como evidência as delações do empresário argentino Alejandro Burzaco à Justiça norte-americana. De acordo com ele, a Globo e a Televisa teriam, em março de 2013, pago US$ 15 milhões (cerca de R$ 50 milhões, em cotação atual) em propinas à Torneos y Competencias (TyC), empresa de marketing esportivo responsável por negociar a venda dos direitos de transmissão no continente.

Este dinheiro teria sido repassado a Julio Grondona, ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA) e então membro do comitê financeiro da Fifa.

Burzaco se entregou para a Justiça norte-americana em 2015 e é considerado uma das principais testemunhas do caso. De acordo com ele, a TyC teria vendido os direitos abaixo do preço do mercado para sua subsidiária holandesa que, então, recebia as quantias da TV Globo. Uma parcela deste dinheiro seria repassada em propina aos oficiais da Conmebol.

A acusação ocorreu durante o julgamento do caso Fifa nos EUA, que tem como réus, nesta etapa, José Angel Napout, um dos sucessores de Leoz na Conmebol, o ex-presidente da CBF José Maria Marin e o ex-mandatário da Federação Peruana de Futebol, Manuel Burga.

Em testemunhos dados durante o processo nos últimos dias, Burzaco, da empresa Torneos y Competencias, vem incriminando os dirigentes pelo recebimento de propinas em troca de direitos de transmissão de competições na América do Sul.

A Globo negou o envolvimento no pagamento de propina e se disse surpresa com as acusações feitas por Burzaco. A emissora divulgou comunicado na terça-feira em que afirma ter feito auditoria interna por mais de dois anos e que os pagamentos feitos foram apenas os previstos por contratos de direitos de transmissão.

Fonte: UOL

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Álcool: até o consumo moderado aumenta o risco de câncer

Sabemos que o tabagismo aumenta o risco de diversos tipos de câncer. Mas e o consumo de bebidas alcoólicas? De acordo com uma nova pesquisa publicada no periódico científico Journal of Clinical Oncology, até mesmo o consumo moderado do álcool eleva os riscos de câncer de esôfago e câncer de mama, entre as mulheres.

Falta de conhecimento
Especialistas da Sociedade de Clínica Oncológica Americana (ASCO, sigla em inglês) fizeram um questionário com cerca de 4.000 adultos sobre os fatores de risco para o câncer com os quais estavam familiarizados.

Aproximadamente uma em cada três pessoas identificaram o álcool como um possível causador da doença. “A mensagem sobre os efeitos do álcool é mais sutil. Não é como o cigarro, que nós dizemos ‘nunca fume’, e sim ‘beba menos se quiser reduzir os riscos de câncer‘”, disse Noelle LoConte, professora da Universidade de Wisconsin e principal autora da pesquisa, ao The New York Times.

Álcool e câncer
Além do questionários, os pesquisadores revisaram cerca de 120 estudos recentes sobre o assunto e concluíram que 5,5% dos casos de câncer recém-descobertos e 5,8% das mortes pela doença no mundo podem estar associados ao álcool.

Até mesmo aqueles que bebem socialmente, o equivalente ao consumo moderado do álcool (uma dose diária – uma lata de cerveja, por exemplo – para mulheres e duas para homens), tiveram um risco duas vezes maior do que aqueles que não o consomem nunca.

De fato, a revisão mostrou que o consumo alcoólico possui um papel causal em diversos casos de câncer de boca, esôfago, cordas vocais, fígado, cólon e, em mulheres, câncer de mama. Para elas, apenas uma dose de bebida alcoólica pode elevar o risco do câncer de mama. Os estudos mostraram que o álcool pode aumentar o risco nas fases pré e pós-menopausa em 5% e 9%, respectivamente.

Consumo pesado
Evidentemente, o  consumo pesado – definido como oito ou mais doses por semana para mulheres e 15 ou mais para homens, incluindo o beber pesado episódico, quando a pessoa bebe todas as doses em apenas um evento – oferece riscos muito maiores.

De acordo com os estudos, essas pessoas correm um risco cinco vezes maior de desenvolver câncer de boca e esôfago do que os que não bebem, quase três vezes maior de sofrer de câncer nas cordas vocais e na laringe, duas vezes maior de vir a desenvolver câncer de fígado, além de câncer de mama e colorretal.

“Quanto mais você bebe, maiores os riscos”, disse Clifford Hudis, chefe executivo da ASCO. “Quando você olha para esses dados, é clara a relação do álcool, é uma reação ‘dose-risco’ bastante linear.”

Fonte: Veja.com

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Trabalhador por hora pode ficar sem aposentadoria mesmo tendo contribuído

Trabalhadores contratados sob o novo regime intermitente criado pela reforma trabalhista que tiverem remuneração inferior ao salário mínimo poderão ficar sem direito à aposentadoria e benefícios da Previdência. O problema é reconhecido pelo governo e, para tentar contornar a situação, a Medida Provisória 808 cria a possibilidade de recolhimento previdenciário adicional a ser pago pelo próprio trabalhador. Sindicatos prometem pressão para que o Congresso mude a regra.

A MP 808, editada na terça-feira, 14, detalhou o funcionamento da Previdência para os trabalhadores intermitentes. Esse tipo de contrato não prevê carga horária mínima e o empregado atua apenas quando é convocado. Segundo especialistas, a modalidade deve ser usada em categorias com demanda irregular por mão de obra na semana, como garçons. Pela lei, esses empregados devem receber pela hora ou dia pelo menos o valor proporcional ao salário mínimo: R$ 4,26 pela hora ou R$ 31,23 pelo dia de trabalho.

Por essas características, é possível que um empregado com carteira assinada na modalidade intermitente termine o mês com renda inferior ao salário mínimo. Como o valor do contracheque é base de cálculo para os encargos sociais, o empregador recolherá, nesses casos, menos que a atual contribuição mínima ao INSS e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A situação tem potencial de criar um limbo na seguridade social. Para contornar o risco, a MP prevê que trabalhadores que "receberem remuneração inferior ao salário mínimo poderão recolher a diferença" entre o valor do contracheque e a contribuição exigida para quem ganha o salário mínimo.

Quem não recolher o adicional por conta própria, cita a MP, "não será considerado para fins de aquisição e manutenção de qualidade de segurado do Regime Geral de Previdência Social nem para cumprimento dos períodos de carência para concessão dos benefícios previdenciários". Ou seja, não terá acesso à aposentadoria nem concessões como licença médica. "Quem receber menos de um salário mínimo dificilmente vai ter capacidade de pagar o extra. A medida parece ainda mais preocupante com a reforma da Previdência que exigirá mais tempo de contribuição", diz o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves. O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio dos Santos Neto, usa o mesmo tom. "Teremos trabalhadores com carteira assinada, mas à margem do regime previdenciário."

Diante do problema, sindicalistas preparam ações para convencer o Congresso a mudar a MP. Uma das ideias é propor contribuição adicional das empresas para completar o mínimo exigido pelo INSS. "As empresas poderiam completar esse valor previdenciário por sua função social", diz o secretário da Força Sindical.

O advogado trabalhista James Siqueira, sócio da Augusto Siqueira Advogados, avalia que esse trecho da MP esclarece responsabilidades do empregador e trabalhador sobre os custos do INSS. "Quem está no mercado informal poderá ser intermitente com segurança jurídica para contribuir com a Previdência." 

Fonte: Estadão Conteúdo

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Sete dores que não devem ser menosprezadas

Levante a mão quem nunca se automedicou por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro, entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao médico. Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação dolorosa sem procurar ajuda. Foi assim com a auxiliar de dentista Antônia Sueli Ferreira, 45 anos, de São Paulo. 

"Tomei muito remédio durante três meses por causa de cólicas fortíssimas e do que parecia ser uma lombalgia. Só depois fui ao médico. E então descobri que tinha um câncer colorretal. Tive de ser submetida às pressas a uma cirurgia. Por sorte, estou bem", conta. Segundo o cirurgião Heinz Konrad, do Centro para Tratamento da Dor Crônica, em São Paulo, "a dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo". A origem do malestar? Eis a questão — e, para ela, precisamos ter sempre uma resposta. "Na dúvida, toda dor precisa ser checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual", aconselha o cardiologista Paulo Bezerra, do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Aqui, selecionamos sete dores que você nunca deve ignorar.

Dor de cabeça
Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento. "Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha esporádica em diária", avisa o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Júnior, chefe da Central da Dor do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que podem estar relacionadas à hipertensão.

Dor de garganta
Costuma ser causada pela amigdalite de origem bacteriana ou viral. "Se não for tratada, a amigdalite bacteriana pode exigir até cirurgia", alerta o otorrinolaringologista Marcelo Alfredo, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, na Grande São Paulo. A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor. Se ela parece nunca ir embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser confundidos, pelos leigos, como simples infecções.

Dor no peito
"Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços", descreve o cardiologista Paulo Bezerra. Em geral, isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias. "A sensação no peito é como a de um dedo apertado por um elástico. E piora com o estresse e o esforço físico", explica Bezerra. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido diagnóstico pode salvar a vida.

Dor nas pernas
Muita gente não hesita em culpar as varizes — às vezes injustamente. "A causa pode ser outra", avisa a fisiatra Lin Tchia Yeng, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Uma artrose, por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada, piora até um ponto quase sem retorno. "Em outros indivíduos a dor vem das pisadas", explica Lin. "É quando há um erro na posição dos pés ou se usam calçados inadequados." Sem contar doenças como hipotireoidismo e diabete, que afetam a circulação nos membros. "Há medicamentos específicos para resolver a dor nesses casos", diz a reumatologista Solange Mandeli da Cunha, do Centro de Funcionalidade da Dor, em São Paulo.

Dor abdominal
Uma dica: o importante é saber onde começa. Uma inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz diferença. "Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa bolsa que guarda a bile fabricada no fígado", diz o cirurgião Heinz Konrad. Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual — levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. "Uma em cada dez mulheres que vivem sentindo dor no abdômen tem essa doença", calcula a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Dor nas costas
A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. "É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo", diz o geriatra Alexandre Leopold Busse, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Conviver com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. "No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva", ensina a fisiatra Lin Tchia Yeng. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias sempre é motivo de visitar o médico.

Dor no corpo
Se ele vive moído, atenção às suas emoções. A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da cabeça aos pés. "O que dá as caras no físico é o resultado da dor psicológica", diz Alaide Degani de Cantone, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saúde, em São Paulo. "Quem tem dores constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas de ordem emocional", opina o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo. E, claro, essas dores que no fundo são da alma também precisam de alívio.

Ajude o médico a descobrir a verdadeira causa de seus “ais”. Leve as seguintes informações para a consulta:

Quando
Puxe pela memória o dia, semana ou mês em que sua dor deu as caras e identifique a frequência com que ela aparece — se é diária, quantas vezes por dia se manifesta e quanto tempo costuma durar.

Onde
Aponte os lugares do corpo em que a dor ocorre. Se for difícil especificar um ponto, mostre a região afetada. Explique também se ela começa em um lugar e, dali, se irradia para outros.

Como
Descreva a sensação — queima? Dá pontadas ou agulhadas? Formigamento? No lugar onde dói, você sente um aperto ou pressão? Acredite: para os ouvidos dos especialistas, esse tipo de informação vale ouro.

Avaliação
Dê uma nota de 1 a 10 à sua dor, comparando-a a outras que você já sentiu. Avalie o grau e não deixe de contar ao especialista se teve febre, perda de apetite ou falta de sono depois que a dor apareceu.

Soluções
O que fez para diminuir a dor? Relate se uma bolsa de água quente ajudou. E preste atenção no seu corpo para dizer o que parece piorar a sensação dolorosa — comida gordurosa, esforço físico... o quê?

Fonte: Saúde!

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Lula tem 42% das intenções de voto e lidera nova pesquisa para 2018; Bolsonaro tem rejeição de 60%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a aparecer na liderança, com 42% das intenções de voto, na nova pesquisa realizada pela CUT/Vox Populi. O resultado se soma ao dos institutos Ibope e Datafolha, que também mostram Lula na liderança e com vitória em todos os cenários simulados para o segundo turno. A pesquisa também apontou o Lula como o presidenciável com menor índice de rejeição entre os nomes testados. 

O levantamento, realizado entre 27 e 30 de outubro, apontou em segundo lugar o deputado federal Jair Bolsonaro, com 16%. Os demais possíveis presidenciáveis aparecem com menos de 8%. De acordo com a Vox Populi, Lula tem 39% de rejeição, enquanto Bolsonaro alcançou a marca de 60%.

Na sondagem de intenções de voto, a ex-ministra Marina Silva alcança o terceiro lugar com 7%, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aparece em seguida com 5%, seguido por Ciro Gomes com 4%.

A pesquisa CUT/Vox Populi ouviu 2 mil brasileiros em 118 municípios. 

Segundo turno
Lula venceria no segundo turno todos os adversários testados na pesquisa, alcançando 49% contra Bolsonaro, com 21%, e 48% contra Marina, com 16%. Contra Alckmin, Lula vence por 50% a 14%, contra João Doria ele registra 51% a 14%, e Luciano Huck, 50% a 14%.

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STJ mantém condenação de Bolsonaro por dizer que ‘não estupraria’ Maria do Rosário

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) a indenizar a deputada Maria do Rosário (PT-RS) em R$ 100 mil por dizer que não a ‘estupraria’ porque ela ‘não merece’, ‘é muito ruim’, ‘é muito feia’. O colegiado negou embargos do parlamentar, que deu as declarações durante entrevista. 

Bolsonaro afirmou publicamente, na Câmara do Deputados, em vídeo postado em sua página pessoal no YouTube e em entrevista ao jornal Zero Hora, que não estupraria Maria do Rosário pois ela não mereceria, ‘porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece’.

Em primeiro grau, a sentença condenou Bolsonaro a indenizar a deputada em R$ 10 mil e a postar a decisão em sua página oficial no YouTube, sob pena de multa diária. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou a publicação da retratação de Bolsonaro em jornal de grande circulação, em sua página oficial no Facebook e em sua página no YouTube.

Em recurso ao STJ, Bolsonaro alegou que não poderia ser responsabilizado por seu discurso, por estar coberto pela imunidade parlamentar, visto que a fala foi proferida no plenário da Câmara do Deputados e que a entrevista foi concedida dentro de seu gabinete parlamentar.

A ministra Nancy Andrighi, relatora do recurso, afirmou que a imunidade parlamentar é uma “garantia constitucional, e não privilégio pessoal”. A ministra explicou que a imunidade não é absoluta, pois conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), a inviolabilidade dos deputados federais e senadores por opiniões, palavras e votos, prevista no artigo 53 da Constituição Federal, é inaplicável a crimes contra a honra cometidos em situação que não guarda relação com o exercício do mandato.

De acordo com a ministra, a ofensa feita por Bolsonaro, segundo a qual Maria do Rosário “não ‘mereceria’ ser vítima de estupro, em razão de seus dotes físicos e intelectuais, não guarda nenhuma relação com o mandato legislativo do recorrente”.

Bolsonaro impetrou embargos contra a decisão da ministra relatora alegando ‘omissões’.

“Assevera, ainda, contradição na conclusão do acórdão embargado de que as ofensas foram veiculadas por meio da imprensa e da internet, ao argumento de que o STF possui entendimentos jurisprudenciais “acerca do manto absoluto da imunidade parlamentar material que acoberta as manifestações proferidas no interior do parlamento, mesmo que em entrevistas”, afirma.

Ao negar os embargos, a ministra criticou o uso do recurso judicial para tentar rever o mérito, questão já apreciada pela Corte.

“A rigor, as questões apontadas pelo embargante não constituem pontos omissos ou contraditórios do julgado, mas mero inconformismo com os fundamentos adotados no acórdão embargado. Na verdade, revela-se nítida a pretensão do embargante de valer-se dos embargos de declaração para rediscutir matéria já decidida, fazendo com que prevaleça o seu entendimento sobre o tema, intuito esse incompatível com a natureza deste recurso”, anotou Nancy.

Fonte: Estadão

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17 de novembro

1717 – Início da construção do convento de Mafra.
1903 – Os governos brasileiro e boliviano assinam o Tratado de Petrópolis, garantindo ao Brasil a posse do estado do Acre.
1989 – Guerra Fria: começa a Revolução de Veludo na Tchecoslováquia, após violenta repressão policial a uma manifestação estudantil, em Praga.

Nasceram neste dia…
1755 – Luís XVIII de França (m. 1824).
1896 – Lev Vygotsky, psicólogo bielorrusso (m. 1934).
1910 – Rachel de Queiroz (foto), escritora brasileira e primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (m. 2003).

Morreram neste dia…
1558 – Maria I de Inglaterra (n. 1516).
1917 – Auguste Rodin, escultor francês (n. 1840).
1959 – Heitor Villa-Lobos, maestro e compositor brasileiro (n. 1887).

Fonte: Wikipédia

Petrobras anuncia queda no preço da gasolina e do diesel

A Petrobras anunciou um novo reajuste para os combustíveis, com queda de 3,80% no preço da gasolina nas refinarias e recuo de 1,30% no preço do diesel. Os novos valores valem a partir da sexta-feira (17). 

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. 

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. 

Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Fonte: Estadão Conteúdo

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