Cinco fósseis são recolhidos em fiscalização policial no Cariri

Cinco fósseis foram recolhidos nesta sexta-feira (28) durante a fiscalização de pedreiras nas cidades de Nova Olinda e Santana do Cariri, no Ceará. A operação foi feita pela 2ª Cia do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente.

Dois dos fósseis correspondem a peixes da espécie Dastilbe crandali, enquanto os outros três são de um inseto blastídeo, semelhante a baratas. Eles foram reconhecidos pelo laboratório de paleontologia da Universidade Regional do Cariri, no Crato, onde passaram por mais avaliações técnicas.

O paleontólogo Álamo Oliveira explica a importância do reforço policial no trabalho de resgate aos fósseis da região, que sofre constantemente com o tráfico dos vestígios históricos. “A partir do treinamento dado aos policiais ambientais, do esclarecimento de como proceder ao recolher um fóssil e entregar ao laboratório de paleontologia da Urca, isso nos mostra que estamos num caminho muito bom e dessa forma espero que em breve nós tenhamos descobertas importantes”, diz.

Fonte: G1 CE

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180 cidades cearenses continuam com risco ‘altíssimo’ de contaminação por Covid-19

O risco de contaminação por Covid-19 no Ceará ainda é considerado preocupante. O Estado contabilizou que 180 municípios, das 184 cidades totais, estão classificados no nível 4 ou alerta “altíssimo”, o que corresponde a 97,8% do território cearense. No entanto, esses dados, que são referentes às semanas epidemiológicas 19 e 20 (de 9 a 22 de maio), apresentam uma discreta redução se comparados com as informações das semanas epidemiológicas 18 e 19 (de 2 a 15 de maio), quando 182 cidades estavam em alerta altíssimo.

No último sábado (22), Catarina e Pacatuba eram as únicas cidades do Estado classificadas como nível 3, ou seja risco “alto”, porém ambas retornaram para a classificação de nível 4. Acarau, Ipu, Meruoca e Uruoca são as atuais cidades cearenses que se enquadram em risco alto, segundo informações da plataforma IntegraSUS, atualizada diariamente pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

Os dados informam ainda que o Estado tem incidência diária de casos de 485,5, a cada 100 mil habitantes, apresentando uma tendência decrescente. Em contrapartida, o percentual de leitos ocupados em UTIs destinadas ao tratamento da doença é de 88,3%, com tendência crescente.

Nas duas semanas de referência, a taxa de letalidade encontra-se em 1,9% e a positividade de testes RT-PCR em 47,6%, ambas com tendência crescente, mas ainda enquadradas no risco “moderado” ou nível 2.

Veja as classificações de risco

Novo Normal: Taxa de ocupação dos leitos menor que 70%; taxa de letalidade menor que 1%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 menor que 25%;

Moderado: Taxa de ocupação dos leitos entre 70% e 80%; taxa de letalidade entre 1% e 2%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 entre 25% e 49,9%;

Alto: Taxa de ocupação dos leitos entre 80,1% e 95%; taxa de letalidade entre 2% e 3%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 entre 50% e 75%;

Altíssimo: Taxa de ocupação dos leitos maior que 95%; taxa de letalidade maior que 3%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 maior que 75%.

Fonte: Diário do Nordeste

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Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens lança loja virtual

O Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (MPPCN) da URCA/Geopark Araripe lançou oficialmente a loja virtual. Nela são comercializados geoprodutos, ou seja, artigos feitos com a identidade local, valorizando a diversidade cultural com produção social e ambientalmente sustentável.

Lançado oficialmente dentro da programação da 19ª Semana de Museus, a loja vende canecas diversas, réplicas em resina de importantes fósseis encontrados na região e livros que levam a marca do museu, além de produtos artesanais.

De acordo com o Diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Allysson Pontes, a abertura da loja virtual é um meio para que produtos de artesãos locais possam ser comercializados de forma mais ampla.

Por causa da pandemia de Covid-19, o MPPCN se abriu para o on-line com ações digitais nos seus canais oficiais. Agora, com o lançamento da loja virtual, o museu amplia seu acesso ao possibilitar que o público leve uma memória do museu para sua casa – sem precisar sair dela. Acesse pelo link para fazer o tour virtual: https://loja-virtual-mppcn.lojaintegrada.com.br/.

Para o Diretor Executivo do Geopark Araripe, Nivaldo Soares, pessoas diversas de todo o mundo terão acesso a educação e cultura a partir de peças únicas com a identidade do território do Cariri cearense, em especial a Paleontologia.

Adquirir um produto da loja virtual do Museu de Paleontologia é uma forma de contribuir diretamente para a manutenção do museu, apoiar a missão na transformação social, ao melhorar a qualidade de vida dos pequenos produtores.

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Vacinação de profissionais da educação é iniciada no Ceará

Trabalhadores de escolas públicas e privadas do Ceará começaram a receber a vacina contra a Covid-19 neste sábado (29). Além desses profissionais, aqueles remanescentes das três primeiras fases do Programa Nacional de Imunizações (PNI) que ainda não tenham recebido o imunizante seguem sendo agendados concomitantemente.

O governador Camilo Santana, em suas redes sociais, manifestou sua alegria com o início desse processo, que vai garantir a retomada das atividades escolares presencialmente de forma mais segura. “A vacinação dos nossos professores e demais trabalhadores da educação é a melhor forma de garantirmos mais segurança no retorno às aulas presenciais em todas as séries”, pontuou Camilo. Para ele, a educação deve ser tratada como prioridade e o Ceará vem sendo exemplo há mais de uma década. “Ano a ano temos ampliado os investimentos na área. Esse é o melhor caminho para termos um estado mais justo, humano e desenvolvido”, destacou.

O chefe do Executivo Estadual almeja que este grupo consiga ser imunizado nos próximos dois meses para que as aulas presenciais possam retornar com segurança a partir do segundo semestre. “A nossa meta é ter todos os professores e a comunidade escolar do Ceará vacinada até o mês de julho”, projetou o governador, com vista às perspectivas de chegada de mais lotes de vacinas.

Um dos primeiros professores no Ceará a ser vacinado foi Gilberto de Castro, que leciona em uma escola da rede pública estadual no município do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza. “É com imensa satisfação que estou sendo vacinado. Fico contente com essa atitude do governador de querer vacinar e se empenhar para que os professores possam voltar à sala de aula. Foi excelente”, comentou Gilberto.

A professora da rede pública de educação do município de Fortaleza, Edileuza Linhares, 52, também era só gratidão por ter recebido sua primeira dose. Na opinião dela, iniciar o processo de imunização é uma segurança na hora que precisar retornar a dar aula de forma presencial. “Estou feliz porque vou me sentir mais tranquila para voltar para a sala de aula. Muita gratidão a Deus”, comemorou a docente.

Critérios
A ordem de vacinação dos profissionais das escolas seguirá a sequência por ordem decrescente de idade, ordenada também por área de atuação: creches, pré-escolas, ensinos fundamental, médio e profissionalizante, além de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e Ensino Superior.

Afora a imunização dos professores, trabalhadores das áreas administrativas também terão direito e devem se cadastrar na plataforma Saúde Digital, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), para receberem a vacina. É preciso comprovar atuação na área. Veja aqui os documentos solicitados.

Toda a documentação necessária para a vacinação dos profissionais de educação foi pactuada na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), com participação dos ministérios públicos Estadual, Federal e do Trabalho, e também de gestores da Saúde de todos os municípios do Ceará. O objetivo de retornar às aulas presenciais é uma das razões da liberação por parte do Ministério da Saúde para imunização deste grupo, considerando também o papel das escolas para a segurança alimentar e socioemocional das crianças e jovens.

4ª Fase
Com o avanço da vacinação no Ceará, além dos profissionais da educação e da segurança, os demais grupos que formam a quarta fase do Programa Nacional de Imunizações (PNI) também serão contemplados no decorrer desta etapa. São eles: pessoas em situação de rua; funcionários do Sistema de Privação de Liberdade; população privada de liberdade; Forças Armadas; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros; trabalhadores de transportes metroviário, ferroviário, aquaviário e aéreo; caminhoneiros; trabalhadores portuários e industriais; e trabalhadores da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.


O Ministério da Saúde autorizou o início da vacinação da população geral, com idade entre 18 e 59 anos, em paralelo à conclusão da imunização dos grupos prioritários. Contudo, o Ceará deve começar a vacinar esse público somente em julho, conforme cronograma previsto. A decisão foi tomada durante a reunião da CIB.

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Ministério da Saúde negocia com Moderna e fala em compra de vacinas para 2022

Diante do avanço da Covid-19 e da possível necessidade de aplicar dose de reforço , o Ministério da Saúde declarou nesta sexta-feira que tem negociado vacinas para 2022 . A pasta, no entanto, ainda não estima a quantidade de imunizantes a serem adquiridas ou prevê quando os contratos devem ser assinados. Um dos laboratórios na mira é a norte-americana Moderna , mas o órgão não descarta outros.

— Nós estamos conversando com eles (Moderna). Já há uma aproximação não só com eles, mas com outros laboratórios numa possibilidade de oferta para o ano que vem — afirmou o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz , em entrevista nesta sexta.

Neste mês, a empresa de biotecnologia anunciou a eficácia do imunizante contra a variante descoberta na Índia. O resultado se baseia em estudo preliminar da NYU Grossman School of Medicine e do NYU Langone Center. Já com uma dose de reforço, aplicada em quem completou o esquema vacinal, a vacina também protegeria contra as cepas oriundas no Brasil e na África do Sul.

O laboratório ainda não entrou com pedido de uso emergencial na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) . Aplicada em duas doses, a vacina usa a tecnologia do RNA mensageiro para coibir a infecção pelo novo coronavírus e o desenvolvimento de formas graves da doença.

Outra aposta do ministério é a antecipação de doses, como as 38 milhões da Janssen contratadas em março. O imunizante, administrado em dose única, pode ser uma estratégia eficaz para acelerar a imunização, barrar a terceira onda de Covid-19 e mitigar os efeitos da crise sanitária.

— Não há uma confirmação por parte do laboratório de antecipação dessas doses, mas é um pleito recorrente do Ministério da Saúde — disse Cruz.

Fonte: Agência O Globo

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Polícia Civil captura no Cariri suspeito de homicídio em SC e alvo investigado por roubo

Duas ações foram realizadas por equipes da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) que resultaram nas prisões de dois homens investigados por crimes de roubo e homicídio. Um dos alvos tinha mandado de prisão por homicídio cometido em Santa Catarina. As capturas aconteceram nos municípios de Barro e Aurora, na Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19) do Estado. As ofensivas fazem parte da “Operação Carcerem” e ocorreram nessa quinta-feira (27).

Em Barro, os policiais civis capturaram Ivo de Oliveira Araújo, 27 anos, com mandado de prisão temporária em aberto por um homicídio registrado no ano passado, no município de Itaiópolis, em Santa Catarina. Após o crime, de acordo com os levantamentos policiais, ele fugiu para o interior cearense, onde morava desde então.

Além de Ivo, a PCCE encontrou Carlos Eduardo da Silva, 20 anos, com mandado de prisão temporária em aberto por um roubo majorado ocorrido em 2020 no município de Caririaçu (AIS 19). No momento em que foi encontrado, o investigado estava com 53 gramas de maconha embaladas para venda. Com isso, Carlos Eduardo também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

Os dois homens foram encaminhados à Delegacia Municipal de Aurora, onde prestaram depoimento e foram encaminhados posteriormente ao sistema prisional. As diligências da “Operação Carcerem” (cárcere em latim) são mantidas para capturar investigados com mandados de prisão em aberto.

Denúncias
A população pode contribuir repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (88) 3543-1832, da Delegacia Municipal de Aurora. Um número de WhatsApp também está disponível: (88) 98101-2001. O sigilo e o anonimato são garantidos.

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Centro de tecnologia, em Barbalha, busca elevar a produtividade de frutas, flores, vegetais e pescados

O Ceará trabalha em parceria com várias instituições locais, regionais e estrangeiras para iniciar, no município de Barbalha (a 504 km de Fortaleza), na região do Cariri, as atividades de um Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido (CTCP) para atender à produção de frutas, vegetais folhosos (alface, por exemplo), flores e também para criação de peixe e camarão.

O cultivo protegido utiliza estufas (geralmente, coberturas plásticas) e garante vantagens em relação a técnicas tradicionais: melhor uso da água e solo; menor incidência de pragas e, portanto, menor consumo de pesticidas; proteção mais adequada contra mudanças climáticas; e, principalmente, itens com preços mais elevados para o produtor rural.

Alguns produtores estimam ganhos econômicos próximos a 400% nos cultivos protegidos em relação aos tradicionais. Tal experiência já é aplicada com sucesso na Holanda, Israel e Espanha, entre outros países. No próprio Ceará já existem iniciativas do tipo. Mas a proposta do CTCP é mais ampla: tornar-se um centro irradiador dessa tecnologia para outras regiões.

Para alcançar essa meta, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), buscou os melhores parceiros, a exemplo da Universidade holandesa de Wageningem – principal referência no setor, a Embrapa Tropical, sediada em Fortaleza, bem como especialistas da Unicamp e da própria UFC. Mas há ainda vários outros atores de destaque no projeto. Entre os quais podem ser citados Faec, Senar, BNB, BB, Mapa, Insa, IFCE, Centec, Sebrae e Adece.

“Também estamos contando com fornecedores de insumos, de sementes, fertilizantes, estufas, indústrias de ração e equipamentos”, comenta Silvio Carlos, secretário executivo do agronegócio da Sedet. “Seremos o primeiro centro com essa estrutura na região nordeste do Brasil”, acrescenta.

De acordo com o titular da Sedet, secretário Maia Júnior, a intenção do CTCP é progressivamente oferecer serviços para várias regiões, buscando elevar a produtividade de frutas, flores, vegetais e pescados. “Esperamos contar com a participação de muitos pesquisadores, produtores rurais, fornecedores de insumos e agências de fomento”, observa.

“A proposta do CTCP é o Ceará ser um centro de referência em cultivo para agricultura e pescados em cultivo protegido, adequando módulos às condições de cada região, promovendo eventos técnicos e pesquisas e elevando o valor agregado do agronegócio estadual. Inclusive, contando com a experiência já consolidada em outros países e centros de pesquisa”, projeta Maia Júnior.

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Vacinas ignoradas por Bolsonaro teriam salvo 95 mil vidas, calcula pesquisador

Uma das principais perguntas que a CPI da Covid tenta responder começou a ser esclarecida com documentos e depoimentos do gerente-geral da Pfizer e o diretor do Instituto Butantan: quantas mortes poderiam ter sido evitadas se o governo do presidente Jair Bolsonaro tivesse comprado vacinas contra covid-19 quando elas foram oferecidas pelos fabricantes e não seis meses depois?

Ao menos 95 mil vidas poderiam ter sido salvas, segundo cálculos conservadores do epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (RS). Ou seja, os números podem ser maiores, mas essas doses de vacinas poderiam evitar no mínimo 1 em cada 5 mortes, se considerarmos que 496 mil pessoas morreram oficialmente de covid-19 no Brasil até o fim de maio de 2021.

Para chegar a esse número, Hallal explica ter se baseado em dados epidemiológicos da pandemia e em dois depoimentos cruciais para a investigação no Senado sobre a condução da pandemia pelo governo Bolsonaro.

O primeiro foi prestado pelo gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, em 13/05. Segundo ele, o governo Bolsonaro rejeitou três ofertas de 70 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, cujas primeiras doses poderiam ter sido entregues em dezembro de 2020.

Na prática, o acordo com a farmacêutica, se tivesse sido fechado quando foi proposto, teria garantido ao Brasil 4,5 milhões de doses de vacina até o fim de março de 2021. A primeira oferta de vacinas foi feita em agosto de 2020, mas o governo Bolsonaro só fechou a compra delas em março de 2021.

O segundo depoimento usado no cálculo foi prestado pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, na quinta-feira (27/05). Segundo ele, o governo Bolsonaro rejeitou três ofertas de compra da Coronavac, sendo que uma delas teria garantido 60 milhões de doses da vacina, mesmo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não tivesse autorizado ainda o uso desse imunizante.

Covas afirmou à CPI que a primeira oferta foi feita em julho de 2020, mas o governo Bolsonaro só acertou a compra em janeiro de 2021. Se tivesse comprado no momento da primeira oferta, o país teria 49 milhões de doses a mais do que tem hoje.

Dessa forma, se o país tivesse comprado as vacinas quando elas foram ofertadas pela primeira vez, teria hoje 50% a mais do que tem. Ou seja, quase 150 milhões em vez das 100 milhões atuais. Isso seria suficiente para vacinar praticamente todos os brasileiros dos grupos prioritários, que somam quase 80 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde estima atualmente que a vacinação dessa parcela da população só seja concluída em setembro ou outubro.

O cálculo de Hallal leva em conta algumas variáveis, como a eficácia das vacinas, a quantidade de pessoas suscetíveis ao vírus e a taxa de letalidade estimada de covid-19 (que varia de uma faixa etária para outra).

Primeiro, a eficácia global das vacinas (94% para a Pfizer e 50% para a Coronavac). Esses dados correspondam à quantidade de pessoas vacinadas que não ficam doente após serem imunizadas, e não ao número de vacinados que não morrem (80%, no caso da Coronavac, segundo estudo do governo do Chile).

Ainda assim, Hallal optou neste momento por ser mais conservador em seu cálculo, mas afirmou que se aprofundasse a análise, o número de vidas salvas seria maior.

Segundo, Hallal considerou para seu cálculo, novamente sendo conservador, a taxa de letalidade de 1%, que é a estimada para a população em geral. Mas sabe-se que esse número é muito mais alto entre os idosos, que foram os primeiros a serem vacinados. Dados da Universidade Federal do Amazonas apontam uma letalidade entre 20% e 40% dos idosos com mais de 80 anos que acabaram infectados por covid-19.

Como resultado, calcula o epidemiologista, poderiam ter sido evitadas pelo menos 14 mil mortes com as 4,5 milhões de doses da Pfizer e 80.300 mortes com as 49 milhões de doses da Coronavac.

O pesquisador ainda avalia se fará cálculos mais precisos num artigo científico mais formal, que "certamente darão números ainda maiores", sobre as vidas que poderiam ter sido salvas com a compra das vacinas.

Por que o governo Bolsonaro não comprou as vacinas quando elas foram ofertadas?
As razões que levaram o governo Bolsonaro a rejeitar as ofertas de vacinas em 2020 não estão totalmente claras, mas algumas delas foram apontadas também pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em seu depoimento à CPI da Covid.

Sobre a vacina da Pfizer, o general citou alguns obstáculos para assinar o contrato. Um deles era o preço de US$ 10 (cerca de R$ 50) por dose, mais alto que outro imunizante negociado pelo governo federal com a farmacêutica AstraZeneca (US$ 3,50 ou cerca de R$ 18). O valor de US$ 10 acabaria sendo aceito pelo governo Bolsonaro sete meses depois.

Outros empecilhos, segundo Pazuello, eram a quantidade pequena de vacinas, a não transferência de tecnologia para o país (presente nos contratos com a AstraZeneca e com a Sinovac) e "cláusulas assustadoras" e "leoninas" no contrato com a Pfizer.

Uma delas era a exigência de isenção de responsabilidade da farmacêutica sobre eventuais efeitos colaterais. Segundo a Pfizer, os termos contratuais eram padronizados e foram aceitos pelos demais países do mundo que adquiriram, antes mesmo do Brasil, as vacinas da empresa.

No caso da vacina Coronavac, produzida em parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, Dimas Covas afirmou que depois de meses de negociação e insistência, um documento de compromisso de compra chegou a ser acertado entre o Butantan e o governo federal em outubro, mas o presidente Jair Bolsonaro "mandou cancelar" o contrato e o compromisso "ficou em suspenso".

Segundo o diretor do Butantan, não houve nenhum questionamento formal do Ministério da Saúde sobre possíveis dúvidas em relação à vacina. E, com a suspensão do acerto, o Butantan passou a enfrentar incertezas sobre o financiamento de sua produção.

Além disso, Covas afirma que a demora fez com que parceiros internacionais de fornecimento de matéria-prima de vacina fechassem contratos com outros fabricantes. Isso levou a uma disponibilidade muito menor de doses quando o governo Bolsonaro decidiu finalmente fechar contrato com o Butantan, seis meses depois.

Pelo menos dois fatores influenciaram a decisão de Bolsonaro de não fechar contrato com o Butantan. Primeiro, divergências com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), visto por Bolsonaro como seu virtual concorrente na disputa pelo Palácio do Planalto em 2022. O Butantan é ligado ao governo paulista.

Segundo, a pressão de militantes de direita que, a partir do momento em que Pazuello anunciou a compra da Coronavac, passaram a circular em grupos de WhatsApp de apoiadores do governo teorias conspiratórias contra a vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac. Termos como "VaChina" e "Fraudemia" são empregados com frequência nestas correntes.

Em entrevista à rádio Jovem Pan em outubro de 2020, Bolsonaro disse que o governo federal não compraria nenhuma vacina oriunda da China, mesmo que ela fosse aprovada pela Anvisa.

"Da China nós não compraremos. É decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso", disse Bolsonaro, que acabaria fechando o contrato em janeiro de 2021.

Até o fim de abril, quase 80% das vacinas aplicadas no Brasil eram a Coronavac.

Fonte: BBC News Brasil

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Cariri não progride em novo decreto; macrorregiões do Sertão Central e Litoral Leste avançam na reabertura

O governador do Ceará, Camilo Santana, divulgou através de transmissão ao vivo via redes sociais na noite desta sexta-feira (28), detalhes do novo decreto estadual de combate à pandemia da Covid-19. A flexibilização das atividades não essenciais nas macrorregiões de Fortaleza e de Sobral é mantida nas regras atuais por mais uma semana, condição agora liberada para outras duas macrorregiões do Estado, Litoral Leste/Vale do Jaguaribe e Sertão Central. Já a região do Cariri segue com restrições mais intensas de dias e horários de funcionamento. As determinações vigoram até 4 de junho próximo.

O anúncio foi feito após reunião virtual com o comitê formado por profissionais de Saúde, presidentes do Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa, e representantes do Ministério Público Estadual, Federal e do Trabalho, e a Prefeitura de Fortaleza. Na ocasião do anúncio estava presente o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto).

“Vale do Jaguaribe/Litoral Leste e Sertão Central avançam em relação ao decreto vigente, enquanto Fortaleza e Região Norte permanecem na mesma fase de flexibilização. O Cariri demanda maior atenção devido aos altos números, por isso é recomendado que siga com ações restritivas por parte dos prefeitos de cada município que compõe a macrorregião. Percebemos alguma melhora em outras cidades, possivelmente por decisões mais rígidas de alguns prefeitos, conforme a recomendação do decreto anterior. De forma geral, vimos queda no número de casos e óbitos, e a procura assistencial segue estável, mas com números muito altos de internação, principalmente em UTIs”, explicou Camilo.

Panorama
De posse dos números da pandemia no Estado, o titular da Saúde, Dr. Cabeto, justificou as decisões do comitê em sua apresentação, e relatou que em maio há um menor registro de casos graves da doença. “Novamente tivemos a redução do índice de positividade nos testes, principalmente em Fortaleza, com pouco menos de 29%. Portanto, a razão de transmissão se encontra estável, com tendência de queda, mas os números de pacientes internados em UTIs ainda é muito elevado. Em alerta, a região do Cariri permanece com um nível de positividade muito alto, em 54%. Ou seja, há uma quantidade maior de vírus circulando naquela região, por isso precisamos ter muito cuidado, e contar com o apoio da população. Lembrem-se que não saímos da pandemia, embora a vacinação esteja evoluindo”, apontou o médico.

Dr. Cabeto também pontuou que a taxa de mortalidade reduziu de forma considerável, por conta da qualidade do atendimento, da qualificação dos profissionais de saúde, além da capacidade de expansão no número de leitos no Ceará. E, mais especificamente entre os idosos, após a vacinação o número de óbitos na faixa etária maior de 60 anos despenca. “O impacto da vacinação, principalmente nos idosos, é perceptível na evolução dos óbitos. Se até setembro do ano passado tínhamos um alto percentual com idosos, hoje temos uma redução significativa da letalidade, que se deve à vacinação ampla nessa faixa etária”, explicou.

Aumento de quase 76% na oferta de leitos
O Governo do Ceará já abriu UTIs em todas as regiões do Estado durante a pandemia, e segue entregando novos leitos exclusivos para atender a pacientes com a Covid-19. Camilo listou que o sistema estadual de saúde e suas unidades conveniadas contam com um total de 5.186 leitos exclusivos, sendo 3.839 de enfermaria e mais 1.347 leitos de UTI, um aumento de 75,7% de ofertas de leitos em relação ao pico da pandemia no ano passado.

“Podemos ver aqui no mapa do Ceará que, antes da pandemia, apenas Fortaleza, Sobral, Juazeiro e Quixeramobim tinham leitos de UTI, mas hoje já abrimos leitos de UTI em todas as macrorregiões, atendendo de forma descentralizada a todos os cearenses. E todo esse investimento e esforço faz parte do programa de regionalização da Saúde do Estado, e tudo vai virar legado. Estive em Brasília ontem com o Dr. Cabeto em reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e solicitações a habilitação do Hospital Regional do Vale do Jaguaribe. Com a habilitação desse hospital, entregaremos hospitais regionais de alta complexidade em todas as cinco macrorregiões do Ceará”, listou Camilo.

Vacinação dos professores
Camilo Santana relembrou do esforço em distribuir as vacinas e, em parceria com os municípios, deseja agilizar os números de vacinados mais ainda, inclusive dando início à vacinação dos professores. “Neste sábado (29), Fortaleza já iniciará a vacinação dos professores. A Sesa já enviou as vacinas a todos os municípios do Interior, que poderão iniciar a vacinação dos profissionais da educação. A nossa meta é ter todos os professores e a comunidade escolar do Ceará vacinada até o mês de julho. Claro que vai depender da quantidade de vacinas que o Estado receberá, mas se estiver dentro da previsão que estamos planejando, todos os profissionais da educação serão vacinados até julho para que assim possamos planejar um retorno seguro das aulas presenciais para o segundo semestre, das redes pública e privada”, afirmou o governador.

Ainda sobre vacinas, o governador citou que o Estado precisa guardar a segunda dose para garantir a continuidade da imunização. Camilo citou também que, no encontro com o ministro da saúde apresentou as ações do Ceará no enfrentamento à pandemia, como a expansão da rede em todas as regiões do Estado e a importância do capacete respiratório Elmo. Além disso, pediu celeridade no envio das vacinas, e discutiu sobre a vacina da Uece, que aguarda aval da Anvisa para avançar para testes em humanos. “A notícia boa é que temos uma perspectiva de aumento do envio de vacinas em junho, principalmente com o retorno da produção da Coronvac pelo Instituto Butantan”, completou.

Sobre o número de vacinados no Ceará, segundo o Vacinômetro da Sesa, até às 17h da última quinta-feira (27), 2.635.001 doses já foram aplicadas em todo o Estado. Com isso, 1.654.344 cearenses receberam a primeira dose, e 980.657 já foram imunizados com a segunda dose.

Ações Sociais
Na transmissão, governador destacou suas ações de apoio às famílias cearenses, e destacou que o CearáCredi já registra 34.540 cadastros para com proposta de financiamento, além do início da entrega dos 150 mil tablets aos alunos de 1ª série do Ensino Médio da rede pública estadual. “Os alunos já tinha recebido o chip com internet para estudar de forma remota, e, agora, o tablet. Vamos fazer disso uma política pública continuada de educação, para todos os alunos das escola públicas estaduais”, reforçou.

Em sua fala, Camilo também listou muitas das ações sociais que o Ceará vem promovendo para reduzir os efeitos da pandemia entre os cearenses, como o pagamento das contas de água e luz às famílias de baixa renda, a ampliação do Cartão Mais Infância, o pagamento de auxílios emergenciais para profissionais dos setores de eventos, o Auxílio Cesta Básica e o Vale-Gás Social. Está sendo concluído os cadastros para o auxílio Cesta Básica, voltado para feirantes, ambulantes, mototaxistas, taxistas, motoristas de aplicativo, bugueiros e outros profissionais liberais, com a expectativa de que 150 mil pessoas possam ser atendidas.

A pandemia não acabou
O governador Camilo Santana finalizou o pronunciamento lamentando os muitos registros que tem recebido de festas e aglomerações no Ceará. “Faço aqui um apelo aos cearenses, sei que as pessoas estão cansadas, mas nós temos que nos proteger e a quem amamos, que não promovam e nem participem de aglomerações. A pandemia não acabou, a única forma que temos de salvar vidas, de proteger a nossa família e a quem amamos é de praticar medidas preventivas, como o distanciamento social, e usar a máscara. Só podemos voltar à normalidade quando vacinarmos todos, e eu não vou descansar até conseguir vacinar todos os cearenses. Aproveito para dar aqui a minha homenagem especial aos profissionais de saúde, que se desdobram nos plantões, aos que estão vacinando todos os cearenses, meu muito obrigado”.

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29 de maio

1453 - Os exércitos de Mehmed II capturam Constantinopla após um cerco, pondo fim ao Império Bizantino.
1919 - Observação de variações na posição de estrelas durante um eclipse solar confirma a teoria da relatividade de Albert Einstein.
2005 - A França rejeita, através de referendo, a Constituição Europeia.

Nasceram neste dia…
1630 - Carlos II de Inglaterra (m. 1685).
1917 - John F. Kennedy (foto), político estadunidense (m. 1962).
1957 - Mohsen Makhmalbaf, cineasta, escritor e político iraniano.

Morreram neste dia…
1500 - Bartolomeu Dias, explorador marítimo português (n. 1450).
1892 - Bahá'u'lláh, teólogo persa (n. 1817).
1997 - Jeff Buckley, cantor e compositor estadunidense (n. 1966).

Fonte: Wikipédia

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