O Crato amanheceu sob a sombra da violência nesta terça-feira (7), com a notícia do brutal assassinato do ex-policial e vereador em exercício, Erasmo Morais. O político foi alvejado por disparos de fuzil, em um ataque que chocou a comunidade. Até o momento, nenhum suspeito foi preso pelas autoridades.
De acordo com informações da Polícia Militar, o crime ocorreu nas proximidades da residência de Morais, situada no Bairro Mirandão. Testemunhas relataram à polícia que dois indivíduos a bordo de uma picape branca foram os responsáveis pelos disparos.
Uma moradora da região, que preferiu não se identificar, descreveu o momento do crime: "Ouvi muitos tiros. Quando saí, ele já estava morto e os suspeitos tinham fugido. Ele estava a caminho de buscar seu filho autista na escola quando foi atacado ao sair de casa", disse.
Erasmo Morais, que tinha planos de concorrer novamente ao cargo de vereador nas eleições deste ano, já havia ocupado a posição anteriormente como suplente.
Equipes da Polícia Militar estão realizando operações na região em busca dos responsáveis pelo assassinato.
Polêmica na Câmara de Vereadores
O político, que era filiado ao Pros, à época, esteve envolvido em uma polêmica na Câmara de Vereadores do Crato em novembro de 2023. Durante um debate sobre o retorno da vaquejada no município, Erasmo Morais protagonizou uma confusão com a vereadora Mariângela Bandeira, do PMN.
A discussão teve início quando os parlamentares debatiam a questão, e uma ativista dos direitos dos animais se opôs à retomada da vaquejada. A confusão eclodiu quando Morais contestou o ponto de vista da ativista, recebendo apoio da vereadora.
Na ocasião, relatos indicam que o vereador do Pros utilizou força física durante o tumulto, chegando a segurar o braço da colega. O episódio gerou controvérsia e debates acalorados na Câmara Municipal, evidenciando as tensões políticas na cidade.
