7 perguntas (e respostas) sobre o mau hálito

O mau hálito, nome popular da halitose, não é uma doença, mas pode trazer consequências ruins para a saúde física e mental se não tratado em tempo e corretamente. No Brasil, as pesquisas mostram que cerca de 30% da população sofre com o problema. Depois dos 55 anos, a incidência chega a 85%.

Na maior parte dos casos, essa alteração desagradável do hálito é provocada por bactérias da boca e pode ser combatida e evitada com o trio escova, fio dental e raspador de língua. Sem a higienização completa diária e o tratamento adequado, as bactérias se proliferam e podem ir parar em outros órgãos, causando complicações maiores.

Além das questões físicas, o odor ruim pode provocar problemas sociais e emocionais. A insegurança e o receio de se aproximar ou de falar perto das pessoas pode atrapalhar as relações afetivas e profissionais, afetando a auto-estima e desencadeando ansiedade e até mesmo depressão.

Por essas e outras, vale a pena fazer uma visita ao seu dentista e rever os seus hábitos de higiene bucal. Atualmente, os profissionais também podem solicitar o teste do hálito, que verifica com precisão a presença ou não da condição. Enquanto isso, consulte abaixo sete questões importantes sobre halitose esclarecidas pelo especialista Alênio Calil Mathias, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose (SOBREHALI) e diretor do CETH (Centro de Excelência no Tratamento da Halitose).

1. Do que é formado o hálito? 
O hálito é a união do ar expelido pelos pulmões durante a respiração com os gases provenientes da boca. Quando as condições de saúde geral estão alteradas por conta de doenças crônicas, gastrointestinais, entre outras, e da má higiene oral, o hálito passa a conter gases à base de enxofre, o que causa o odor desagradável chamado de mau hálito.

2. Qual é a principal causa? 
A maior causa do mau hálito é a presença de bactérias na boca que liberam os gases à base de enxofre. Essas bactérias estão presentes na gengiva, nos dentes e na língua. Em 90% dos casos de mau hálito, o maior vilão é a saburra lingual, uma camada formada por restos de bactérias, resíduos de alimentos e células mortas sobre a língua. Em seguida aparecem os problemas de gengiva, como a gengivite ou tártaro, e dos dentes, a exemplo da cárie. O problema pode ser evitado com a higienização bucal completa, o que inclui o uso correto da escova, do fio dental e do raspador de língua. Para resolver o problema, é preciso procurar um dentista ciente do tratamento da halitose.

Diminuir a quantidade de bactérias na boca ajuda a evitar problemas sistêmicos, pois elas vão para outras partes do corpo com frequência. Isso ocorre, por exemplo, em procedimentos invasivos como cirurgias com anestesia geral: nesses casos, o entubamento pode levar as bactérias da boca para os pulmões, causando pneumonia.

3. Por que ficar muito tempo em jejum provoca o mau cheiro? 
Os alimentos são fonte de energia para o nosso organismo. Quando fazemos as refeições regularmente, o corpo usa a glicose proveniente dos alimentos para gerar energia. Do contrário, quando ficamos muito tempo sem comer (por mais de quatro ou cinco horas), o organismo começa a utilizar gordura para suprir a necessidade de energia. A queima da gordura (ácidos graxos) libera enxofre, que é expelido pelos pulmões gerando o mau hálito. Por isso o ideal é a ingestão de alimentos em períodos menores, a cada três ou quatro horas.

4. Prisão de ventre também é uma das causas? 
Sim. Na verdade, existe um mito de que o mau hálito é um problema do estômago. No entanto, isso corresponde somente a 1% dos casos. Na maioria das vezes o problema é gastrointestinal. A prisão de ventre faz com que haja um acúmulo de resíduos no intestino que vão se deteriorando e, assim, liberando gases à base de enxofre. As moléculas dos gases são muito pequenas, por isso passam para a corrente sanguínea e posteriormente são filtradas no pulmão e expelidas na expiração, gerando o mau hálito. Portanto, uma alimentação à base de fibras e com alimentos chamados funcionais é muito importante.

5. De que forma o estresse provoca o mau cheiro do hálito? 
O estresse faz com haja um aumento de adrenalina no corpo. Esse aumento, dentre várias outras coisas, causa a diminuição do fluxo salivar, provocando o acúmulo de bactérias na boca. Isso porque a saliva contém muitas imunoglobulinas que agem também contra as bactérias. Portanto, ingerir água com regularidade ajuda bastante a manter a produção de saliva equilibrada.

6. O mau hálito torna-se mais comum conforme envelhecemos? 
Sim, a incidência pode chegar a 85% depois dos 50 anos e está diretamente ligado à diminuição do fluxo salivar, chamado tecnicamente de xerostomia. Esse problema é proveniente de medicamentos de uso contínuo para doenças crônicas, com diabetes, hipertensão, depressão, entre outros. Nesses casos, o paciente deve estimular a salivação com métodos mecânicos e químicos para minimizar o problema.

7. O mau hálito pode ser psicológico? 
Sim. Existem pessoas que sentem o mau hálito mesmo quando ele não existe. É a halitose imaginária. Hoje em dia pode-se fazer o chamado teste do hálito, em que é possível detectar a real presença do problema. A terapia com psicólogo é indicada para tratar esses pacientes.

Fonte: MSN Estilo e Vida

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Fernando Santana visita obras no Cariri

Seguindo orientação do Governador Camilo Santana, o deputado estadual eleito Fernando Santana está visitando nesta sexta (9) e sábado (10) várias obras no Cariri com o Secretário Quintino Vieira.

Essas ações buscam dar celeridade para entregar aos caririenses com maior brevidade, as estradas e os equipamentos visando modernização, geração de oportunidades no emprego, renda e consequentemente melhorar a vida do povo do Cariri e do Ceará.
  • Estrada que liga Juazeiro ( aeroporto ) a Missão Velha;
  • Estrada ( duplicação) Barbalha/Missão Velha;
  • ARENINHA nas Malvinas em Barbalha;
  • Policlinica em Crato;
  • Anel viário em Juazeiro do Norte.
Teleférico do Caldas
Continuando a cumprir a agenda de visitas em obras pelo Cariri, neste sábado (10), Fernando esteve acompanhando os técnicos do Estado (DAE) e o representante (Renato) da empresa que vem construindo o teleférico no Caldas em Barbalha.

Em breve, barbalhenses, caririenses, cearenses e turistas de todas as regiões e países, conhecerão um dos lugares mais belos do Nordeste Brasileiro, em Barbalha.

A empresa encaminhou prazo para testes em dezembro. Se conseguirem cumprir os prazos acordado, em 2019 o teleférico estará em pleno funcionamento, gerando lazer e oportunidade de emprego e renda.

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Ataque de pânico: sete dicas de especialistas para controlar as crises

A ansiedade afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma condição que apresenta uma gama de sintomas, inclusive ataques de pânico, que costuma aparecer também em pessoas com outros transtornos como depressão. Esta manifestação pode ocorrer a qualquer momento do dia ou da noite, provocando medo, preocupação intensa e repetitiva, sudorese, respiração rápida, náusea e batimentos cardíacos acelerados. Quando o ataque acontece, a pessoa – e quem está com ela – normalmente não sabem o que fazer. Por isso, o The Guardian, preparou uma lista elaborada por especialistas com métodos que podem ajudar indivíduos a controlar um ataque de pânico. 

1. Entenda o seu corpo
Quando se trata de ataques de pânico, conhecimento é poder. Embora isso não os impeça de ocorrer, saber o que está acontecendo com o seu corpo pode evitar o aumento do pânico. 

Além disso, para quem já passou por um ataque de pânico antes, a recomendação é manter em mente que, por mais perturbador e desagradável que possa ser, esse momento passa e não apresenta consequências físicas. É preciso também reconhecer que o ataque é um breve período de ansiedade concentrada e vai terminar, mesmo que, a princípio, não pareça assim.

2. Respire de forma natural
A respiração é fundamental para controlar um ataque de pânico, especialmente no caso de quem tende a sofrê-lo em público. Durante um ataque, é comum as pessoas respirarem mais rápido, por isso, exercícios de respiração simples são recomendados, pois ajudam as pessoas a permanecerem conscientes da necessidade de encher os pulmões; isso também colabora para diminuir a frequência cardíaca. 

Dica frente a dificuldade em respirar: o faça de forma constante, contando lentamente até quatro enquanto inspira e mais quatro ao expirar, trazendo o ar do abdome, enchendo os pulmões de forma lenta e constante.

3. Relaxe os músculos
Assim como respirar, relaxar é imprescindível. À princípio, pode parecer um esforço hercúleo, mas o relaxamento muscular é um método prático que ensina a se conectar a fontes de tensão física assim o indivíduo se mantém ciente de que precisa se concentrar em relaxar.

O relaxamento pode ser feito da seguinte forma: aperte um dos punhos o mais forte que puder, observando como os dedos e antebraço ficam tensos. Continue nessa posição e conte até dez antes de soltar e permitir que a mão relaxe completamente, soltando qualquer tensão. Repita o gesto quantas vezes forem necessário até conseguir relaxar. Esta abordagem ajuda a aumentar e liberar a tensão em todo o corpo já que ao contrair e relaxar os vários grupos musculares é possível aliviar o estresse físico e acalmar a mente.

4. Limite estímulos
Quando sentir um ataque vindo, é importante limitar a quantidade de estímulos recebidos no momento: tente encontrar um espaço silencioso (e se possível escuro) onde seja possível praticar as técnicas de respiração e relaxamento. Se acontecer dentro de um escritório, onde nem sempre há um espaço tranquilo, tente sair da sala ou vá até o banheiro.

Caso esteja na rua, busque se concentrar em um único pensamento ou em um objeto no qual você possa focar a mente. Se escolher um objeto, pense sobre como se sente em relação a ele, quem o fez e analise sua forma. Isso pode ajudar a reduzir os sintomas de um ataque de pânico. Para quem já passou por isso antes, ou costuma ter ataques com frequência, é recomendado sempre ter na bolsa algo que possa ser usado com esse propósito.

5. Tenha um caderno
De acordo com um estudo publicado no SAGE Journals, tratar pensamentos intrusivos como objetos materiais que podem ser jogados fora é um bom mecanismo de enfrentamento. Por isso, quando sentir a chegada de um ataque, anote os pensamentos que estão te preocupando e depois rasgue a página e jogue fora. 

6. Zero cafeína
Os ataques podem ser desencadeados por espaços fechados, multidões ou problemas com dinheiro. A cafeína, que age como estimulante, também pode servir de gatilho para a ansiedade. A orientação para os indivíduos cujos gatilhos estão associados a multidões e espaços apertados é cortar o café e outras bebidas que contenham cafeína, principalmente se a sua rotina envolve o contato com diversas pessoas ao mesmo tempo.

Eliminar a substância da alimentação – pelo menos antes de enfrentar situações tensas – pode estimular o hábito de ingerir bebidas mais saudáveis que ajudam a evitar a desidratação, outro possível gatilho para o ataque de pânico.

7. Aplicativos de áudio
Estudos mostraram que indivíduos que costumam utilizar transporte  – público ou privado – para se deslocar diariamente para o trabalho ou faculdade, por exemplo, apresentam aumento nos níveis de ansiedade; no caso de quem sofre ataques de pânico esse costuma ser um gatilho.

Para combater os estressores externos, os especialistas sugerem o uso de aplicativos de áudio, seja para escutar as suas músicas favoritas, ouvir um áudio book ou áudios de meditação. Isso vai pode manter a mente focada e deixar de lado o ambiente em que se está.

Como ajudar alguém que está tendo um ataque de pânico:
  • Fique calmo: seu nervosismo pode deixar a pessoa ainda mais agitada;
  • Certifique-se de que a pessoa tenha espaço suficiente ao seu redor;
  • Sugira uma caminhada até um local mais tranquilo nas proximidades;
  • Lembre a pessoa que os ataques de pânico sempre terminam;
  • Ajude-os a controlar a respiração; pratique com ela exercícios respiratórios;
  • Evite fazer muitas perguntas e não valide declarações negativas;
  • Nunca diga a alguém para se acalmar ou dizer que não há nada para se preocupar.
  • Fique por perto: mesmo que a pessoa insista que precisar ficar sozinha, certifique-se de que ela permaneça no seu campo de visão.
Seguir alguns destes passos vai te ajudar a ter um pouco de controle sobre esse momento tão aterrorizante.

Fonte: Veja.com

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Autenticação e reconhecimento de firma não serão mais exigidos em órgãos públicos

O fim da obrigação de reconhecimento de firma, dispensa de autenticação de cópias e não-exigência de determinados documentos pessoais para o cidadão que lidar com órgãos do governo dispostos na Lei 13.726, de 2018, foram sancionados e publicados no Diário Oficial da União (DOU) na última terça-feira (9). O texto também prevê a criação do selo de desburocratização na administração pública e premiação para órgãos que simplificarem o funcionamento e melhorarem o atendimento a usuários.

Pela nova lei, órgãos públicos de todas as esferas não poderão mais exigir do cidadão o reconhecimento de firma, autenticação de cópia de documento, além de apresentação de certidão de nascimento, título de eleitor (exceto para votar ou registrar candidatura) e autorização com firma reconhecida para viagem de menor se os pais estiverem presentes no embarque.

Para a dispensa de reconhecimento de firma, o servidor deverá comparar a assinatura do cidadão com a firma que consta no documento de identidade. Para a dispensa de autenticação de cópia de documento, haverá apenas a comparação entre original e cópia, podendo o funcionário atestar a autenticidade. Já a apresentação da certidão de nascimento poderá ser substituída por cédula de identidade, título de eleitor, identidade expedida por conselho regional de fiscalização profissional, carteira de trabalho, certificado de prestação ou de isenção do serviço militar, passaporte ou identidade funcional expedida por órgão público.

Quando não for possível fazer a comprovação de regularidade da documentação, o cidadão poderá firmar declaração escrita atestando a veracidade das informações. Em caso de declaração falsa, haverá sanções administrativas, civis e penais.

Os órgãos públicos também não poderão exigir do cidadão a apresentação de certidão ou documento expedido por outro órgão ou entidade do mesmo poder, com exceção dos seguintes casos: certidão de antecedentes criminais, informações sobre pessoa jurídica e outras previstas expressamente em lei.

Selo de desburocratização
A nova lei ainda tenta racionalizar e simplificar atos e procedimentos administrativos dentro dos próprios órgãos públicos. Esses poderão criar grupos de trabalho com o objetivo de identificar exigências descabidas ou exageradas ou procedimentos desnecessários, além de sugerir medidas legais ou regulamentares para eliminar o excesso de burocracia.

O texto também prevê a criação do Selo de Desburocratização e Simplificação, destinado a reconhecer e a estimular projetos, programas e práticas que simplifiquem o funcionamento da administração pública e melhorem o atendimento aos usuários dos serviços públicos.

O Selo será concedido por comissão formada por representantes da administração pública e da sociedade civil, com base em critérios de racionalização de processos e procedimentos administrativos, eliminação de formalidades desnecessárias, ganhos sociais, redução do tempo de espera no atendimento ao usuário, além de adoção de soluções tecnológicas ou organizacionais que possam ser replicadas em outras esferas da administração.

Serão premiados, anualmente, dois órgãos ou entidades, em cada unidade federativa, selecionados com base nos critérios estabelecidos pela nova lei.

Vetos
Foi vetada, entre outros pontos, a previsão de que órgãos públicos disponibilizem em página de internet mecanismo próprio para a apresentação, pelo cidadão, de requerimento relativo a seus direitos.

A razão para o veto reconhece a importância desse mecanismo, mas alega que requer alta complexidade técnica, o que levaria tempo para a implementação. “O assunto poderá ser tratado posteriormente, de modo mais adequado, sem prejuízo de, exercendo sua autonomia federativa, os demais entes regulem por leis próprias a desburocratização do acesso do cidadão aos seus direitos”, completa a justificativa.

Também foi vetada a previsão de que a lei entraria em vigor já na terça-feira. "A norma possui amplo alcance, pois afeta a relação dos cidadãos com o poder público, em seus atos e procedimentos administrativos. Sempre que a norma possua grande repercussão, deverá ter sua vigência iniciada em prazo que permita sua divulgação e conhecimento, bem como a necessária adaptação de processos e sistemas de trabalho”, justifica o Executivo.

Fonte: Diário do Nordeste

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Brasil é o último em ranking sobre prestígio do professor

Percepção de falta de respeito dos alunos, salários insuficientes e uma carreira pouco segura para os jovens. É assim que a maioria da população brasileira enxerga a profissão docente e coloca o País como o que dá menos prestígio aos professores. Esse cenário foi revelado pelo Índice Global de Status de Professores de 2018, divulgado na noite desta quarta-feira, 7, pela Varkey Foundation, organização voltada para a educação. O levantamento avalia como a população de 35 países enxerga a profissão.

Enquanto há uma tendência global de crescimento no prestígio dado aos professores, o Brasil regrediu nos últimos cinco anos. Em 2013, quando o estudo foi feita pela primeira vez e avaliou 21 nações, o País aparecia na penúltima colocação. Na edição deste ano, com a piora na percepção sobre o respeito dos alunos e com menos pais dispostos a incentivar seus filhos a seguir a profissão, o índice nacional piorou e colocou o País como lanterna do ranking. 

Para chegar ao indicador, foram entrevistadas mil pessoas, de 16 a 64 anos, em cada país e mais de 5,5 mil docentes. No Brasil, apenas 9% acreditam que os alunos respeitam seus professores - na China, o líder, 81% veem esse respeito. O dado aparece em consonância com o fato de que só 20% dos pais brasileiros afirmam que encorajariam seus filhos a seguir a carreira - ante 55% dos pais chineses.

O estudo também indica que o brasileiro subestima a jornada de trabalho da profissão. A sociedade estima uma carga horária semanal média de 39 horas, ante o relato dos professores de uma média de 48 horas. Segundo a pesquisa, essa percepção é forte nos países latino-americanos e se diferencia de países como Finlândia, Canadá e Japão, onde os docentes trabalham menos horas do que a percepção de suas comunidades.

A mesma tendência é observada em relação aos salários. Enquanto brasileiros consideram que um salário justo para os professores seria de U$ 25 mil (cerca de R$ 93 mil) ao ano, a remuneração real média relatada pelos profissionais é de U$ 15 mil (cerca de R$ 56 mil).

Professor de Geografia, Heleno de Oliveira, de 52 anos, diz ter sentido a desvalorização da profissão nos 35 anos em que atua em sala de aula. "Cada vez são mais comuns os relatos de colegas que foram agredidos ou xingados por alunos, que precisam ter mais de um emprego para se sustentar ou que adoecem por causa da pressão", diz o docente, que dá aula em escolas da rede pública de São Paulo.

Ele diz ter descoberto a vocação aos 17 anos, como estagiário. Ver os alunos aprendendo e interessados p é o que motiva Oliveira a continuar em sala. "Já pensei algumas vezes em desistir porque saio às 22 horas da escola, preparo minhas aulas até as 2 horas da manhã. E o salário é muito pequeno diante de tanto esforço. O que me segura é a relação com alguns alunos, perceber que posso fazer a diferença na vida de alguns", diz.

Luiz Antonio, professor de Língua Portuguesa em duas escolas privadas do centro de São Paulo, diz que sente desrespeito maior dos pais do que dos jovens. "Tem uma interferência muito grande da família, que tira a nossa autonomia. Não gostam quando chamamos atenção do filho, questionam o conteúdo. Não entendem que estudamos e temos formação para ensinar não só a disciplina, mas como conviver dentro da escola", diz ele, de 44 anos - 20 em sala de aula.

Para especialistas, a repercussão de projetos como o Escola sem Partido, que defende vetar a "doutrinação ideológica" em classe, pode agravar ainda mais tensão no ambiente escolar.

Desempenho
O estudo também identificou que a valorização docente está ligada ao desempenho dos alunos. Países com melhores notas no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), maior avaliação de estudantes do mundo.

"Mais respeito aos professores significa que estudantes com melhor desempenho serão atraídos para a profissão, que melhores docentes irão permanecer na carreira. São fatores muito importantes para melhorar os resultados educacionais dos países", explicou ao Estado Vikas Pota, presidente da Varkey Foundation.

Para ele, o poder público precisa investir em ações para apoiar os professores, tanto financeiramente como na melhora de condições de trabalho, para que os índices educacionais do país progridam. Na última edição do Pisa, em 2016, o Brasil apareceu entre os dez últimos do ranking. De 70 nações avaliadas, o País ficou na posição 63.ª em Ciências, 65.ª em Matemática e 59.ª em Leitura. 

Fonte: Terra (Com Estadão Conteúdo)

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Continua distribuição de kits gratuitos para TV digital na região do Cariri

O sinal analógico dos canais abertos de TV foi desligado em algumas cidades do Cariri (Juazeiro do Norte, Barbalha, Caririaçu, Crato e Missão Velha) no último dia 31 de outubro. Praticamente toda a população já estava preparada e assistindo TV pelo sinal digital. Mesmo com fim do sinal analógico, continua a distribuição de kits gratuitos, com antena digital e conversor com controle remoto, para as famílias que têm direito. No total, cerca de 99 mil kits já foram distribuídos.

A distribuição de kits gratuitos teve início na região em julho de 2017 e será encerrada nas próximas semanas. Para saber se têm direito ao kit gratuito, as famílias devem acessar esse LINK ou ligar para 147 com o NIS (Número de identificação social) em mãos. 

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Chuvas escassas comprometem nível dos açudes no CE

Ainda relativamente distante da Quadra Chuvosa, registrada entre os meses de fevereiro e maio, os 155 açudes do Ceará monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) acumulam uma média de volume de apenas 2,23 milhões de m3 da capacidade total de armazenamento, que é de 18,62 bilhões de m3, ou seja, 12,% de volume percentual. Ainda segundo dados do órgão, apenas dois açudes seguem com volume acima de 90%, que são o Germinal, em Palmácia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e o Jenipapo, em Meruoca (Região Norte). Os números também apontam que 98 açudes estão com volume abaixo dos 30%, e que 25 atingiram o volume morto.

De acordo com o levantamento do Comitê de Monitoramento das Ações de Convivência com o Semiárido, equipe formada por membros da Secretaria de Recursos Hídricos, Cogerh, Superintendência de Obras Hídricas (Sohidra), Funceme, Defesa Civil do Estado e Cagece, que se reúne toda sexta-feira para deliberar sobre a situação hídrica cearense, as bacias que mais chamam atenção são as do Alto Jaguaribe, com seis reservatórios com volume morto e quatro secos, do total de 24; e do Médio Jaguaribe, com cinco açudes no volume morto e outros cinco, secos, do total de 15 reservatórios; a Bacia Metropolitana, que conta com 6 açudes no volume morto, do total de 22, também requer atenção.

Segundo Gianni Peixoto, assistente da presidência da Cogerh, "essas bacias, realmente, são as que demandam mais atenção, pois foram as mais atingidas no que é considerada a seca mais longa do século, se estendendo, praticamente, de 2012 a 2017, onde não houve uma efetiva recarga dos reservatórios. A gente segue com o monitoramento diário e planejamento semanal de ações emergenciais. Hoje, mais de 50 comunidades se beneficiam de atendimento por meio de adutora de montagem rápida, além da escavação de poços e instalação de dessalinizadores, que devem ser ampliadas, dependendo da demanda", ressalta Peixoto, sobre a parceria que conta, também, com a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), onde as discussões já se voltam para evitar o colapso das áreas urbanas, no que se refere ao abastecimento humano.

No levantamento atualizado do dia 31 de outubro último, relacionado ao abastecimento das sedes, 17 municípios se mantêm em situação de alta criticidade, com seus principais mananciais em colapso atual ou esperado, segundo prognósticos, para até o fim de dezembro deste ano, quando são previstas as precipitações da pré-estação chuvosa. A lista é formada por Pindoretama, Cascavel, Beberibe, Icapuí, Russas, Aratuba, Mulungu, Pacoti, Palmácia, Ipaporanha, Monsenhor Tabosa, Boa Viagem, Mombaça, Piquet Carneiro, Catarina, Deputado Irapuan Pinheiro e Pereiro.

"Observamos que a situação crítica é bem ampla, pois temos municípios do sertão, litoral e região das serras com pouca capacidade de armazenamento de água ou estrutura de recarga. Para esses, o risco de colapso é alto em 60 dias", adverte Nicolas Fabre, analista de Desenvolvimento e Meio Ambiente da Aprece.

Açude
Com cerca de 27 mil habitantes, o Município de Tamboril, também sofre os efeitos das sucessivas estiagens que, ano após ano, mudaram por completo a imagem do Açude Carão, que antes abastecia a cidade com seus pouco mais de 26 milhões de metros cúbicos de água, e era garantia de pesca farta para as muitas famílias da zona rural. O reservatório, que se mantinha como mais uma opção de subsistência no Semiárido é uma vasta área tomada pelo mato.

Monitorado pela Cogerh, o Açude Carão, ligado à Bacia do Rio Acaraú, nem de longe lembra a fartura do passado. "Dos cerca de 61 homens da Colônia de Pescadores que viviam das águas do Carão, hoje, esse número não passa de 30. Muitos foram até embora para outros estados", lamenta Francisco Melo, pescador que hoje vive de pequenos serviços.

Ainda, em 2017, a instalação de uma adutora de engate rápido ajudou a melhorar a oferta de água no município, partindo do Açude Araras, em Varjota, para atender a Tamboril e Crateús. O serviço foi suspenso em junho deste ano, por conta da recarga conseguida na última quadra chuvosa. Segundo Wilson Sousa, secretário de Agricultura e Recursos Hídricos do Município, "o Carão secou totalmente em 2015.

ALEX PIMENTEL
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Bolsonaro diz que conta com a experiência de Temer para ajudá-lo

Após a reunião que formalizou o governo de transição, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira (7) que “muita coisa” da gestão Michel Temer vai ser mantida, sem citar detalhes. Ele afirmou que “não se pode furtar” do conhecimento de quem passou pela Presidência da República. Bolsonaro agradeceu o encontro e disse que conta com a experiência de Temer para ajudá-lo.

“Se preciso for voltaremos a pedir que ele nos atenda. Porque tem muita coisa que continuará. O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela presidência”, disse Bolsonaro, que concedeu entrevista ao lado de Temer, no Palácio do Planalto.

Foi o primeiro encontro entre o presidente eleito e o atual, desde a vitória de Bolsonaro, no último dia 28. Da mesma forma, é a primeira vez que ele vem a Brasília desde a eleição. No encontro, Temer entregou simbolicamente a chave do gabinete de transição, que funcionará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Unidade

Após as declarações de Bolsonaro, Temer ressaltou que está à disposição do presidente eleito para o que ele e sua equipe necessitarem. O presidente da República afirmou que o momento é de unidade. “Vamos todos juntos”.

O presidente afirmou ainda que, se houver projetos de interesse do governo eleito em tramitação no Congresso Nacional, podem ser especificados para que ele e sua equipe tentem, assim, negociar sua prioridade nas votações.

Temer convidou Bolsonaro para que o acompanhe em viagens ao exterior, como a próxima Cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) será em Buenos Aires, na Argentina, de 30 de novembro a 1º de janeiro, e contará com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Presente

Durante a reunião, Temer deu um livro de presente para Bolsonaro. Nele, há uma compilação dos projetos realizados do seu governo, em seis eixos: Social e Cidadania, Econômico, Infraestrutura, Brasil e o Mundo, Segurança e Defesa Nacional e Ações Regionais. A publicação começa com a frase “O Brasil é hoje um país completamente diferente de dois anos e seis meses atrás”.

Segundo Temer, durante a reunião no Planalto, foi transmitido a Bolsonaro um balanço das ações do governo nos últimos dois anos e meio e o que está programado. O presidente destacou que o programa vai ser “apreciado” pelo sucessor para analisar se deve ser mantido.

Em sua agenda na capital federal, Bolsonaro também conheceu as instalações do CCBB. A visita ocorreu na manhã de hoje. Ele chegou de carro ao local e um helicóptero militar acompanhou o comboio no trajeto.

Fonte: Agência Brasil

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IFCE Crato promove III Jornada do Audiovisual

Estão abertas até o dia 19 de novembro as inscrições para a terceira edição da Jornada do Audiovisual do Instituto Federal do Ceará. Em 2018, o evento será realizado no campus de Crato, nos dias 21, 22 e 23 de novembro. O evento é gratuito e aberto a estudantes, professores, profissionais da área e a todos os interessados. O link para as inscrições e a programação completa estão disponível no site ifce.edu.br/crato.


A programação da Jornada conta com palestras, mesas redondas, exibição de filmes e oficinas sobre temáticas como fotografia de bolso, sonorização de eventos, tratamento de cor em imagens e legendagem para surdos e ensudercidos, entre outras. Esse ano, o evento é realizado em parceria com a EEEP Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau.


Integrante da comissão organizadora do evento, o técnico em audiovisual Geovany Brasil explica que a ideia é permitir a troca de experiências. “A Jornada foi criada com o objetivo inicial de trocar ideias e tentar nivelar os conhecimentos dos técnicos do Instituto. Mas a gente achou que era um momento muito rico de informações e seria um desperdício não poder contar com mais pessoas beneficiadas”.

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Governador Camilo Santana apresenta o Ceará para empresários europeus

O governador do Ceará, Camilo Santana, realizou uma apresentação sobre as potencialidades do Ceará e as oportunidades de novos negócios no estado a um grupo de empresários europeus, durante evento nesta sexta-feira (9), em Roterdã, na Holanda.

O governador destacou como diferenciais a localização estratégica do Ceará, o equilíbrio fiscal do estado, os investimentos em infraestrutura, e as recentes conquistas dos hubs portuário, aéreo e tecnológico, que têm ajudado a desenvolver o estado, através da abertura de novos negócios e da geração de mais empregos.

“A partir do momento em que conhecem melhor o Ceará, os empresários passam a vislumbrar a possibilidade de investir em nosso estado. Vivemos um momento importante da nossa economia e vamos mostrar cada vez mais o Ceará para o mundo, para atrair novas empresas e desenvolver cada vez mais nossa economia”, destacou o governador.

Os empresários, com negócios nas áreas da indústria e porto, mostraram-se interessados em conhecer o novo parceiro comercial da Holanda, com a possibilidade de levarem os seus negócios para o Ceará.

O CEO da empresa de logística C. Steinweg, Ulf M. Boll, disse estar muito bem impressionado com o Ceará e com as novas possibilidades de parceria com o Estado.

O CFO do Porto de Roterdã, Paul Smits, falou da importância dessa parceria com o Porto do Pecém. Ele destacou o crescimento do Ceará, que se torna ponto importante de conexões do Brasil com o mundo. “Ficamos felizes de termos descoberto essa grande oportunidade e fechar esse acordo com o Ceará”, disse ele.

Ao final do encontro, com as presenças do representante do Governo Municipal de Roterdã, Adriaan Visser, e da embaixadora do Brasil nos Países Baixos, Regina Maria Cordeiro Dunlop, foi celebrada a parceria entre os dois portos, quando o Pecém passa ser incluído na rede mundial de portos ligados ao Porto de Roterdã, um dos maiores e mais importantes do mundo.

Também estiveram presentes ao evento na Holanda o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Beto Studart, além dos secretários César Ribeiro, do Desenvolvimento Econômico, Élcio Batista, da Chefia de Gabinete, e Danilo Serpa, presidente do Porto de Pecém.

Hub portuário no Ceará
No mês de outubro, o Governo do Ceará e o Porto de Roterdã formalizaram a participação do porto holandês na gestão conjunta do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A). O acordo envolveu investimento estrangeiro de cerca de 75 milhões de euros (R$ 323 milhões) por 30% das ações do CIPP S/A. O Porto de Roterdã terá a gestão compartilhada sobre as decisões e posições estratégicas e de investimento no conselho de administração, no conselho de supervisão e ao nível gerencial. A operação não envolve venda ativos e o Estado manterá o controle e propriedade ou posse de todos os seus ativos.

Com um crescimento médio de 24% nos últimos 10 anos, o Pecém é um porto em rápido crescimento. O Complexo consiste de várias atividades logísticas e industriais, tais como a única Zona de Processamento de Exportações (ZPE) em atividade do Brasil, um terminal de contêineres, termoelétricas, siderúrgica e fabricantes de turbinas para geração de energia eólica. Conforme o Porto de Roterdã, o que mais torna o Porto de Pecém atraente é que grande parte da infraestrutura necessária do complexo industrial portuário já existe: quebra-mares, berços, terrenos, entre outros pontos.

Parceria celebrada
O evento de celebração da parceria em solo cearense foi realizado no último dia 19, no Palácio da Abolição. Na ocasião, o governador Camilo Santana recebeu o CEO do Porto de Roterdã. Allard Castelein, o embaixador dos Países Baixos no Brasil, Kees Van Rij, e o presidente da CIPP S.A., Danilo Serpa, para juntos oficializarem a divulgação da novidade.

Assessoria de Comunicação/Governo do Estado do Ceará

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Senado aprova corte em fundo para saúde e educação

O Senado cortou pela metade uma das fontes de recursos do Fundo Social do Pré-Sal, destinado a investimentos em saúde e educação. Por meio de um projeto de lei, os senadores destinaram 50% dos recursos vindos da comercialização do petróleo do pré-sal, que iriam integralmente para o Fundo Social, para outro fundo, o Brasduto, voltado para expansão de gasodutos e para o fundo de participação de Estados e municípios. A proposta ainda precisa passar pela Câmara.

O Brasduto contará com 20% dos recursos da comercialização do petróleo do pré-sal. Outros 30% serão destinados aos fundos de participação de Estados e Municípios. O fundo dos gasodutos ainda poderá contar com recursos do Orçamento.

O acordo para a votação do texto, que estava em um projeto de lei sobre o pagamento de multas indenizatórias a usuários de energia prejudicados por distribuidoras, teve apoio do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Na quarta-feira, os senadores retiraram da proposta o item que privilegia a seleção e construção de gasodutos que já obtiveram licenciamento ambiental. Agora, o critério de escolha será definido pelo comitê gestor do Brasduto.

Fonte: Veja.com

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Centec seleciona negócios inovadores em 16 municípios

A Incubadora Tecnológica do Instituto Centec (Intece) está com inscrições abertas até o dia 19 de novembro para seleção de iniciativas empreendedoras que tenham interesse em participar do processo de incubação, recebendo apoio logístico, gerencial e tecnológico para a criação e o desenvolvimento de empresas ou produtos inovadores.

Pessoas físicas ou jurídicas podem apresentar propostas nos setores da indústria ou prestação de serviços, de base tecnológica ou tradicional. Serão selecionadas 15 iniciativas de 16 municípios cearenses e todas receberão apoio por meio de uma estrutura física compartilhada e duas, serão residentes, ou seja, que terão um espaço de uso individual. O apoio da incubadora do Centec acontecerá por 12 meses, podendo ser prorrogado por mais um ano.

O edital completo está disponível em www.centec.org.br e os interessados devem preencher os anexos e enviar para intece@centec.org.br e entregar os formulários nas unidades do Centec das seguintes cidades: Fortaleza, Beberibe, Maracanaú, Maranguape, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte, Horizonte, Amontada, Acaraú, Ipu, Brejo Santo, Campos Sales, Tauá, Juazeiro do Norte, Crato e Quixeramobim. O resultado será divulgado no dia 28 de novembro.

Sobre a Intece
A Incubadora Tecnológica do Centec (Intece) existe desde 2002 e já apoiou diversos empreendimentos que alcançaram o sucesso como a Piscis, Bioclone, Geragri, Caju Cardeal, Autoterm, dentre diversas outras. O Edital 2018 para seleção de novas empresas incubadas faz parte programa #PartiuEmpreender, lançado este ano pelo Instituto Centec para estimular a cultura empreendedora em 16 municípios cearenses. A ação tem o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece).

Serviço:
O quê: Edital de incubação de empresas do Centec
Inscrições: De 5 a 19 de novembro de 2018
Mais informações: intece@centec.org.br / (85) 3066-7015

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Bolsonaro quer entregar a Amazônia

Ninguém se iluda com o vaivém da fusão ou não do Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura. É jogo de cena. Bolsonaro pode fingir que é democrata e ouviu a população, especialistas e o suposto agronegócio moderno, fingir que recuou porque escuta, mas o fato é que já está tudo decidido. Não é necessário fundir os ministérios para fazer o serviço sujo de abrir ainda mais a Amazônia para a exploração. Se concluir que é mais conveniente manter o ministério, basta escolher um ministro identificado com o projeto de comercializar a floresta. Quando o populista de extrema direita que, na prática, já governa o Brasil desde 29 de outubro, diz que botará alguém “sem o caráter xiita” à frente da gestão ambiental, é isso que está dizendo. Bolsonaro pode apregoar que não tem compromisso com nenhum partido, mas esta é apenas mais uma bravata. Os fatos mostram que ele deve bastante do sucesso de sua candidatura a dois grandes “partidos” não formais e poderosos, com atuação fora e dentro do Congresso: os ruralistas e os evangélicos. Essa conta ele vai ter que pagar. E, dado o seu perfil, vai pagar com gosto. A conta dos ruralistas é a Amazônia. E o que ainda resta do Cerrado.

Alguém se ilude que um homem com a biografia do megaprodutor de soja Blairo Maggi, ganhador do troféu “motosserra de ouro”, quando se opõe à fusão dos ministérios é por amor ao meio ambiente? Ele apenas sabe que é importante manter minimamente as aparências lá fora enquanto a bandalheira corre solta aqui dentro. E sabe também que não é necessário fundir para dominar. Antes mesmo de ser ministro ele já demonstrou ter larga experiência no assunto. O setor do agronegócio que compreende a importância do combate ao aquecimento global para a agropecuária e o comércio internacional é muito menos influente no Brasil do que o agrobanditismo que está no poder.

O problema, e este é um enorme problema, é que todos pagaremos muito caro pela operação na Amazônia que Bolsonaro e seus articuladores já anunciaram de várias maneiras. Muitos com a vida. E não apenas a vida dos que morrem à bala, mas a vida dos que morrerão pelos efeitos da mudança climática. Há algumas coisas que quem ainda não entendeu precisa entender agora, já, se não quiser continuar fazendo papel de bobo.

As terras dos indígenas são terras públicas, de domínio da União. São minhas, são suas, são do país. Os indígenas, segundo a Constituição de 1988, que é a constituição da democracia, têm apenas o usufruto exclusivo de suas terras ancestrais. Podem viver nelas e delas, sem destruí-las, mas não podem fazer negócio com elas. Estas terras não são, portanto, mercadoria. Este é o ponto.

Tudo indica que a principal meta do governo de Bolsonaro, ou a principal razão de ter um Bolsonaro à frente do Brasil, é transformar a floresta amazônica em mercadoria. Este é o trabalho prioritário de Bolsonaro para uma parcela poderosa dos articuladores de sua candidatura. Por uma razão bastante objetiva: é na Amazônia que está o estoque de terras supostamente ainda disponíveis no Brasil, para o avanço da pecuária e da soja, e é também na floresta que estão as grandes jazidas minerais.

Basta acompanhar os números da agropecuária, especialmente a partir dos anos 90, para constatar como tem crescido a importância da região amazônica para o gado e para a soja. Só de bois já são 85 milhões, três bois para cada humano. Também basta checar o congestionamento de pedidos de licenças de mineração na floresta. A Amazônia é a região do Brasil onde o capitalismo ainda vê espaço para a exploração predatória num país que vem sendo dilapidado desde as capitanias hereditárias. Enquanto Bolsonaro e seus estrategistas criam jogos de cena e fogos de artifício em outras áreas, é na floresta que os olhos dos fiadores de sua candidatura estão cravados.

Os indígenas têm sido tratados como “entraves para o progresso” – ou para “o desenvolvimento” – há vários governos, inclusive os do PT. Porque os indígenas são de fato “entraves”. Mas entraves para a destruição da Amazônia. De novo, basta olhar os mapas e os números. É nas terras indígenas, seguidas pelas unidades de conservação, onde a floresta está mais preservada. Como o direito ao usufruto das terras ancestrais é garantido pela Constituição, os indígenas são os principais entraves para a conversão da floresta em mercadoria.

Há uma mudança recente na estratégia de desqualificação dos indígenas. Em anos anteriores, a campanha que buscava tirar a legitimidade do seu direito às terras ancestrais concentrava-se em convencer a população que: 1) os indígenas teriam terras demais; 2) uma parcela dos indígenas seria composta por falsos indígenas ou, como chegaram as ser chamados, “indígenas paraguaios”. Ser índio e usar celular ou uma camiseta da seleção brasileira era propagandeado como incompatível por aqueles que querem botar a mão em suas terras. Os indígenas eram tratados como uma espécie de estrangeiros nativos, uma contradição em si, mas vista como normal por uma parcela dos brasileiros.

Bolsonaro tem uma expressão estúpida, claramente não é um leitor assíduo, os olhos perseguem cursos erráticos quando fala, mas ele não é burro. Ninguém passa 28 anos no Congresso e mesmo assim consegue se vender como “não político” e “antissistema” e se eleger presidente, sem alguma inteligência. Talvez aqueles do seu círculo que pensam manipulá-lo facilmente terão alguma surpresa. Mais espertos ainda são aqueles que estão ao redor dele, dentro e fora do país, sustentando seu projeto autoritário.

Essa esperteza marca a mudança de tática de Bolsonaro com relação aos indígenas durante a campanha e também após eleito. O discurso passa a ser o de que “o índio é um ser humano como nós”. O que é óbvio e que jamais precisaria ser dito não houvesse uma intenção oculta. Segundo Bolsonaro, o indígena quer “empreender”, quer “evoluir”. O que significa isso? Significa, como Bolsonaro já explicou, que os indígenas deveriam ter o direito de vender e arrendar a terra, algo que está em curso no Governo e no Congresso há bastante tempo.

Os indígenas supostamente gostariam de ser como os brancos. Mas ser como brancos em qual sentido? No sentido de poderem tornar a terra mercadoria, uma característica intrínseca “dos brancos”. E então a terra pode ser vendida e aberta à exploração. “Evoluir” e “empreender”, no entendimento de Bolsonaro, é dar à floresta o mesmo status que um carro, uma mesa, um celular ou um pirulito. Mas, atenção. O presidente eleito também diz: “Os índios não querem ser latifundiários”.

Não é difícil adivinhar quem vai comprar as terras ou explorar suas riquezas. É bastante esperto o discurso de “ser humano como nós”, que converte o que é sequestro das terras dos indígenas em um “direito” dos indígenas a poderem fazer o que querem com elas, inclusive e principalmente vendê-las, arrendá-las ou abri-las para exploração. Assim, o que hoje é terra pública – minha, sua, do país – passaria para a mão privada de poucos.

Esse projeto de usurpação das terras da União tem avançado de várias maneiras ao longo dos últimos anos, inclusive com o apoio de setores do PT. O governo de Dilma Rousseff já tinha intensificado a aproximação com os ruralistas iniciada no governo de Lula. Figuras como Kátia Abreu e Gleisi Hoffmann foram decisivas para o desmantelamento da Fundação Nacional do Índio (Funai). Não é permitido esquecer que, até 2016, quando foi afastada por um impeachment sem fundamento, Dilma foi a presidente que menos tinha demarcado terras indígenas.

Já com os quilombolas, povos muito mais frágeis que os indígenas, a estratégia empregada para avançar sobre as suas terras ainda é a antiga. Por que Bolsonaro falaria tanto em quilombo e quilombolas durante a campanha? Porque um de seus serviços no poder é botar a mão nas terras a que os descendentes de escravos rebelados têm direito constitucional.

Como as terras dos indígenas, as dos quilombolas já deveriam estar demarcadas, mas há uma grande parcela que ainda não está. Como o Brasil é um país estruturalmente racista e, nos últimos anos, o protagonismo negro alcançado com medidas como as cotas raciais nas universidades incomodou muitos dos potenciais eleitores de Bolsonaro, desqualificar os quilombolas se revelou um caminho mais fácil. Sem contar que os quilombolas têm muito menos expressão internacional e ecos no imaginário do que os indígenas.

Quando Bolsonaro escolhe contar sobre uma visita a um quilombo na palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, não é algo que surge do nada na sua cabeça, como parece à primeira vista. Ele está calculando. Quando ele diz que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”, seguida por “nem para procriar servem mais”, ele não está sendo apenas o racista habitual. Ele está calculando. E atingindo o alvo, preparando-se para “legitimar” para a opinião pública a futura retirada de direitos dos quilombolas às suas terras.

Depois de ter sido denunciado por racismo, Bolsonaro mudou de tática e uniformizou o discurso: “Eles (os quilombolas) querem ser libertos. (...) Acho até que se quiser vender aquela área quilombola, que venda, opinião minha. Se quiser explorar, tirar minério, ter maquinário, a exemplo do seu irmão fazendeiro do lado...”. É fundamental prestar atenção na operação de linguagem para botar as mãos nas terras ancestrais: o indígena “é ser humano como nós”, o quilombola quer ser “liberto”. Para tornar-se humano como nós e ser liberto tem que ter o “direito” de vender as terras hoje protegidas. O complacente Supremo Tribunal Federal absolveu Bolsonaro da denúncia de racismo pouco antes da eleição.

O discurso da “indolência” e da “malandragem”, associado a indígenas e negros, também aventado por seu vice, o general reformado Hamilton Mourão, é o capítulo anterior ao capítulo do “ser humano como nós”. Ambos estão no manual sobre como transformar terras públicas protegidas em terras privadas exploradas por poucos. O capítulo introdutório, como todos sabem, é o extermínio direto dos povos da floresta, seguido pelo dos negros. As três estratégias ainda convivem simultaneamente no Brasil, como os números de assassinados mostram. Mas, no mundo globalizado, é sempre melhor evitar o sangue e eliminar os corpos de uma maneira mais “limpa”.

E esta maneira será tentada primeiro dentro da lei, também no governo populista de extrema direita de Bolsonaro. Esta é uma característica dos governos autoritários que estão sendo produzidos dentro da democracia. Basta olhar para outros casos do mundo. Bolsonaro vai intensificar e acelerar o que já vinha acontecendo nos últimos anos. O “novo” Código Florestal, um tremendo retrocesso na proteção do meio ambiente, é um exemplo. Mas talvez o exemplo mais cristalino seja o daquela que foi chamada de “Lei da Grilagem”.

Grilagem, como se sabe, é o roubo de grandes porções de terras públicas. Houve casos de “grilos” maiores do que países da Europa na floresta amazônica. Por muito tempo, a grilagem foi feita na base da pistolagem. Ainda é. Mas também vem sendo feita na base da lei. Em julho de 2017, Michel Temer (MDB) sancionou uma lei “regularizando” terras públicas que foram tomadas até 2011 no limite de 2.500 hectares, o equivalente a 57 Vaticanos. Bastava expandir a produção de “laranjas”, legalizando de 2.500 em 2.500 hectares, para tornar legal o roubo de enormes porções de floresta.

Esta foi a “Lei da Grilagem número 2”. A “Lei da Grilagem número 1” é de 2009, ainda no governo Lula (PT), quando foram “regularizadas” terras públicas ocupadas até 2004, no limite de 1.500 hectares. Ou seja: a “lei” foi só melhorando para os ladrões de terras públicas. Em seguida, eles passam a ser chamados de “fazendeiros”, “desbravadores” ou representantes do “agronegócio”. São duas as operações: uma no plano da lei, outra no plano da linguagem. “Regularizar”, em vez de “legalizar”, arranca pela linguagem o caráter criminoso da operação de grilagem, responsável pelo maior número de mortes no campo e na floresta.

É também por esse caminho que a Amazônia vem sendo destruída. Assim como não foi o PT que inventou a corrupção no Brasil, também não será Bolsonaro que inventará a legalização do crime de grilagem. Essa operação já vem acontecendo há muito, se acelerou enormemente no governo Temer e deverá ganhar proporções inéditas no governo de Bolsonaro. Tudo dentro da lei. A princípio. E enquanto for possível. O judiciário já deu provas contundentes de que não é capaz – e em muitos casos não deseja – barrar essa operação de legalização do crime.

Para botar a mão na terra ancestral dos indígenas, porém, é mais complicado. O agrobanditismo vem atacando por vários flancos. Um deles é o que chamam de “marco temporal”. Sempre colocam um nome esquisito, que pouco diz para a maioria, para confundir a população. Por esse instrumento, só teriam direito às suas terras os povos indígenas que estavam sobre elas em 1988, quando a Constituição foi promulgada.

Para ficar mais fácil de entender, é mais ou menos o seguinte: você foi expulso da sua casa por pistoleiros ou por projetos do Estado. Era, portanto, fugir ou morrer. Mas você perde o direito de voltar para a sua casa porque não estava lá naquela data. Não é só estapafúrdio. É perverso. Mas esta é uma maneira “legal” de consumar algo criminoso. E assim impedir a demarcação das terras indígenas ainda não demarcadas.

Bolsonaro já declarou que não vai “demarcar nem um centímetro a mais de terras indígenas”. A aprovação da tese do “marco temporal” é só uma das maneiras e depende do Supremo Tribunal Federal, este que o filho do presidente eleito disse que “basta um cabo e um soldado para fechar”. Talvez nem isso, já que o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já se submete ao autoritarismo por gosto pessoal, como quando fraudou a história ao dizer que o período de 21 anos de regime de exceção no Brasil não foi ditadura, mas um “movimento”.

Na segunda-feira, na mesma entrevista para a TV Bandeirantes, Bolsonaro reafirmou suas intenções e deixou claro com qual parte da população tem compromisso: “Afinal de contas, temos uma área mais que a região Sudeste demarcada como terra indígena. E qual a segurança para o campo? Um fazendeiro não pode acordar hoje e, de repente, tomar conhecimento, via portaria, que ele vai perder sua fazenda para uma nova terra indígena”. O presidente eleito tenta vender a falsa ideia de que as terras indígenas é que são “novas” e que o fazendeiro, que já as ocupou sabendo disso, é “surpreendido” pela notícia. Sem contar que o processo de demarcação é longo e criterioso, impossível de representar qualquer surpresa para quem invadiu terras indígenas ou foi lá colocado por projetos de governos passados.

A aprovação do marco temporal ajudaria a evitar novas demarcações de terras, mas não resolveria o problema das terras já demarcadas. Para abrir a Amazônia para a exploração do agronegócio e da mineração, além de estradas, ferrovias, pontes e hidrelétricas, Bolsonaro vai ter que mudar a Constituição de uma forma mais radical. Por isso o general Mourão, sempre falando na hora errada, já antecipou em setembro uma “nova Constituição”, feita por uma “comissão de notáveis”. Uma Constituição sem povo, portanto.

Como a declaração produziu mal-estar, Bolsonaro, notável por sua delicadeza de linguagem e de gestos, afirmou que “faltou um pouco de tato” ao seu general. O que significa isso? Que não era hora de mencionar a intenção. Nem era a forma de sugeri-la. Se não conseguir mudar a Constituição ou fazer uma nova Constituição, sempre há o que o mesmo Mourão já antecipou: a possibilidade de um “autogolpe”, com o apoio das Forças Armadas.

Alguns indicativos sobre o que está em curso. Em pesquisa recente, a antropóloga Ana Carolina Barbosa de Lima e os biólogos Adriana Paese e Ricardo Bonfim Machado mostraram que os municípios amazônicos que mais desmataram desde 2000 teriam elegido Bolsonaro já no primeiro turno. Nos municípios bolsonaristas, a média do desmatamento foi duas vezes e meia maior do que nos municípios que preferiram Fernando Haddad (PT). Segundo o Observatório do Clima, dados do Deter B, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais que monitora a Amazônia em tempo quase real, a taxa de desmatamento subiu 36% entre junho e setembro, período da pré-campanha e campanha eleitoral.

Na Amazônia, fazendeiros e grileiros já apoiavam Bolsonaro quando a maior parte dos brasileiros ainda duvidava que ele seria capaz de vencer a eleição. Assim como muitos dos prefeitos do PSDB da região, que nunca cogitaram votar em Geraldo Alckmin. Também será interessante observar como Bolsonaro, que mesmo antes de assumir já está de namoro avançado com Donald Trump, vai lidar com os interesses da China, cada vez mais presente na floresta e uma das principais importadoras de soja do país.

É na Amazônia que vai se dar a disputa do governo de Bolsonaro. O Brasil já é o país mais mortal para defensores do meio ambiente, segundo a organização Global Witness, e o estado amazônico do Pará é o lugar mais letal do planeta. O “agronegócio” superou a mineração como causador das mortes. Todas as variáveis apontam que esta violência vai se multiplicar com Bolsonaro. Até o governo Temer o agrobanditismo estava no poder. Agora, ele será o poder. E com autorização para matar dada pelo próprio presidente, em suas várias manifestações durante a campanha.

A Amazônia pode parecer longe para a maioria dos brasileiros. Mas nada afetará mais o futuro próximo de todos do que o destino da floresta. No Brasil, a agropecuária e o desmatamento, ambos relacionados, são as principais fontes de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. Em outubro, autores do relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) já alertaram que a humanidade tem apenas 12 anos para limitar o aquecimento da Terra em 1,5 graus Celsius. Meio grau a mais multiplicaria os riscos de seca, inundações, calor extremo e pobreza para centenas de milhões de pessoas. Sem a maior floresta tropical do mundo em pé não será possível atingir essa meta. É por isso que Bolsonaro se tornou também uma ameaça para o planeta. Para enfrentar a crise climática e recuperar a floresta seria necessário um presidente com ideias opostas às de Bolsonaro.

Somente a Bacia do Xingu, segundo monitoramento do Instituto Socioambiental, teve 150 milhões de árvores derrubadas em 2018, e o ano ainda nem acabou. A floresta amazônica chega aos dias atuais já desmatada em cerca de 20%. Um estudo publicado no início deste ano na Science Advances, assinado por cientistas de renome internacional, o americano Thomas Lovejoy e o brasileiro Carlos Nobre, mostrou que a floresta alcançará um “ponto de inflexão” se o desmatamento alcançar entre 20% e 25%. A partir daí, a Amazônia sofreria mudanças irreversíveis, tornando-se uma região de vegetação esparsa e baixa biodiversidade.

Estamos muito perto deste ponto de não retorno. E Bolsonaro ainda nem assumiu oficialmente. Querendo ou não, gostando ou não, acreditando ou não, estamos todos implicados neste futuro bem próximo. Os sinais estão todos aí para quem é capaz de ver. Mas, se preferir não ver, também não vai adiantar nada. É rápido. É no tempo da sua vida e na da vida de seus filhos. E não é porque a gente finge que não existe que a crise climática vai deixar de existir.

Eleger Bolsonaro foi a pior ação para o Brasil e para o planeta. Mas está feito. A pergunta agora é: o que faremos para resistir ao que está por vir e proteger a floresta e com ela a nossa vida? A eleição de 2018 revelou algo duro, mas importante: os candidatos estavam aquém da população. Primeiro, Lula e o PT mostraram-se incapazes de articular uma candidatura de centro-esquerda que pudesse vencer o projeto autoritário. Depois, Ciro Gomes e Marina Silva provaram-se incapazes de subir no palanque do segundo turno para defender a democracia.

Mas as pessoas se moveram. Apesar da brutalidade de, mesmo assim, ter sido eleito um defensor da ditadura e da tortura, esta foi uma das campanhas mais bonitas da história recente. Poucas cenas são tão memoráveis quanto a de pessoas anônimas, sozinhas, que na tentativa de virar o voto para o projeto democrático, levantaram um cartaz no centro das cidades dizendo: “vamos conversar?”.

É dessa força que precisamos agora para, unidos com indígenas, quilombolas e ribeirinhos, lutarmos pela Amazônia e pela vida de todos. Mesmo que os eleitores de Bolsonaro não sejam capazes de perceber, resistir ao projeto destruidor da floresta já anunciado pelo presidente de extrema direita é também lutar pela vida deles e de seus filhos.

Por: Eliane Brum. Escritora, repórter e documentarista

Fonte: El País

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Prédios da Secretaria de Cultura do Crato passam por obras de reestruturação

Dando continuidade às obras de reestruturação e melhorias da infraestrutura dos prédios públicos municipais, a Prefeitura do Crato, através da Secretaria Municipal de Cultura, deu início à intervenção na RFFSA.

Conforme explicou o Secretário de Cultura, Wilson Dedê, “os quatro prédios da RFFSA passarão pela reforma, recebendo pintura interna e externa e manutenção da parte elétrica e hidráulica”. Além dos prédios, o Largo da RFFSA também será recuperado, com reposição de partes do piso e toda a parte de limpeza e capinagem, que será realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Territorial.

O prédio da Banda de Música já passou pela reforma da estrutura física, hidráulica e elétrica. “Também estão sendo instaladas centrais de ar no auditório da RFFSA, na sede da secretaria, na Biblioteca Luiz Cruz e no Museu do Crato”, complementou Dedê.

As obras visam dá maior conforto e segurança nos prédios públicos para seus servidores e toda a população que usufrui desses espaços.

Assessoria de Comunicação/PMC

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Sistema de previdência para novos servidores do Estado do CE é aprovado

O Governo do Ceará, na busca de assegurar futuro financeiro com maior tranquilidade para seus servidores, encaminhou para a Assembleia Legislativa três projetos de Leis Complementares que tratam da Previdência do Estado. Ao elaborar as propostas que foram aprovadas nesta quinta-feira (8), o governador Camilo Santana fez questão de assegurar que nenhum servidor fosse prejudicado. Desta forma, não há a retirada de nenhum direito dos que já atuam no Estado, todos estão preservados em termos de tempo de contribuição e idade para se aposentar, por exemplo.

Antes de as mensagens serem encaminhadas para a Assembleia foram realizadas reuniões com deputados estaduais e houve, ainda, ampla negociação entre o Estado, através da Secretaria do Planejamento e Casa Civil, e o Fórum Unificado dos Servidores do Estado. “Inclusive, como resultado dessas reuniões, foram feitas emendas às mensagens, todas acordadas”, afirma o secretário da Casa Civil, Nelson Martins.

O chefe da Casa Civil destaca que com as leis, o Estado está criando duas fundações, sendo uma delas a Fundação Previdência Social do Estado do Ceará (Cearaprev), que vai cuidar do sistema de previdência do Estado, e outra, a Fundação de Previdência Complementar do Estado do Ceará (CEPrevcom), que por sua vez cuidará da previdência complementar.

Prática
A lei da Previdência Complementar foi criada no ano de 2013, após ser aprovada pela Assembleia Legislativa. “O que estamos fazendo agora, é criando as duas fundações que vão fazer a gestão dos recursos previdenciários. Tanto na Cearaprev quanto na CEPrevcom, existem os conselhos que vão fazer essa gestão. Em ambas as entidades, os conselhos têm participação paritária entre representantes do Estado e dos servidores”, assegura o secretário Nelson Martins.

Na Previdência Complementar, por exemplo, criada pela Lei Complementar nº 123 de 2013, consta que na CEPrevcom há o conselho deliberativo, uma diretoria executiva e um conselho fiscal. “Nas três instâncias há a participação paritária. Portanto, os servidores estão representados juntamente com o Estado”, explica Nelson Martins.

Direitos assegurados
Em todas as discussões realizadas com representações de servidores, assim como as que foram feitas com deputados estaduais, afim de assegurar a lisura da proposta, o secretário da Casa Civil, Nelson Martins ressaltou que para quem já é servidor estadual nada vai mudar, continuando tudo com está. Todavia, a mudança servirá, a partir da publicação das novas leis, para quem entrar no Estado e tiver salário maior do que o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), hoje em R$ 5.531,31.

“Quem ganhar até esse valor, vai receber normalmente pela previdência do Estado, através da Cearaprev. A contribuição será obrigatória, sendo descontados 14% de sua remuneração. Acima desse valor, será opcional complementar, o servidor poderá ou não descontar para a CEPrevcom. Pode fazer outro tipo de previdência para ele”, aponta o secretário.

Se ele optar por não descontar para a CEPrevcom, Nelson Martins afirma que o servidor pode fazer outra previdência, como as ofertadas na iniciativa privada. “O servidor que recebe até os R$ 5.531,31, contribui com 14% e o Estado com 28%. Acima desse valor, contribui com 8,5% e o Estado entra com outros 8,5%. Não tem sentido o servidor buscar outra previdência complementar fora a que está sendo oferecida, porque não vai ter a contribuição do Estado de 8,5%”, explica. “O que o Estado está fazendo é criando as fundações que vão fazer com que a lei aprovada em 2013 seja colocada em prática, porque ela já existe”, justifica o secretário Nelson Martins.

Correção
As mudanças buscam corrigir distorções no orçamento previdenciário. De acordo com a Coordenadoria de Gestão Previdenciária da Seplag, a insuficiência financeira da previdência estadual chegou a R$ 1,552 bilhão em 2017.

“De agora em diante, os novos servidores que quiserem usufruir de aposentaria com salário acima do teto do INSS terão que pagar a previdência complementar”, afirma o secretário do Planejamento e Gestão, Maia Júnior.

Assessoria de Comunicação/Governo do Estado do Ceará

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Tomar café pode reduzir chances de Alzheimer e Parkinson

Pesquisadores da Universidade Health Network, ligada à Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram substâncias no café que podem inibir o desenvolvimento de Alzheimer e de Parkinson.

A equipe investigou três tipos de torra de café: leve, escura e descafeinada. Todos tiveram o mesmo potencial para diminuir os riscos tanto de Alzheimer quanto de Parkinson.

Os cientistas concluíram que a cafeína não estava ligada ao efeito de inibição das duas doenças.

“Nós queríamos investigar o porquê dessa relação, quais compostos estão envolvidos e como eles podem impactar o declínio de problemas cognitivos relacionados à idade”, afirma Donald Weaver, autor do estudo.

Os pesquisadores identificaram um grupo de compostos chamados fenilindanos, que surge do processo torrefação dos grãos de café. Estes compostos são os únicos apontados em pesquisas que podem inibir duas proteínas, chamadas de beta-amiloide e tau, comuns tanto no mal de Alzheimer quanto no Parkinson.

Como os compostos são encontrados em maiores quantidades no processo de torrefação, os pesquisadores acreditam que o café escuro parecer ser mais protetor do que os outros.

“Esta é a primeira vez que alguém investiga como fenilindanos interagem com as proteínas responsáveis pelo Alzheimer e pelo Parkinson”, afirma Ross Mancicini, um dos pesquisadores. “O próximo passo seria pesquisar o quão benéficos são esses compostos e se eles podem entrar na corrente sanguínea ou cruzar a barreira hematoencefálica.”

Ainda há um longo caminho a ser percorrido para transformar a descoberta em um tipo de tratamento, diz Weaver.

“O que a pesquisa faz é tomar a evidência epidemiológica, tentar refiná-la e mostrar que existem componentes no café que são benéficos para reduzir o declínio cognitivo”, explica Weaver. “É interessante, mas estamos sugerindo que o café seria uma cura? Absolutamente não”, conclui.

Fonte: Exame.com

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Secretaria de Saúde do Crato disponibiliza óculos gratuitos para pacientes do SUS

Na manhã de ontem, quinta-feira, 8, na Secretaria de Saúde do Crato, foi realizada mais uma prova de óculos para pacientes do SUS. A Secretaria, em parceria com as Óticas Riveliny e Vittória, vem administrando esse projeto, iniciado no mês de setembro, que objetiva disponibilizar óculos de grau para quem necessita com muita responsabilidade e presteza.

O Secretário de Saúde, André Barreto, esteve presente nas provas e aproveitou para enaltecer a importância das parcerias e o quão relevante é esse projeto para a população. “264 pessoas já foram contempladas e já foram entregues 131 unidades. Buscamos trazer melhorias para a saúde do município em diversos aspectos, seja no atendimento, primando pela humanização e capacitação dos nossos profissionais na infraestrutura, reformando nossas unidades de saúde e nos cuidados com a comunidade que precisa ser constante”, destacou.

Maria de Fátima, do bairro Pinto Madeira, estava no momento para a prova dos seus óculos e ressaltou estar muito feliz em relação ao atendimento. “Agradeço a cordialidade com que me atenderam, foi fácil chegar até aqui e cuidar da saúde dos meus olhos”, disse.

Essa ação faz parte do Programa “Crato Cuidando de Você”, onde o paciente faz a consulta com o oftalmologista e munido da receita e de documentos, vai até a Secretaria de Saúde e procura a senhora Claudia Matias.

Lançado em agosto desse ano, o Programa “Crato Cuidando de Você” traz concepção de investimentos, atuações e melhorias para a saúde da cidade.

Algumas das inovadoras ações que o projeto traz são: Cartão Saúde; melhoria do acesso a saúde através da informatização dos processos; tele agendamento de consultas nas Unidades Básicas de Saúde; prontuário eletrônico do cidadão; ampliação das cirurgias eletivas; melhoramentos nas estruturas das unidades de saúde; reforma do Centro de Especialidades; certificação de qualidade em unidades de saúde, entre outras.

Assessoria de Comunicação/PMC

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