Taxa de contágio da Covid-19 no Ceará segue em queda e atinge menor índice da pandemia

O número de reprodução efetiva de casos (RT), que mede a taxa de contágio do coronavírus entre a população, está em queda no Ceará. Desde o dia 23 de junho o índice está abaixo de 1 e, no mês de julho, há registro de redução em quase todos os dias. De acordo com o portal IntegraSUS, isso quer dizer que o Estado tem médio nível de transmissão, quando o RT fica entre 0,5 e 1. Nesta sexta (17), o índice atingiu o menor valor desde o início da pandemia, registrando 0,66, e segue sustentado neste sábado (18). 

Todas as regiões de saúde registram taxa de contágio menor que 1 no Ceará. A região de Fortaleza é a que tem menor índice, com 0,8 de RT. Já o Litoral Leste e Jaguaribe apresentam a maior taxa de contágio do Estado, registrando nível de transmissão de 0,98. 

Apesar das regiões terem nível médio de transmissão, a maioria das cidades cearenses ainda tem alta taxa de contágio, chegando em índices maiores que 2. Apenas quatro cidades têm reprodução efetiva em nível médio. São elas Fortaleza (0,88), Maracanaú (0,99), Sobral (0,96) e Juazeiro do Norte (0,99).

Como analisar 
A reprodução efetiva pode ser utilizada para analisar o incremento de novos casos. Também é possível saber para quantas pessoas um paciente infectado é capaz de repassar o vírus. Quando a taxa está abaixo de 1, significa que as cadeias de transmissão podem estar sendo interrompidas, já que uma pessoa com o vírus consegue passá-lo adiante para menos de uma pessoa.

Fonte: Diário do Nordeste

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Lula insinua que Bolsonaro inventou estar com Covid-19 para promover cloroquina

Durante live realizada na noite desta sexta-feira (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insinuou que Jair Bolsonaro (sem partido) tenha inventado estar com Covid-19 para promover o remédio cloroquina, que ele defende.

Eu até acho, Haddad, que ele inventou esse negócio de que está com coronavírus para poder dizer que melhorou com a cloroquina. Parece duro, mas eu estou dizendo. Esse cara é capaz de tudo", alfinetou Lula.

Estavam presentes no encontro Fernando Haddad, Flávio Dino e Guilherme Boulos, além de membros da Contraf, um sindicato aliado à CUT.

Lula completou: "Como é que um presidente da República, tenente expulso do Exército, movido pela ignorância, consegue tentar vender todo santo dia pelo rádio, pela televisão e através das fake news que a cloroquina é a salvação contra coronavírus. Sem nenhuma orientação médica, ele ontem disse que vai obrigar a Fiocruz a orientar a cloroquina. É hora dos pesquisadores, é hora dos nossos médicos não aceitarem cumprir orientação", disse.

O ex-presidente ainda defendeu o isolamento social e disse que Bolsonaro estaria alido à Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, para promover o remédio. "Para resolver a crise sanitária, nós precisamos do bom senso do presidente da República e saber que o único remédio que vai curar, que até hoje nós sabemos, é isolamento das pessoas. O isolamento é a única coisa enquanto não tiver a vacina. (...) Eu acho que ele é sócio do laboratório do Trump, não é possível", criticou Lula.

Não faltaram críticas à gestão de Bolsonaro na questão da saúde também. Lula disse que é indmissível a troca tantas vezes do comando da pasta da saúde. "Não é possível que você tenha em poucos meses, com essa crise, três ministros da Saúde. O primeiro, quando começou a gostar do SUS, foi tirado. O segundo se formou e acho que nunca aprendeu a medir a pressão do cidadão, porque se formou oncologista e montou uma empresa de fundo de investimento na oncologia", disse.

Lula ainda reclamou da postura do presidente de colocar generais em posições que deveriam ser ocupadas por pessoas técnicas, se referindo ao general Pazuello no Ministério da Saúde. "Na sua incapacidade de encontrar gente séria na sociedade civil, ele acha que resolve tudo colocando general em todo lugar. O general pode ser bom para muitas coisas, mas não serve para tudo. O general deveria ter recusado", afirmou.

Fonte: Último Segundo

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Busca ativa em residências reduz casos de coronavírus em cidades do interior cearense

O crescimento de casos do novo coronavírus em áreas urbanas e rurais do interior cearense impõe uma estratégia de realização de busca ativa por pacientes com sintomas da doença e isolamento daqueles que tiveram contato com infectados no âmbito familiar, na vizinhança ou no local de trabalho. Essa estratégia é defendida pelo coordenador do Comitê Científico do Nordeste, o neurocientista Miguel Nicolelis, que assessora os governadores da região.

Para o pesquisador, o enfrentamento ao novo coronavírus deve ocorrer de forma descentralizada. “Estamos em uma batalha biológica, e o vírus vem por várias frentes, por isso temos de ter estratégia de enfrentá-lo de forma ampla, em uma verdadeira guerra de trincheira”, pontuou. 

“Não basta apenas reforçar o atendimento nos hospitais e fazer lockdown”.  

O município de Quixadá, no Sertão Central, segue a orientação do Comitê e vem obtendo bons resultados, após pico de casos da Covid-19. “Temos cinco equipes que fazem esse trabalho nos bairros e na zona rural”, explica a secretária de Saúde, Juliana Câmara. “Os resultados já aparecem de forma satisfatória”.

De acordo com dados da Secretaria da Saúde de Quixadá, o Município registra atualmente 2.591 casos confirmados do novo coronavírus. Na primeira quinzena deste mês, foram 343 casos novos. Em igual período de junho passado, o número foi de 631. Essa queda de 55% está relacionada, segundo a Secretria da Sáude municipal, ao trabalho da busca ativa. 

“Os dados mostram que o trabalho de busca ativa está dando certo, os casos vêm diminuindo”, pontuou Juliana Câmara. “A gente chegou a acompanhar 800 pessoas em casa, mas agora caiu para 70 pacientes, o que mostra redução do contágio”.

As seis equipes seguem rotas diárias e dispõem de enfermeiros e agentes comunitários de Saúde. Uma dessas equipes tem um médico. Há também acompanhamento diário por telefone e vídeo chamada entre os pacientes e a unidade básica de Saúde. Veículos foram colocados à disposição dos profissionais para facilitar o deslocamento.

Se houver necessidade de medicamentos, as equipes levam até as residência e, em caso de agravamento, o paciente é encaminhado para o hospital. “Chegamos a ter 15 picos de casos graves, mas reduzidos e todos os óbitos que tivemos foram de pacientes idosos e com comorbidades”, disse Juliana Câmara.

A aposentada Francisca Barreto, moradora da zona rural de Quixadá, é uma das que recebe medicamentos de uso contínuo e orientações a partir da visita semanal da agente de Saúde, Maria Alves. “Meu marido está acamado e eu não posso deixá-lo sozinho. Então essa visita dos profissionais é importante demais. Eles dão um bom apoio”, disse. 

Metodolodia replicada
Outro exemplo de realização de busca ativa ocorre na cidade de Iguatu, na região Centro-Sul do Ceará. Por lá as atividades também ocorrem de forma descentralizada. Os agentes de Saúde fazem o trabalho de visita domiciliar, aplicam questionários sobre a situação de cada morador, aparecimento de sintomas da doença e colhem outras informações.

Quando há casos suspeitos ou confirmados, equipes com enfermeiros são acionadas para fazer acompanhamento inicial e monitoramento posterior por telefone – chamada de vídeo ou de áudio, além da orientação do bloqueio e cumprimento da quarentena.

De acordo com o secretário da Saúde do Município, George Xavier, o trabalho tem apresentado bons resultados.  “O número de curados tem sido maior do que os de confirmados nos últimos dez dias”, comparou.

“Evitamos agravamento da doença e o acompanhamento precoce facilita o combate e prevenção ao novo coronavírus”

A profissional da saúde, Débora Oliveira, que integra equipe de trabalho de busca ativa, explica a importância da busca para frear o crescimento exponencial de casos no Sul do Estado. “Quando surge um caso novo, o bloqueio familiar é importante para evitar a disseminação do vírus para outras pessoas”, observa a enfermeira. “O monitoramento a cada dois dias evita que em caso de agravamento, o paciente permaneça em casa, esperando melhoria dos sintomas”.  

Segundo dados da Vigilância Epidemiológica de Iguatu, na noite desta quarta-feira (15), o Município registrava 38 óbitos e havia 1397 casos confirmados. No início do mês, havia uma média de 40 novos casos diários, mas agora caiu para cerca de 30.  

Agentes de saúde
Na linha de frente do trabalho de busca ativa estão os agentes comunitários de Saúde. Aqueles que apresentam riscos para o coronavírus não integram as equipes de busca ativa, os demais seguem o trabalho diário com proteção individual e atendimento no pé da calçada. São eles que levam medicamentos de uso contínuo para os pacientes idosos e com comorbidades – diabetes, hipertensão e outras doenças.  

A criação dos agentes de Saúde foi uma ideia que nasceu na cidade de Jucás por iniciativa do casal Carlile Lavor, médico sanitarista, e Míria Lavor, assistente social, no início da década de 1980. De forma experimental, foi implantada a semente de uma ação que germinou e deu frutos.

Ao assumir a Secretaria da Saúde do Estado, em 1987, Carlile Lavor, implantou o programa no Ceará que mais tarde se tornou nacional e reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Atualmente, Carlile Lavor coordena a unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Ceará. “Fiz uma carta recente aos agentes de Saúde, mostrando a importância deles na pandemia”, frisou. “Alguns, no início, estavam com medo, mas também não havia equipamentos de proteção individual”.

Lavor também expressou recomendações preventivas. “Os agentes de Saúde fazem muito bem o trabalho da orientação à vacinação, ao aleitamento materno e à redução da mortalidade infantil”, pontuou. “Agora estão diante de um novo desafio”.

Carlile Lavor lembra que visitas domiciliares foram realizadas na Inglaterra e em outros países com bons resultados durante a pandemia do novo coronavírus. “No Brasil, os agentes de Saúde conhecem todas as famílias e o esforço agora é para conversar, convencer sobre os cuidados preventivos, uso de máscara e o isolamento que todos da casa devem ter”.

“Não há dúvida, os agentes de Saúde são fundamentais porque fazem acompanhamento dos pacientes com comorbidades, se eles têm sintomas e como estão”, observou a presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Sayonara Moura. “É um trabalho de prevenção e promoção em saúde com monitoramento diário”.

Por Honório Barbosa

Fonte: Diário do Nordeste

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Covid-19: Pela primeira vez, mundo tem 1 milhão de casos em 100 horas

As infecções globais pelo novo coronavírus passam de 14 milhões, segundo contagem da agência de notícias Reuters, marcando a primeira vez em que houve um aumento de 1 milhão de casos em cerca de 100 horas.

O primeiro caso foi relatado na China no início de janeiro e levou três meses para atingir 1 milhão de casos. Agora,  foram necessários apenas quatro dias para subir de 13 milhões, no dia 13 de julho, para 14 milhões de casos na noite desta sexta-feira (17).

Os Estados Unidos, com mais de 3,6 milhões de casos confirmados, ainda estão tendo enormes saltos diários em sua primeira onda de infecções por covid-19. 

Os EUA registraram um recorde global diário de mais de 77 mil novas infecções na quinta-feira (16), enquanto a Suécia teve 77.281 casos no total desde o início da pandemia.

Máscaras
Apesar do aumento de ocorrências, cresce uma divisão cultural no país devido ao uso de máscaras para conter a propagação do vírus, uma precaução adotada rotineiramente em muitos outros países.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e seus seguidores têm resistido a um endosso total das máscaras e defendem o retorno à atividade econômica normal e à reabertura de escolas, em meio à elevação de casos.

Outros países duramente atingidos "achataram a curva" e estão flexibilizando os isolamentos, enquanto em outras partes, como as cidades de Barcelona e Melbourne, estão implementando uma segunda rodada de restrições.

O total de casos em todo o mundo é aproximadamente o triplo do número de doenças graves por influenza registrado anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde - OMS. A pandemia já matou mais de 590 mil pessoas em quase sete meses.

No Brasil, mais de 2 milhões de pessoas testaram positivo e mais de 77 mil pessoas morreram.

Fonte: Reuters

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Crato e Iguatu registram 100% de ocupação de leitos de UTI para Covid-19

As cidades de Iguatu, na região Centro-Sul do Ceará, e Crato, no Cariri, registraram, na noite da última sexta-feira (17), taxa de ocupação de 100% dos leitos de UTI. A ocupação total decorre do aumento de casos graves da Covid-19 na macrorregião do Cariri. O quadro volta a preocupar médicos e gestores da Saúde e se mantém na manhã deste sábado (18).

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Município de Iguatu, na noite desta sexta-feira (17), foram registrados 1.451 casos confirmados de Covid-19 e 38 óbitos. A taxa de letalidade é de 2,6%.

Dos 20 leitos ocupados de UTI, nove pacientes são de Iguatu e quatro de Orós. Há um paciente de cada uma dessas cidades: Cariús, Catarina, Quixelô, Mombaça, Missão Velha, Piquet Carneiro e Várzea Alegre.

Essa é a terceira vez que a lotação completa ocorre em Iguatu, nos últimos 25 dias. A primeira vez foi no dia 23 de junho e a segunda, na última quinta-feira (15). Na primeira, o sistema colapsou na região Centro-Sul, uma vez que os nove leitos da cidade de Icó também estavam ocupados.

Márcio Rodrigues, diretor do Hospital São Vicente, que dispõe de dez leitos de UTI credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento dos casos de Covid-19, mostrou preocupação com o crescimento do número de internados em UTI e em enfermarias nos últimos dias. “Quando um sai, tem um esperando”, comentou. “Cidades da região estão enviando mais pacientes”.

Desde a semana passada, a taxa de ocupação de leitos de UTI em Iguatu oscila entre 80% e 100%. O secretário de Saúde, George Xavier, pontou que há muita variação. “Recebemos pacientes do Crato e de Missão Velha porque no Cariri estavam lotados, e às vezes, a gente transfere para o Cariri”, explicou. “É um giro muito rápido”.

Márcio Rodrigues mostra preocupação com os pacientes que permanecem entre 20 e 30 dias em UTI. “Infelizmente, temos visto muitos pacientes em estado complicado, idosos”, frisou. “A pandemia veio para o interior e as pessoas precisam manter as medidas preventivas”.

Ainda na noite desta sexta-feira, um paciente que estava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Iguatu e precisava de leito de UTI foi transferido para o Hospital Regional do Cariri.

De acordo com o Portal IntegraSUS, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), na região Centro-Sul, o Hospital Regional de Icó mantém uma taxa de ocupação de 44,4% dos leitos.

Cariri
Na região do Cariri, o cenário aponta que no Hospital São Raimundo, em Crato, os cinco leitos de atendimento intensivo permanecem ocupados. O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Município, divulgado na noite desta sexta-feira (17), registra 2.369 casos confirmados de Covid-19 e 34 óbitos. A taxa de letalidade é de 1,43%.

Já na cidade de Juazeiro do Norte, a taxa de ocupação de leitos de UTI apresentou uma ligeira melhora nesta semana, mas a taxa ainda é elevada.

No Hospital Regional do Cariri, unidade de referência para a macrorregião, de um total de 89 leitos de terapia intensiva, 79 permanecem ocupados (88,7%). No Hospital de Fraturas, há dois leitos desocupados. No município, o índice de ocupação é, portanto, de 86,8%.

Na cidade de Barbalha, a taxa de ocupação é de 55%. São 20 leitos ofertados no Hospital Santo Antônio, e 11 estão com pacientes graves. A situação permanece crítica em Brejo Santo. De um total de 10 leitos de UTI, nove estão ocupados, ou seja, só há um leito disponível na manhã deste sábado (18).

Tendência de crescimento
O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nilson Diniz, que é prefeito da cidade de Cedro, voltou a mostrar preocupação com os dados em que apontam crescimento dos casos de coronavírus na região Sul do Estado.

“É uma tendência que se mantém desde o início deste mês”, pontuou. “A população precisa ajudar as gestões, usar máscara, manter o isolamento, mas muitos parecem que estão cansados de permanecer em casa há quatro meses”.

Nilson Diniz frisa que o Governo do Estado ampliou a oferta de leitos de UTI e de enfermarias no interior para o atendimento dos casos de Covid-19. “Em Iguatu, Icó e Brejo Santo não havia sequer um leito de UTI no sistema SUS”, lembrou. “No Hospital Regional do Cariri houve um aumento significativo”.

Fonte: Diário do Nordeste

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Homem infarta e morre após perder esposa e filho para Covid-19

À esquerda, Silvio e a esposa. À direita, filho do casal, que morreu com coronavírus 15 dias antes da mãe
também morrer pela doença — Foto: Arquivo pessoal
O despachante municipal Silvio Dias Novaes, de 60 anos, teve um infarto e morreu três meses após a esposa e o filho morrerem com o novo coronavírus. A família é de Praia Grande, no litoral paulista, e a informação foi confirmada ao G1, neste sábado (18), pela filha de Silvio, a técnica de enfermagem Maria Carolina da Silva Novaes, de 39 anos.

Maria Carolina, assim como sua mãe, a dona de casa Alzira da Silva Novaes, de 59 anos, e o irmão, o vigilante Luiz Fagner Dias Novaes, de 31 - esposa e filho de Silvio - contraíram o vírus após se revezarem para acompanhar o despachante em um hospital de Cubatão (SP), depois dele ter tido um AVC.

Alzira faleceu dia 27 de abril e o filho havia morrido 15 dias antes dela. Na tarde desta sexta-feira (17), Silvio teve um infarto em casa também faleceu. Segundo Maria Carolina, a vida da família desandou desde a morte da mãe e do irmão. Como o pai perdeu todos os movimentos e também lidava com o luto pelos familiares, entrou em depressão e precisou tomar remédios.

"Por fora ele parecia estar bem, mas chorava todas as noites pela situação e pela ausência da minha mãe e irmão. Nesta sexta, por volta de 11h05, ele mandou para todos um vídeo da minha mãe cantando na igreja, e uns 15 minutos depois passou mal e morreu. Estamos arrasadas. Não sei como a vida pode ter sido tão injusta com a gente", desabafa.

Um dia antes da morte de Silvio, a técnica de enfermagem chegou a divulgar uma campanha virtual para arrecadar dinheiro para o tratamento dele, que devido ao AVC, tinha perdido os movimentos. "Ele precisava de mais suporte e não tínhamos mais condições de bancar. Coloquei meu carro a venda e já tinha vendido várias coisas, como TV e geladeira. Minha chefe me promoveu para melhorar meu salário e poder me ajudar, mas não deu tempo", explica.

De acordo com ela, no horário livre dos trabalhos, ela e a irmã se dedicavam totalmente aos cuidados com o pai, inclusive ela dormia todas as noite na casa dele. "Ele parecia estar melhorando, com a fisioterapia já estava mexendo os braços e ficando em pé com auxílio. Recentemente descobrimos que meu pai também já havia tido o vírus, por meio de um teste rápido que ele fez. Então o médico nos informou que na época do AVC, a Covid-19 pode ter contribuído também para que meu tenha tido tantas sequelas", diz a filha.

O velório e sepultamento de Silvio ocorrerão neste sábado, com limitação de pessoas devido à pandemia. "Temos que prosseguir, mas minha vida nunca mais foi a mesma. Eu era uma pessoa alegre e descolada, e depois de tudo isso vivo no automático, não tenho gosto para nada. Não consigo ver luz no fim do túnel. Agora minha vida vai ser antes do coronavírus e depois. A doença mudou todos os nossos planos. Nunca imaginamos que atingiria dessa forma nossa família", finaliza Maria Carolina.

Fonte: G1

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Saiba o que fazer para recuperar o direito a saque de R$ 1.045 do FGTS

Alguns trabalhadores que contavam com o recebimento dos R$ 1.045 da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tomaram um susto nos últimos dias. Com o cadastro no fundo incompleto, eles tiveram o depósito em contas poupança digitais suspenso pela Caixa Econômica Federal.

O banco não informou o total de pessoas nessa situação. Apenas esclareceu que não conseguiu abrir as contas poupança digitais por falta de informações, como endereço, nome da mãe, data de nascimento, número do RG (registro geral) e data de emissão do RG. Somente com os dados atualizados, o dinheiro poderá ser transferido.

Inicialmente, o banco não tinha avisado aos trabalhadores sobre as inconsistências no cadastro. Apenas informou que a abertura das contas poupança digitais seria automática. Agora, a Caixa orienta os trabalhadores a consultar a situação do saque emergencial no aplicativo FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), disponível para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS. Lá, será possível verificar a situação do cadastro e atualizar os dados.

Saque emergencial
O procedimento pode ser feito a qualquer momento, independentemente da data prevista para o depósito dos R$ 1.045 na conta poupança digital. Basta o usuário, ao abrir o aplicativo, clicar no botão “saque emergencial”, preencher os dados e autorizar a abertura da conta digital em seu nome.

Para quem ainda está longe de receber o depósito, a atualização dos dados resolve os problemas. Basta esperar o dia do recebimento. Para quem deveria ter o dinheiro depositado nas últimas semanas, a Caixa promete que o crédito será reprogramado, com o trabalhador acompanhando o aplicativo para saber a data do pagamento.

Até agora, receberam os R$ 1.045 do FGTS trabalhadores nascidos em janeiro, fevereiro e março. O banco depositou o dinheiro para os nascidos em janeiro no último dia 29, no último dia 6 para os nascidos em fevereiro e, no último dia 13, para quem nasceu em março. Os nascidos em abril receberão o depósito na conta poupança digital nesta segunda-feira (20).

Outros recursos
Outros meios de verificar a situação do saque emergencial do FGTS são o site e o telefone 111. A atualização dos dados, no entanto, só está disponível no aplicativo. 

Nesta primeira etapa, as pessoas podem movimentar o crédito do FGTS apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de boletos, compras com cartão de débito virtual e compras com código QR em estabelecimentos parceiros. 

Os saques e as transferências só serão autorizados a partir do dia 25 de julho e seguirão um cronograma de acordo com o mês de nascimento do trabalhador, que se estenderá até 14 de novembro.

Fonte: Agência Brasil

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Ministério da Saúde não renova convênio e UTI pediátrica para Covid-19 é encerrada em Barbalha

Foto meramente ilustrativa
Em abril, eram abertos dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica para atender crianças com Covid-19, no Hospital Santo Antônio (HSA), em Barbalha. Porém, com o fim do convênio com o Ministério da Saúde, o serviço foi encerrado na última segunda-feira (13). As vagas atendiam pacientes com idade entre 29 dias e 13 anos.  

O encerramento destes leitos se dá em um dos momentos em que mais crescem o número de pessoas infectadas pelo coronavírus na macrorregião do Cariri, que é composta por 45 municípios e uma população estimada de 1,5 milhão de pessoas. 

Nas últimas duas semanas, o crescimento dos casos nas regiões Sul e Centro Sul é de 7,2%, enquanto a média do estado é de 3,2% neste mesmo período. De acordo com a plataforma IntegraSus, da Secretaria da Saúde do Estado, a macrorregião do Cariri já tem 15.232​ casos confirmados.

O novo setor foi montado com investimentos próprios do hospital e, através do convênio, recebeu recursos dos governos federal e estadual para sua manutenção. O Ministério da Saúde repassa a maior parte da verba, enquanto o Estado complementa. 

A unidade de saúde permanece com 10 leitos de UTI adulto. No entanto, todas as vagas estão preenchidas. O convênio desta é até o mês de agosto. Na macrorregião como um todo, a taxa de ocupação deste setor de emergência adulto é de 84,48%.  

Cenário
A situação na UTI pediátrica na macrorregião do Cariri é mais confortável já que a taxa de ocupação está em 18,75%. A médica infectologista Erica Ferreira explica que as crianças tem sido menos infectadas por serem menos receptoras do vírus. “A chave para entrar nas células, a enzima conversora de angiotensina (ECA), foi feito um estudo que mostrou que elas têm bem menos. Os casos são mais leves, mas, até agora, ninguém sabe explicar exatamente o porquê”, afirma.

A reportagem do Sistema Verdes Mares questionou ao Ministério da Saúde sobre o fim do convênio com o Hospital Santo Antônio e se outros também não serão renovados, mas até a publicação desta matéria não tivemos resposta.

Já a Secretaria da Saúde do Estado disse que já foi solicitado ao Ministério da Saúde a prorrogação de habilitação dos leitos de UTI, tendo como base o critério epidemiológico e a ocupação dos leitos.

Por Antonio Rodrigues

Fonte: Diário do Nordeste

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Vacinas contra Covid-19 para teste no Brasil devem chegar sábado (18)

O diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, afirmou na noite desta sexta-feira, 17, que as vacinas da covid-19 produzidas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech devem chegar ao Brasil neste sábado, 18. Os imunizantes serão usados na fase 3 de um estudo que avalia, entre outros aspectos, a segurança e eficácia do produto em pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Os testes, que devem começar no próximo dia 20, serão realizados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul mais o Distrito Federal.

"Estamos tentando acompanhar o voo. O voo saiu da China e deve estar na Alemanha nesse momento, estamos esperançosos de que ele prossiga, não tenha nenhum problema no aeroporto de Frankfurt e possa chegar amanhã (sábado, 18) no Brasil", disse ele em entrevista à GloboNews. Covas afirmou que, de qualquer maneira, o estudo de fase 3 começa na segunda-feira, 20, conforme já havia sido anunciado em 6 de julho. O Estadão procurou o Instituto Butantã nesta sexta-feira para confirmar a chegada dos imunizantes e a data de início dos testes, mas não recebeu resposta até a hora desta publicação.

Covas comentou que o instituto espera incluir no estudo, nos próximos 40 dias, a maioria dos 9 mil voluntários que se candidataram em todo o País. A pesquisa conta com 12 centros de avaliação distribuídos pelos cinco Estados mais o DF. "Essa vacina é uma grande esperança e, na nossa perspectiva, o Brasil está à frente dessa corrida, podemos ter essa vacina já para o começo do ano que vem", estimou.

Ele disse esperar que até outubro esteja finalizada essa parte dos testes para, em seguida, partir para as próximas fases, que seriam o registro da vacina e a distribuição dela pelo Brasil caso o produto tenha bons resultados. A vacina chinesa Coronavac teve o início da testagem liberado no último dia 3 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para verificar a eficiência, parte dos voluntários receberá um placebo.

Uso da cloroquina
Questionado sobre a discussão para uso da cloroquina ou hidroxicloroquina contra a covid-19, Dimas Covas afirmou que "não faz sentido" falar sobre isso, uma vez que estudos já mostraram que o medicamento não tem eficácia para a doença. "Estamos vivendo tempos muito difíceis na ciência em relação ao nosso governo federal. Os trabalhos que têm aparecido mostram que esses medicamentos não são efetivos, não têm ação no sentido de reverter o curso natural da doença. Temos de focar na ciência, na questão da vacina", justificou.

Para o diretor do Instituto Butantã, o Brasil pode ser um dos primeiros países do mundo a ter uma vacina contra a covid-19. Ele destacou os esforços da entidade e do governo do Estado de São Paulo, com menção ao governador João Doria, para esse feito. "Estamos discutindo no nível federal o uso de cloroquina e isso não tem sentido, estamos perdendo muito tempo em combater essa epidemia, em agir de forma coordenada. O Estado de São Paulo está mostrando os caminhos, não podemos dispensar nossas forças, gastar a nossa energia em coisas que, comprovadamente, não farão mudança no evoluir dessa pandemia."

Além da vacina, Covas citou que a quarentena e o "aprofundamento" dessas medidas de distanciamento social é o que dará resultado. Ele comentou que a pandemia ainda vai se estender por mais um tempo e que "a vacina, seguramente, pode ser uma solução de médio a longo prazo".

Fonte: Estadão Conteúdo

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Cariri será contemplado com novos carregadores e EPIs adquiridos pelo Governo do Estado

O Ceará passa a contar, desde esta sexta-feira (17), com mais 115 respiradores para o atendimento essencial de pacientes em estágios graves do novo coronavírus (Covid-19). Além dos aparelhos, o Estado adquiriu ainda toneladas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A carga aterrissou em Fortaleza e terá utilização, em especial, na estratégia de reforçar o atendimento no Interior do estado.

Estes equipamentos fazem parte do pacote de 700 respiradores adquiridos no exterior pelo Governo do Ceará. Com esta leva, 615 já desembarcaram no estado em cinco voos diretos do Exterior. Os últimos 85 devem chegar ao longo deste mês. Além desses, o Estado também adquiriu 50 respiradores produzidos no Brasil.

“O material, adquirido pelo Governo do Estado, tem sido fundamental para garantir a expansão de leitos de UTI, principalmente no Interior, e a segurança dos nossos profissionais de saúde para minimizar os efeitos dessa pandemia à população. Continuaremos dando apoio a todos os municípios cearenses nessa luta contra o coronavírus”, citou o governador Camilo Santana.

A distribuição desses 115 novos ventiladores mecânicos será de acordo com os indicadores epidemiológicos dos municípios, seguindo planejamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que avalia diariamente a situação da pandemia no Estado.

Todo o material foi adquirido com recursos do Governo do Ceará e tem como objetivo salvar vidas na Capital, Região Metropolitana e, principalmente, no Interior. O acompanhamento da dinâmica de evolução ou queda de transmissão da Covid-19 tem sido feito de forma regionalizada, uma vez que o tempo da pandemia tem sido diferente em cada região do Ceará. Enquanto em Fortaleza, único município na terceira fase de abertura responsável das atividades, os números apresentam redução, cidades do Cariri e Centro-Sul têm elevação e preocupam.

Desde o início da pandemia foram criados no Ceará quase 3 mil leitos exclusivamente para receber pacientes com a Covid-19, sendo mais de 900 só de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na Região de Saúde Norte, por exemplo, recentemente os municípios de Sobral, Crateús, Tianguá, Ubajara, Granja e Camocim receberam juntos mais 57 respiradores e com isso a região agora conta com 185 leitos de UTI, a maioria exclusivos para o tratamento de Covid-19.

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18 de julho

    64 - Ocorre o Grande incêndio de Roma, que devasta a área mercantil da cidade eterna, destruindo grande parte dela.
1925 - Adolf Hitler publica o seu próprio manifesto, Mein Kampf.
1968 - É fundada a empresa norte-americana de circuitos integrados Intel.

Nasceram neste dia…
1635 - Robert Hooke, cientista inglês (m. 1703).
1918 - Nelson Mandela (foto), político e ativista sul-africano (m. 2013).
1921 - John Glenn, astronauta estadunidense.

Morreram neste dia…
1610 - Caravaggio, pintor italiano (n. 1571).
1697 - Padre António Vieira, sacerdote jesuíta, diplomata e escritor português (n. 1608).
1847 - Bento Gonçalves, militar e político brasileiro (n. 1788).

Fonte: Wikipédia

Escolas privadas propõem "ensino híbrido" na volta às aulas no Ceará

Uma das maiores preocupações de pais, estudantes, professores e demais atores da comunidade escolar, atualmente, é sobre o retorno às salas de aulas. As atividades presenciais em escolas, cursos, faculdades e universidades públicas e privadas estão suspensas no Ceará desde março, e já tiveram possíveis datas de retorno adiadas pelo poder público. Hoje, instituições privadas defendem uma volta gradual por meio do "ensino híbrido", em que pais podem optar por deixar os filhos em casa ou voltar às escolas.

O Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Ceará (Sinepe) argumenta que esse retorno ao âmbito presencial ocorra no dia 20 deste mês, data que segue sem confirmação e é desaprovada por parte dos pais e profissionais. Um protocolo com medidas de segurança sanitária para as escolas foi enviado pelo Sinepe ao Governo do Estado. A reportagem contatou a Secretaria da Saúde (Sesa) para saber quais as recomendações para a volta às aulas e se as escolas devem ser mantidas na Fase 4 de retomada das atividades - nenhum retorno foi enviado até o fechamento desta edição.

"As propostas têm duas bases: o cuidado com a higienização pessoal e dos espaços; e o distanciamento físico", pontua Andréa Nogueira, presidente do Sinepe. "As escolas da rede privada estão preparadas para a retomada das aulas presenciais no dia 20, mas estão enviando questionários para saber a opinião dos pais", revela.

Além do protocolo sanitário, um plano de retomada foi elaborado pelas instituições. Uma das principais ideias é a do retorno escalonado das turmas ao ambiente físico. "Sugerimos às escolas que retornem com o ensino híbrido, ou seja, deem opção aos pais de escolherem se o filho vai voltar às aulas presenciais ou continuar com as remotas", afirma Andréa, analisando que "muitos pais precisam voltar ao trabalho e não têm onde deixar os filhos".

A engenheira civil Clarissa Maciel, 30, se enquadra nesse perfil. Desde que teve de voltar ao trabalho presencial, ela precisa deixar a filha de 6 anos sob os cuidados da madrinha, já que a escola privada onde a menina estuda em tempo integral permanece fechada. Mesmo com dificuldades para dar suporte à pequena nas aulas remotas, a mãe discorda do retorno.

"A escola dela disse que vai voltar no dia 3 de agosto. A diretora me explicou todas as medidas de higiene e cuidados, mas não me sinto segura. Minha filha iria só por dois dias na semana, porque os alunos vão revezar, mas a relação risco-benefício pra mim não está fechando. As crianças vão passar o dia juntas, e não sei como os outros pais estão respeitando as medidas de isolamento", destaca Clarissa.

Dilema
Para ela, o revezamento entre idas à escola e aulas online torna ineficaz não apenas a prevenção da Covid-19, mas a recuperação do aprendizado. "Com essa ida em apenas dois dias, seriam duas rotinas diferentes pra gente administrar. Não tem garantia de que isso melhore a produtividade das crianças, o aprendizado, porque de qualquer forma passariam um período em casa. Atividades remotas são mais difíceis, complicadas, mas acho que vale o sacrifício, nesse momento", finaliza.

A opinião é compartilhada por Ranyelle Pereira, 24, que optou por sair do emprego para cuidar do filho, diante da falta escolar. "As aulas online, pra gente, não deram muito certo. Uma criança de 3 anos não vai ficar entretida na frente de um celular, computador, por muito tempo. Na escola dele, a previsão é voltar em agosto, mas não sei se eu vou mandá-lo. Quando tudo isso passar, vou pensar. Até então, tô em casa com ele", sentencia.

Jakeline Alencar, doutora em Educação e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), reconhece que as famílias vivem, hoje, um dilema: cumprir a obrigatoriedade legal de manter filhos de 4 a 17 anos matriculados na escola ou garantir a segurança deles. Outro ponto é que, segundo a pesquisadora, "muitos pais têm questionado a qualidade e a eficácia das atividades do ensino remoto", o que requer mais cautela das instituições públicas e privadas no retorno.

"As crianças estarem na escola simboliza, pra toda a sociedade, um aspecto de normalidade. Talvez por isso a insistência de não parar as atividades. Mas para retomarmos o ensino, seja híbrido ou presencial, precisamos considerar o que esperávamos que as crianças aprendessem, repensar as avaliações", analisa a professora, ponderando, ainda, que a "perda do vínculo das crianças com a comunidade escolar" gera déficits "não só cognitivos, mas afetivos".

O promotor de Justiça e coordenador do Núcleo de Defesa da Educação do Ministério Público do Estado (MPCE), Elnatan de Oliveira, garante que o órgão vai fiscalizar as escolas públicas e privadas, quando houver retorno, a fim de verificar se as medidas sanitárias estão sendo adequadamente aplicadas. "A perspectiva é que as aulas retornem em algumas escolas privadas e na rede pública no dia 27 deste mês. Mas como houve aumento de casos no interior, estamos reticentes. Vamos acompanhar", afirma.

Públicas
Na rede pública, o impasse também persiste. Em decreto publicado no dia 14 de junho, a Prefeitura de Fortaleza manteve a suspensão das aulas presenciais em estabelecimentos

De ensino da rede pública municipal até 31 de julho de 2020; e na rede privada, até 19 do mesmo mês. Nenhuma das datas foi confirmada pelo poder público, até agora.

Nas escolas estaduais, de acordo com a Secretaria da Educação (Seduc), "o processo de retomada das aulas presenciais está sendo elaborado" de modo a analisar "todas as possibilidades que se mostrarem viáveis para evitar prejuízos ao processo de aprendizagem dos estudantes". A Pasta garante que "antes de ser colocado em prática, o Plano de Retomada das Atividades Presenciais será submetido à avaliação da comunidade escolar" e seguirá orientações da Secretaria da Saúde (Sesa).

Em reunião do Comitê Consultivo Estadual no último dia 24 de junho, a Seduc apresentou proposta de retomada das atividades presenciais da rede pública com previsão para agosto. 

Fonte: Diário do Nordeste

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Maioria das cidades em 'lockdown' segue com aumento da Covid-19

Quatro dos cinco municípios cearenses que atualmente estão sob isolamento social mais restritivo continuam com curva crescente nos casos do novo coronavírus. Sobral, que estava em 'lockdown' até a última semana e, agora, em transição, apresentou achamento da curva, tanto dos casos, como de óbitos, durante o período de isolamento rígido. Juazeiro do Norte é o que tem pior cenário. Em lockdown desde o último dia 22, os registros na cidade crescem em assustadora velocidade.

Na semana anterior ao isolamento rígido, o crescimento do número de casos em Juazeiro foi de 606 (58%) e de mortes, 26. Nas semanas seguintes, os números continuaram progredindo, tendo a última semana, entre 5 e 12 de julho o recorde em óbitos e pessoas infectadas: 2.123 e 49, respectivamente. O número de juazeirenses que testou positivo chegou a 303 por dia, em média. Hoje a cidade tem 6.310 infectados e 160 vidas perdidas por decorrência da Covid-19, conforme boletim da Secretaria da Saúde do Município.

A diretora de Vigilância em Saúde de Juazeiro, Evanusia de Lima, reconhece que ainda não foi sentido o efeito esperado pelo lockdown. "Nós estamos em crescimento nos últimos 14 dias de 45% e teremos a ascendência de óbitos", acredita. Isso acontece, sobretudo, porque parte da população não tem respeitado o isolamento social mais rígido, pontua Evanusia.

O cenário só não está mais grave pois a rede de assistência hospitalar do Município ainda consegue suprir a demanda. O Hospital de Campanha, recém-inaugurado, que conta com 80 leitos clínicos, deu suporte no tratamento dos infectados. Mas, com a curva ascendente nos casos, o alerta está ligado. "Nossa preocupação são as UTI que são ofertadas no Hospital Regional. Varia perto de 80% a ocupação", ressalta Evanusia.

Outra cidade em isolamento mais rígido que vê seus números crescerem é o Crato, que antes do lockdown apresentou aumento de 61%. Este índice se mantém estável nas últimas duas semanas. Já o número de óbitos, antes do isolamento mais rígido, era de oito. A última semana entre 5 e 12 de julho registrou seu recorde negativo com nove vítimas. Nós tentamos contato com a Secretaria da Saúde do Município, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.

Barbalha também tem apresentando crescimento. A semana anterior ao lockdown houve um salto de 216 para 369 casos, ou seja, 70,8%. Os números, após o isolamento, não regrediram. A secretária da Saúde Pollyanna Callou lamenta que mesmo em isolamento social rígido as pessoas não se mantêm em casa. "Infelizmente não vejo este reflexo (nas ruas). Os números seguem aumentando", lamenta.

Em Iguatu, na região Centro-Sul, o cenário aponta para horizontes opostos. Na semana em que iniciou o lockdown, em 25 de junho, houve um aumento de 26,5% no número de casos, saltando de 850 para 1.076. Nas semanas seguintes teve, prevalência no crescimento; no entanto, os números mostram uma queda sensível no número de mortes, saindo de cinco para quatro. Também tentamos contato com o secretário da Saúde, Georgy Xavier, mas sem retorno.

Efeito
Na semana anterior ao início do 'lockdown' em Sobral, o Município registrava crescimento de 52,22% no número de casos, saindo de 1.595 para 2.428. O número de mortes entre 24 e 31 de maio foi de 32. A semana seguinte, ainda sem os efeitos do isolamento, houve um recorde de mortes, somando 56 vítimas.

A partir do dia 7 de junho, Sobral começou a diminuir a curva de crescimento de casos e óbitos. A queda continuou pelas quatro semanas seguintes, chegando a 13 óbitos na última semana. O crescimento de casos neste período foi de 13,81%, índice abaixo dos 52,22% de adição nos casos registrados na semana anterior ao lockdown. O bom resultado fez com que o Município avançasse, nessa semana, para fase de transição.

"Se não tivesse feito isolamento, o número de casos seria muito maior", enfatiza o diretor Vigilância do Sistema de Saúde de Sobral, Marcos Aguiar Ribeiro. Um estudo elaborado pelo professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialista em Física Estatística, Soares Júnior, em parceria com o médico Antônio Lima Neto, apontou que, sem o lockdown, Sobral teria hoje (14) 17.047 casos.

Em Brejo Santo, ainda em lockdown, o cenário também parece controlado. A secretária da Saúde do Município, Glaise Feijó, acredita que a medida só foi instituída em sua cidade pelo crescimento na região como um todo. Brejo Santo tem 291 casos.

Por Antonio Rodrigues

Fonte: Diário do Nordeste

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Resultado do Sisu do 2º semestre de 2020 será divulgado pelo MEC nesta terça-feira

O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta terça-feira (14) a lista de aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do 2º semestre de 2020, que seleciona estudantes para vagas em universidades públicas.

Para ver a lista, é preciso acessar o site do Sisu: https://sisu.mec.gov.br/#/selecionados.

Também é possível verificar os resultados por meio do boletim do candidato.

Nesta edição, o Sisu 2020 seleciona candidatos para mais de 58 mil vagas em instituições públicas de todo o país e com mais de 204 mil inscritos, segundo o último balanço do governo. Pela primeira vez, também foram ofertadas vagas na modalidade de ensino a distância (EaD).

O Sisu permite que cada inscrito escolha dois curso para concorrer. Puderam participar da seleção somente os candidatos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 e que não zeraram na prova de redação.

Para dúvidas em relação ao resultado, o candidato pode entrar em contato com a Central de Atendimento do MEC, no telefone 0800-616161

Fonte: G1

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Ceará investe em tecnologia e manejo para voltar a ser um dos principais produtores de algodão no Brasil

Após ser destaque nacional na produção de algodão há cerca de três décadas, o Ceará viu suas plantações serem devastadas pela praga do bicudo, levando embora a fonte de renda de muito agricultores que tiveram que se adaptar a outros cultivos. Contudo, há pouco mais de dois anos o Governo do Ceará firmou uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Federal do Ceará (IFCE) para o desenvolvimento de sementes e uma metodologia que possa trazer de volta ao Estado o protagonismo na produção, além de dar mais sustentabilidade à cadeia têxtil cearense, um dos polos nacionais e que precisa adquirir fora de suas divisas a matéria-prima de seu negócio. Através do Programa de Implantação da Cultura do Algodão no Ceará, essa realidade parece estar mudando aos poucos. Há algumas semanas foi iniciada a colheita de milhares de hectares (ha) plantados em solo cearense, ainda pouco em relação à demanda das empresas locais, mas um alento para o futuro, visto o resultado nas lavouras. A expectativa do Estado é colher 3.500 ha este ano.

O crescimento de áreas plantadas com a cultura no Ceará tem sido relevante. Em 2019, o aumento superou em 80% o ano anterior. Mas além da quantidade, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Programa de Implantação da Cultura do Algodão no Ceará tem ampliado também a produtividade por área, como explica o coordenador Euvaldo Bringel. “Ano passado chegamos a 1.800 kg por hectare e esse ano acho que vamos para uma produtividade média de 2.500 kg/ha.  Acredito que em dez anos a gente volte a ter a nossa produtividade do passado. É importante que a gente continue com esse programa e a Aprece (Associação dos Municípios do Ceará) já se manifestou que quer levar para outras regiões. Nós queremos levar com o pacote controlado para que não volte a dar prejuízo. O governador Camilo Santana já garantiu que vai ampliar”, destacou Bringel.

O coordenador do programa, que é tocado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), explica que o aumento da produção é fruto da utilização de tecnologia, capacitação dos produtores, aproveitamento da infraestrutura de irrigação do Estado e parcerias. “São várias regiões no Ceará que a gente tem condições de plantar algodão em larga escala com altíssima produtividade. Dentro desse pacote a gente fez parceria com as empresas para garantir a compra do algodão. Articulamos a cadeia de compra, de máquinas colheitadeiras, de insumos. A gente está dando todo o apoio para o agricultor produzir. Estamos organizando o negócio e abrindo caminhos”, enfatizou.

Condições favoráveis
O Ceará possui um conjunto de características naturais que o credencia a voltar a ser um grande produtor de algodão se aliado à tecnologia. Nessas primeiras colheitas, o novo produto cearense está apresentando um custo de produção menor que o produzido em outras áreas do País – entre 30% e 50%.  “O Ceará já foi o maior produtor do Nordeste de algodão e o terceiro maior do Brasil. Nos anos 1980, antes do bicudo, a gente chegou a plantar cerca de 1,2 milhão de hectares. Muitas pessoas no Ceará viviam do algodão. Existem estudos já bem sedimentados de que o sol no Ceará produz o melhor algodão do Brasil, com fibras longas, a planta vegeta muito bem com a insolação, então nós temos condições edafoclimáticas (relacionadas ao solo e clima) fantásticas para a questão do algodão”, comentou Euvaldo Bringel.

Além do ganho qualitativo com as novas sementes desenvolvidas pela Embrapa, o protocolo de manejo da cultura tem ajudado a reduzir o custo da plantação e controlar pragas. No Ceará foi implementado um vazio sanitário entre os meses de outubro e dezembro, nos quais o agricultor é obrigado a limpar a terra de qualquer presença de algodão, fazendo assim com que o bicudo não tenha com o que se alimentar e consequentemente diminua sua capacidade de reprodução. Em outros estados brasileiros esse hiato é somente de dois meses.

Essa diferença de um mês a mais no Ceará tem refletido na quantidade de defensivos agrícolas utilizados na lavoura, o que acaba por diminuir o investimento e aumentar o uso sustentável da terra. A expectativa é que, em um futuro breve, o Ceará possa estar produzindo 4 mil kg de algodão por hectare em média. Atualmente, o Estado já registra áreas plantadas no Vale do Jaguaribe, Cariri e Sertão Central. Para o ano que vem a ideia é ampliar para o Centro Sul e os Inhamuns.

Alternativa para produzir em meio à seca
Por ser bem adaptada à nossa realidade climática, com precipitações chuvosas irregulares no decorrer dos anos, a produção de algodão, seguindo os protocolos estabelecidos no Programa de Implantação da Cultura, tem sido vista por agricultores como um produto confiável. Em Limoeiro do Norte, a Federação das Associações do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi (Fapija) apostou no novo algodão e já está colhendo os 260 hectares plantados por seus associados. Raimundo César, presidente da Fapija, comenta que os 324 agricultores que compõem a entidade sofreram bastante com os recentes seis anos de estiagem no Ceará, mas que hoje estão confiantes que com o algodão isso será diferente.

“Começamos a plantar o algodão esse ano, que nos mostrou que é uma saída para voltar a produzir. Começamos aos poucos, ainda tem muita área. Para 2021 a gente espera plantar dois mil a três mil hectares só aqui no projeto. O Ceará por ser seco a saída é o algodão. Estamos esperando de 4 mil a 5 mil kg por hectare, então é uma produção excelente”, comemorou Raimundo César. Com o trabalho feito pelo Programa de Implantação da Cultura do Algodão no Ceará, de ligar os produtores às empresas do setor têxtil, o quilo está sendo vendido pelos agricultores por R$ 2,15 e toda a produção com venda garantida.

Esperança de dias melhores
Criado dentro das plantações, o agricultor José da Silva Ferreira, conhecido em Limoeiro do Norte como “Negro de Júlio”, desde de criança acompanha o pai na agricultura. Nesses anos lutando pela sobrevivência junto à terra, o sertanejo disse que já plantou diversas culturas. Contudo, “Negro de Júlio” se viu nos últimos anos sem muitas alternativas para furar as dificuldades geradas aos agricultores pela pouca oferta hídrica. “Aqui, a gente estava sem opção de plantar” confessou.

Foi então que ele decidiu arriscar no novo algodão, que, até o momento, tem representado um fio de esperança diante do passado que assombra a vida no campo.  “Minha produção está lá. É um algodão lindo, uma das melhores produções que têm por aqui. Segui as regras e está surpreendendo. Tenho 150 hectares e plantei 50 esse ano. Tudo saindo bem posso plantar o dobro ano que vem ou até mais”, fala com entusiasmado com dias melhores.

Outro que tem uma realidade parecida é o agricultor João Batista, que resolveu experimentar a cultura em 37 hectares. Na opinião do homem do campo, 2020 será um ano para se comemorar e de fazer planejamentos mais ousados para o que se avizinha. “Quem entende diz que a qualidade do algodão está boa. Acredito que vai ser bom. Para a gente que vinha sofrendo com a seca, é uma alternativa a mais. Dando o retorno esperado, quero plantar pelo menos uns 100 hectares no próximo ano”, ressalta.

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Em decreto, Bolsonaro permite redução de jornada e salários por mais 30 dias

O presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto que permite a prorrogação do programa de suspensão de contrato de trabalho e de corte de jornada.

Pela norma editada pelo presidente nesta terça-feira (14), empresas e empregados ficam autorizados a fazer novas negociações para ampliar o corte de jornada por mais um mês e a suspensão de contrato por mais dois meses. Dessa forma, o prazo máximo para as duas medidas passa a ser de 120 dias.

De acordo com nota da Secretaria-Geral da Presidência, a extensão do programa "irá permitir que empresas tenham tempo hábil para se reestruturar, preservando, assim, diversos postos de trabalho".

O Congresso aprovou, em junho, a permissão para o governo flexibilizar as regras trabalhistas na pandemia, como a redução de jornada e de salário. Essa possibilidade já estava valendo por Medida Provisória.

Em vigor desde abril, o programa previa um prazo máximo de dois meses para a suspensão de contratos de trabalho e de três meses para o corte de jornada e, consequentemente, de salário –prazos agora ampliados.

O decreto assinado por Bolsonaro também permite que o trabalhador com contrato intermitente receba o auxílio emergencial de R$ 600 pelo tempo adicional de um mês.

Trabalhadores que tenham tido seus salários cortados ou contratos suspensos têm direito a uma complementação paga pelo governo. O decreto publicado nesta terça determina que essa complementação, para a prorrogação dos prazos, fica condicionada às disponibilidades orçamentárias.

O programa que permite a redução de jornada e salário ou a suspensão dos contratos já chegou a cerca de 12 milhões de trabalhadores com carteira assinada, segundo balanço do governo.

O Ministério da Economia informou que não há um impacto fiscal adicional com a prorrogação, pois a execução está abaixo do imaginado.

Pelas contas da equipe econômica, a medida deveria alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada, mas as adesões estão em menos da metade do previsto.

Com isso, o custo máximo do programa aos cofres públicos continua dentro do orçamento inicial de R$ 51,2 bilhões.

Fonte: Folhapress

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Governo do Ceará antecipa o pagamento do Cartão Mais Infância pelo 5º mês seguido

Mais de 45 mil famílias cearenses que vivem em situação de extrema pobreza e são beneficiadas mensalmente com o Cartão Mais Infância serão contempladas, pelo quinto mês consecutivo, com a antecipação do pagamento do benefício. No valor de R$ 85, a ajuda representa um investimento anual de aproximadamente R$ 50 milhões por parte do Governo do Ceará. O anúncio do pagamento de mais uma parcela foi feito pelo governador Camilo Santana, em transmissão pelas redes sociais, na noite desta segunda-feira (13).

“Autorizei hoje a antecipação do pagamento do Cartão Mais Infância. É um auxílio para mães que têm crianças de zero a cinco anos e 11 meses, de baixa renda e vulneráveis. São quase 46 mil famílias cearenses que todo mês o Governo do Estado dá esse auxílio. O pagamento seria apenas no final do mês e estamos antecipando esses 15 dias”, declarou Camilo.

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14 de julho

1789 – Revolução Francesa: os parisienses ocupam a Bastilha e libertam sete prisioneiros, marcando o início da queda do poder monárquico absoluto em França.
1899 – Luiz Galvez declara a independência da República do Acre em relação a Bolívia.
1995 – A extensão dos ficheiros de áudio *.mp3 é atribuída antes de estes serem lançados ao público.

Nasceram neste dia…
1816 – Arthur de Gobineau, filósofo francês (m. 1882).
1913 – Gerald Ford, político norte-americano (m. 2006).
1918 – Ingmar Bergman (foto), cineasta sueco (m. 2007).

Morreram neste dia…
1223 – Filipe II de França, rei dos Francos (n. 1165).
1904 – Anton Pavlovitch Tchékhov, escritor russo (n. 1860).
1904 – Paul Kruger, político sul-africano (n. 1825).

Fonte: Wikipédia

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