Doença psiquiátrica na infância aumenta risco de problemas na vida adulta

Crianças que enfrentam crises de ansiedade, depressão leve ou até mesmo problemas de comportamento na infância são seis vezes mais propensas a ter dificuldades durante a vida adulta. Ao crescer, elas podem ter maior probabilidade de sofrer acusações criminais, desenvolver vícios, ter uma gravidez precoce, dificuldades na formação educacional, instabilidade residencial, além de problemas para manter e obter um emprego. É o que mostra um estudo publicado na última edição da revista científica JAMA Psychiatry.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram os dados de um levantamento que teve início há duas décadas, realizado com 1 420 participantes da Carolina do Norte. Os voluntários foram acompanhados desde a infância até a vida adulta - a maioria deles tem 30 anos atualmente. Do total, 26% preencheram o critério diagnóstico para depressão, ansiedade e problemas de comportamento; 31% tinham formas mais brandas dos transtornos; e 42% não tinham nenhuma doença identificada.

Segundo os achados, ao envelhecer, as crianças que tinham problemas na infância tiveram dificuldades em ter uma vida bem-sucedida. Daqueles que preencheram os critérios diagnósticos psiquiátricos completos, 59% tiveram um grande desafio quando se tornaram adultos e 34% tiveram múltiplos problemas.

"No caso de problemas psiquiátricos - depressão, ansiedade, distúrbios do comportamento - é possível encontrar intervenções bem-sucedidas e programas de prevenção", disse o autor principal do estudo William Copeland, professor da Universidade de Duke. "Então, nós temos as ferramentas, mas elas não são difundidas. A consequência disso é vista no futuro, durante a vida adulta". Nos Estados Unidos, apenas 40% das crianças recebem o tratamento psiquiátrico quando precisam.

Fonte: Veja

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