Juazeiro do Norte (CE): “Vou morrer a míngua”, diz paciente com câncer que teve tratamento negado

A três dias de completar 67 anos na próxima quinta-feira (20), a senhora Maristela do Nascimento Morais, que mora na Avenida Castelo Branco, em Juazeiro do Norte, procurou o Site Miséria para contar e buscar uma solução do drama que ela e a família passam desde meados de setembro quando descobriu que estava acometida por um câncer de colo de útero.

Por si só, receber esta notícia já seria o suficiente para abalar a ela e sua estrutura familiar. Contudo, somada às dores e outros problemas porque passa diariamente por causa da doença, ela foi informada no Centro de Oncologia de Barbalha, que é referência na Região do Cariri, de que precisaria aguardar até o mês de dezembro – portanto quatro meses desde que recebeu o diagnóstico – para poder ser tratada.

“Ando muito nervosa porque vejo os dias passarem e nada de o tratamento começar”, lamenta a dona Maristela ao mesmo tempo em que não retém as lágrimas que caem sobre os laudos e exames médicos, documentos que pedem celeridade para o início de procedimentos como a quimioterapia.

“A doutora disse que esse câncer ainda tem cura, mas que o tratamento tem que começar logo”, acrescenta. “Estou na fila de espera, mas como o hospital não tem condições de me atender porque tem muita gente, muitos pacientes, estou na espera até dezembro, mas estou sem me aguentar de tanta dor”, diz.

Desde o momento em que foi diagnosticada com o adenocarcinoma, tumor maligno que pode afetar quase todos os órgãos do corpo, Maristela passou a tomar diversos remédios, especialmente para dor, porém que não foram disponibilizados para ela. “Vou morrer a míngua e eu não tenho condições de comprar esses remédios, sem contar que tengo de fazer esse tratamento o mais rápido possível”, afirma.

Robson Roque

Foto: Cícero Valério/Ag. Miséria

Fonte: Miséria




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