Programas como Bolsa Família reduziram pobreza a nível histórico, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) incluiu na sua análise anual sobre a economia brasileira (artigo IV) um pequeno box no qual avalia os efeitos do Bolsa Família e do Brasil Sem Miséria. No texto, o Fundo ressalta o baixo custo do programa criado em 2003 pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva e a melhora significativa dos indicadores sociais decorrente do resgate de cerca de 22 milhões de pessoas da extrema pobreza a partir de 2011, no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

O artigo detalha as condicionalidades para inclusão das famílias no Bolsa Família — frequência escolar dos filhos, por exemplo — e destaca que o Brasil Sem Miséria, criado “com base no sucesso do Bolsa Família”, vai além da simples transferência de renda. “Este programa promove a qualificação e integração no mercado de trabalho, além de melhor o acesso a serviços públicos”, diz a equipe do FMI.

O artigo ressalta que o Bolsa Família já atinge cerca de 25% da população brasileira (50 milhões de pessoas). Mas a despeito de seu amplo alcance, tem custo fiscal inferior a 0,6% do PIB por ano, com média mensal de transferência de R$ 169 (US$ 65).

Os dois programas, segundo o fundo, levaram os níveis de pobreza extrema a níveis “historicamente baixos” e superaram o simples apoio ao rendimento. “Os participantes têm taxas de escolaridade mais elevadas, maior progressão escolar e níveis de repetência menores”. Segundo o texto, o programa também melhora as condições de saúde dos recém-nascidos, ao diminuir a mortalidade infantil, desnutrição e diarreia. “Além disso, ao direcionar o recebimento dos benefícios às mulheres, o Bolsa Família reforçou a independência financeira delas”, destacou.

O relatório completo pode ser acessado aqui.

Fonte: Valor Econômico

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