Marcos Valério volta a vincular Lula ao mensalão

O publicitário Marcos Valério Fernandes, apontado como o operador do esquema do mensalão e condenado a 40 anos de prisão no julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a vincular o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ao escândalo.

Segundo a revista Veja e o jornal O Estado de S. Paulo, Marcos Valério, que aceitou colaborar com a Justiça em troca de uma pena mais branda, afirmou que Lula e o atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, foram extorquidos por um empresário que ameaçava relacionar os dois com a morte, em 2002, do então prefeito da cidade paulista de Santo André, Celso Daniel.

Valério denunciou o caso em setembro durante uma audiência no Ministério Público, na qual disse que o PT pediu para que ele atuasse para "calar" o empresário, de acordo com as edições digitais dos dois veículos.

Marcos Valério teria então se negado a subornar o empresário e um amigo pessoal do ex-presidente assumiu esse compromisso. O Ministério Público confirmou a audiência de Valério mas não deu mais informações sobre o caso. Celso Daniel foi assassinado em 2002, quando fazia parte da campanha do então candidato presidencial Lula.

O STF considerou Marcos Valério como o "operador financeiro" do mensalão ao colocar duas de suas empresas a serviço do PT, entre 2002, quando Lula venceu as eleições pela primeira vez, e 2005, quando o escândalo foi denunciado.

O Supremo considerou comprovado que as empresas de Valério foram beneficiadas com contratos fraudados de instituições públicas e que depois o dinheiro era destinado ao PT, que usou os fundos para financiar campanhas de forma ilegal e subornar parlamentares de outros partidos.

Entre os 25 réus declarados culpados no julgamento do mensalão figuram o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, um dos homens mais próximos de Lula, o ex-presidente do PT José Genoino e o antigo tesoureiro do partido Delúbio Soares.

A corte começou a ditar sentenças contra os 25 culpados na semana passada, mas interrompeu o processo até 7 de novembro, pois o relator do caso, Joaquim Barbosa, teve que viajar para a Alemanha para se submeter a um tratamento médico.

Fonte: Terra

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