A menina Lívia Pereira de Sousa, de 11 anos, morreu e outras cinco pessoas de sua família ficaram contaminadas após um jantar servido em casa, na última quinta-feira (25), em Juazeiro do Norte. O cardápio foi frango, arroz e feijão. O laudo com os exames dos alimentos poderá ser divulgado em 30 dias, segundo a Vigilância em Saúde.
Depois de o corpo passar pelo Sistema de Verificação de Óbitos (SVO), em Barbalha, e constatada que a morte não foi natural, o caso foi encaminhado para a Delegacia Regional de Polícia Civil, em Juazeiro, que espera os resultados dos exames dos alimentos, além de realizar a perícia. A avó da criança, Maria Pereira de Lima, 58 anos, está internada em estado estável, no Hospital Regional do Cariri (HRC), desde o último fim de semana. Não se sabe o que causou o mal-estar.
O jantar foi servido para seis pessoas na última quinta-feira, e a criança passou a sentir enjôos, diarreia e estava um pouco febril na sexta-feira, vindo a piorar o estado, com vômitos e diarreia, no sábado, quando foi levada pela família para o HRC, pela manhã. A menina chegou a ter convulsões e morreu pouco depois de dar entrada no hospital.
"É de costume comer o frango que compramos na mercearia nas proximidades da nossa casa", diz Francisca Pereira de Araújo, tia da criança.
Inspeção
No sábado passado, uma assistente social do bairro Frei Damião, onde reside a família, visitou a casa de Lívia e pediu que os alimentos fossem guardados para repassar as amostras à Vigilância Sanitária. Ontem, uma equipe de três técnicos da vigilância recolheu os alimentos, que podem estar contaminados, principalmente o frango.
De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Maria Adriani Fernandes, da Secretaria de Saúde de Juazeiro, já está sendo feito todo o trabalho de inspeção, com a coleta dos alimentos. As amostras serão encaminhadas para um laboratório em Fortaleza.
Mesmo diante do óbito registrado, não há como adiantar o que a causa da morte, segundo a coordenadora. Há suposições de que o alimento poderia estar contaminado. Os técnicos ainda vão voltar à residência das vítimas para recolher amostras de água das torneiras. A mãe da criança, Taciana Pereira de Araújo, foi a primeira a passar mal. A família chegou a lacrar a geladeira de casa após o falecimento de Lívia.
ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
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