A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (11) que os cortes no preço da energia para consumidores residenciais e industriais pode ser maior do que os percentuais anunciados na última semana, de 16% até 28%.
Durante evento que marca assinatura da medida provisória que vai permitir a prorrogação das concessões do setor de energia, a presidente explicou que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ainda terá de concluir um a um os estudos de cada empresa, até o mês de março.
Só então a agência irá concluir quão maior será esse corte, sobre os valores hoje estimados.
O governo sustenta, desde a última semana, que a renovação dos contratos de concessão nas áreas de geração, transmissão e distribuição será possível contanto que as companhias garantam redução na tarifa e melhoria da qualidade.
A partir de 2013, consumidores residenciais pagarão 16,2% a menos, enquanto os industriais, de 19% a 28% a menos. Além do esforço para antecipar a renovação dos contratos com as empresas, a queda na tarfia também decorre da redução de encargos setoriais e da injeção de recursos por parte do governo.
O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o governo fará um aporte no setor no valor de R$ 3,3 bilhões.
Segundo o ministro, a cobrança da Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) serão eliminadas. Já a Conta de Desenvolvimento Energético ficará reduzida a 25% do valor atual.
"Essas medidas representarão aumento do poder aquisitivo da população brasileira. As decisões de agora constituem uma das mais arrojadas iniciativas para impulsionar o desenvolvimento do Brasil", disse Lobão na cerimônia no Palácio do Planalto.
Apagão
Dilma afirmou que a redução do custo de energia para o consumidor domiciliar e o empresariado nacional representa uma "medida histórica" e lembrou o racionamento de energia enfrentado pelo país durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Quando eu me tornei ministra de Minas e Energia do governo do presidente Lula, nós tínhamos um país com sérios problemas de abastecimento de energia", afirmou a presidente, lembrando que os brasileiros "amargaram 8 meses de racionamento, que resultaram em grandes prejuízos para as empresa".
"Não pode faltar luz em nenhum dos 365 dias do ano e em nenhuma das 24 horas do dia". A redução no preço da tarifa, afirma a presidente, terá um "efeito sistêmico" de estimular o crescimento.
Fonte: Folha.com
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