Morre no Rio, aos 92 anos, o sambista Roberto Silva


Intérprete de sambas notabilizado pelo canto preciso e pelo talento nas divisões rítmicas, o carioca Roberto Silva morreu na madrugada deste domingo, aos 92 anos, na casa em que morava na zona norte do Rio de Janeiro. O cantor sofria de câncer de próstata e na quarta-feira passada sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). O "Príncipe do Samba", como era conhecido, chegou a ser internado no Hospital Salgado Filho após o derrame, mas, segundo os parentes, pedira para voltar para casa, já que sabia que seu estado era bastante grave.

Roberto Silva dedicou-se à música por 75 anos. Ainda trabalhava, apesar da doença, diagnosticada este ano. Remanescente da fase áurea do rádio brasileiro, Roberto Silva trabalhou nas emissoras Guanabara, Mauá, Nacional e Tupi, todas no Rio. Em entrevistas, costumava dizer que seu grande ídolo era o cantor Orlando Silva, a quem tentava imitar em início de carreira. Seu primeiro disco foi gravado em 1946, mas o sucesso só veio dois anos depois: o samba Maria Teresa, de Altamiro Carrilho, morto recentemente.

O velório e o enterro aconteceram nesta tarde, no Cemitério de Inhaúma, bairro em que vivia desde criança. Ele nascera no morro do Cantagalo, em Copacabana (zona sul). Tinha pai italiano e mãe carioca. O artista deixou sete filhos e 30 netos, além de bisnetos.

Fonte: Agência Estado

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