O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) propôs na última quarta-feira ação civil pública com pedido de liminar contra o Governo do Estado e a prefeitura de Morada Nova, a 161 quilômetros da Capital, para pedir que sejam disponibilizados pela Prefeitura daquele município no mínimo 20 leitos de internação para dependentes químicos da localidade. O MP requer ainda que o pedido seja atendido em no máximo 30 dias.
O promotor de justiça Adriano Jorge Pinheiro Saraiva, autor da ação, explica que pesquisa informal do MP e pedidos do familiares de dependentes químicos da região foram o ponto de partida para que o órgão se posicionasse sobre o caso. “Também por entendermos que tratar os usuários de drogas é diminuir os roubos e furtos da região”. Atualmente os dependentes químicos de Morada Nova são tratados como pacientes de doenças mentais em Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
O promotor diz que desde que a ação foi ajuizada foi enviado ofício do MP à prefeitura de Morada Nova informando sobre o pedido. “Não recebemos sequer resposta. Se o prefeito fosse inteligente, veria que essa medida beneficia a população como um todo, porque diminui a criminalidade”.
Drogadição
O promotor detalha ainda que a dependência química não é problema apenas de Morada Nova, e que o Brasil inteiro precisa ver o problema como fonte de criminalidade. “Daí vem a importância da construção de Centros de Tratamento em parceria com o Poder Público. Esses Centros funcionariam de forma a diminuir diretamente o crime e a violência que nasce dos dependentes químicos que roubam e furtam para comprar drogas”.
O POVO ligou para o prefeito de Morada Nova, Glauber Castro (PMDB), durante toda a tarde e noite de ontem, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento desta edição.
Marina Solon
Fonte: O Povo
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