Estado quer maior qualidade para VLTs

O sonho do retorno dos trens de passageiros para a região do Cariri veio em forma de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs). Mas, para a maior parte da população, o transporte ainda não está atendendo da maneira desejada. Está em análise pelo governo do Estado, o projeto para avanço na qualidade ofertada dos serviços, com a integração entre as linhas rodoviárias. Essa é uma das principais reivindicações, além da disponibilidade de mais opções de horários para chegar as cidades de Crato e Juazeiro do Norte.

O projeto do metrô do Cariri foi implantado há cerca de oito anos, e depois de especulações de que poderia parar por conta de prejuízos, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), proprietária e operadora do Metrô do Cariri, afirma que não existe sequer essa ideia, planejamento, ou possibilidade de interrupção dos serviços prestados pelo transporte.

Mas a proposta de integração das linhas, passou a ser reivindicada desde que o metrô começou a trafegar nas cidades de Crato e Juazeiro do Norte. O Metrofor enxerga esse equipamento como uma ferramenta necessária para a modernização dos transportes na região. A prova disso, conforme a assessoria, é o aumento da quantidade de usuários a cada ano.

Demanda
Conforme a companhia, em três anos houve um crescimento de usuários em mais de 111 mil pessoas. Segundo levantamentos realizados pelo Metrofor, em 2012 utilizaram os VLTs 278.726 passageiros, subindo para 324.425 em 2013, e em 2014 fechando com 390.645

Um dos problemas que tem sido enfrentados nos últimos anos está relacionado aos atos de vandalismo durante a rota. São inúmeros os casos de depredações, causando quebra dos vidros das janelas do metrô. A assessoria da companhia lamenta a ocorrência de vandalismo (apedrejamento) contra os trens, fator que provoca prejuízo para os cofres públicos e afeta a qualidade dos serviços. Atualmente, existem dois VLTs em atividade no Metrô do Cariri, operando com tarifa de R$ 1,00.

A dificuldade de identificar as pessoas que depredam os trens, inclusive utilizando estilingues, acaba sendo uma forma de fazer com que esses atos aconteçam. Para minimizar o problema, chegou a ser realizado trabalho educativo nas escolas da área onde foram registradas as ocorrências, com técnicos da própria administração do metrô. O fluxo de passageiros diário nos primeiros anos chegou a até 1.300 pessoas por dia.

Os usuários reclamam do tempo a mais que têm que esperar para se locomover entre as duas cidades, a exemplo do vendedor José Roberto Barbosa. Todos os dias ele precisa se utilizar do transporte. Apesar da melhoria em termos de locomoção, com a inserção do trem, ele diz que é preciso mais agilidade para melhor atender os usuários.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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