População de Mauriti preocupada com aumento de mortes em acidentes na CE-384

O crescente número de acidentes na rodovia estadual CE 384, que dá acesso ao município de Mauriti (Região do Cariri), tem gerado preocupação junto à população que reside às margens da rodovia. Nos bairros Dantas, Vila de Fátima e Novo Mauriti, moradores cobram de órgãos estaduais maior intensificação nas fiscalizações e a aplicação de sinalização vertical e horizontal na pista de rolamento da rodovia.
 
A dona de casa Maria de Fátima Bezerra, moradora do bairro Novo Mauriti, diz que a falta de sinalização e a ausência de policiamento no local faz com que motoristas desrespeitem o código de trânsito, ampliando, desta maneira, a possibilidade de acidentes. “Não há policiamento. Os motoristas passam por aqui em alta velocidade. Carros e motos. Não deixo nem minhas crianças brincarem por aqui com medo de serem atropeladas”, ressalta a dona de casa.
 
Embora não aja dados oficiais, estima-se que cerca de 28 acidentes tenham acontecido este ano na rodovia cearense. Oito pessoas morreram em sinistros envolvendo carros e motos. A falta do uso do capacete por motoqueiros também é vista como vilã nos acidentes com vitimas fatais.
 
O Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) de Mauriti não atua na fiscalização da rodovia. O órgão municipal aguarda celebração de convênio junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para que possa, então, auxiliar nas fiscalizações. “Nós esperamos que até o final deste mês, no mais tardar Janeiro do próximo ano, este convênio tenha sido celebrado. Estamos, praticamente, impossibilitados de auxiliar devido à ausência deste convênio”, explica o responsável interino pelo órgão, Luiz Leite.
 
Para o prefeito de Mauriti, Isaac Júnior (PT), o município tem sido penalizado pela falta de apoio de órgãos governamentais. “Nós já encaminhamos para diversos órgãos do governo ofícios solicitando o aumento no número de fiscalizações, através da Polícia Rodoviária Estadual, e a colocação de sinalizações na rodovia. 

No entanto, nenhuma das solicitações realizadas nos últimos meses foi atendida”, informa o gestor.  Segundo ele, os ofícios teriam sido encaminhados ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e ao Departamento de Edificações e Rodovias (DER).
 
Caso não haja redução no número de acidentes, a população planeja o fechamento da rodovia. A mobilização, no entanto, ainda não tem data definida.

Fonte: O Povo


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