URCA e Fundação Casa Grande iniciam trabalho de preparação técnica para atuação no projeto da Transnordestina

Será realizado nestes dias 14 e 15 de janeiro, curso de preparação técnica, ministrado por arqueólogos, para atuar no projeto da Transnordestina, a partir de Missão Velha. O objetivo é formar a equipe que fará os trabalhos de monitoramento arqueológico nos trechos Missão Velha/Porto do Pecém (CE) e Eliseu Martins/Trindade (PI), dentro do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico da Ferrovia Transnordestina – Etapa 3 Monitoramento, Resgate e Educação Patrimonial Trechos Eliseu Martins- PI e Missão Velha/ Porto do Pecém- Ce.

O curso será ministrado na Fundação de Desenvolvimento Tecnológico do Cariri – FUNDETEC, entidade de apoio à Universidade Regional do Cariri (URCA), em Crato, a partir das 9 horas. Antes, às 8 horas, haverá um momento dedicado à imprensa para esclarecimentos a respeito desse importante trabalho, que será desenvolvido por meio de entidades do Cariri, como a URCA, com suporte da Fundetc, e a Fundação Casa Grande, em Nova Olinda, que entra com aporte técnico e é atualmente importante espaço de salvaguarda e estudo da arqueologia na Região.

O projeto vem sendo trabalhado e articulado, segundo o Reitor da URCA, Professor Patrício Melo, desde o ano de 2015, pela Reitoria e a empresa Transnordestina s/a, e conta com a coordenação, pela Universidade, da Professora Otonite Cortez. Foi realizado um processo de seleção, para que a URCA entrasse no projeto, com um suporte técnico da própria região. Ele destaca a parceria já existente, por meio de convênio, com a Fundação Casa Grande, para esse trabalho. Em dezembro, foi criado o Instituto de Arqueologia do Cariri, da URCA com a Casa Grande, no intuito de fortalecer os estudos na área.

O projeto aprovado em outubro do ano passado contará com execução financeira da Fundetec. “No primeiro momento, a Casa Grande foi inserida nesse trabalho para desenvolver a parte técnica dos achados arqueológicos”, diz o Reitor. Também poderão ser encontrados fósseis na área de incidência das atividades da Transnordestina. Com isso, conforme Patrício Melo, a URCA entra, do ponto de vista institucional, num trabalho de pesquisa em arqueologia, o que vem fortalecer a educação patrimonial na região.

Ano passado, foi realizada reunião na URCA, com o representante da Gerência Operacional de Meio Ambiente da Transnordestina, sobre a parceria da Universidade com a empresa para acolhimento, proteção e exposição do acervo arqueológico coletado durante a obra da ferrovia, no trecho entre o Ceará e Pernambuco, composto por mais de 50 mil peças. Missão Velha contará com o Marco Zero da Transnordestina. Também terá um laboratório para receber todo o acervo técnico.

A equipe de trabalho será composta de sete Arqueólogos, além de doutores e mestres em arqueologia. A coordenação científica ficará a cargo da doutora em arqueologia, Rosiane Limaverde, com coordenação de Campo dos mestres em arqueologia, Lilia Geudes e Agnelo Queiros, além de oito técnicos em Arqueologia.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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