Inca prevê 2.350 casos de câncer de próstata no Ceará

Esta terça-feira (9) foi marcada pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer. Dentre os tipos, o mais evidente para 2014 é o de próstata. Ele representa 22,8% dos possíveis novos casos neste ano no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que será um total de 68.800. No âmbito estadual, a previsão é que haverá 2.350 novos casos da doença no Ceará, sendo 640 só na Capital. Isso corresponde a um risco estimado de 53,69 casos novos a cada 100 mil homens no Ceará.

O maior fator de risco é a idade, visto que cerca de três quartos dos casos mundiais ocorrem a partir dos 65 anos, conforme o Inca. De acordo com pesquisas do instituto, o histórico familiar também é considerado fator de risco. Ter um pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o perigo de se ter a doença de três a 10 vezes, comparado à população em geral. A razão pode ser questões genéticas ou simplesmente hábitos alimentares ou estilo de vida.

Neste caso, a prevenção pode estar na alimentação. Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o perigo de câncer.

Atividades físicas, como pelo menos 30 minutos de caminhada, além do baixo consumo de álcool e não fumar também são meios de prevenção.

Os sintomas podem ser dificuldade de urinar ou, quando em estado avançado, dor óssea, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Quanto à detecção, ela pode ser feita em forma de diagnóstico precoce, quando o paciente já apresenta alguns sinais da doença. Ou então, em forma de rastreamento, quando não há sintoma e a pessoa está aparentemente saudável. No último caso, o Instituto Nacional de Câncer não recomenda o rastreamento para o câncer de próstata, visto que não há evidências de que essa prática reduz a mortalidade pela doença ou que efetivamente identifique homens que precisem do tratamento.

Teste
Alguns especialistas temem que com o teste de PSA, usado principalmente para o diagnóstico do câncer de próstata, alguns homens possam ser diagnosticados e tratados de uma doença que tenha pequeno potencial para causar danos. Ainda não há um rastreamento confiável e certo capaz de determinar com antecedência quais casos precisam de tratamento e quais não têm potencial para causar danos.

No entanto, há pesquisas de instituições que mostram um contraponto. Por exemplo, a organização American Urological Association (AUA) é favorável que em homens entre 55 e 69 anos a decisão de rastrear ou não seja feita após discussão dos benefícios e malefícios. A orientação é que, para reduzir a morbidade do rastreamento, quando realizado, seja feito em intervalos de dois ou mais anos. Além disso, ressalta que homens com mais de 70 anos ou com expectativa de vida menor que 10 a 15 anos não sejam submetidos ao rastreamento.

O tratamento para câncer de próstata é cirurgia, radioterapia e até mesmo observação. Quando o câncer avança, o tratamento mais indicado pelos médicos é a terapia hormonal.

Fonte: Diário do Nordeste



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