OMS emite alerta mundial para zika

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu terça-feira um alerta mundial para que seus países-membros reforcem a vigilância para o eventual crescimento de infecções provocadas pelo zika vírus. A entidade também sugeriu o isolamento dos pacientes infectados e que países fiquem alerta para a necessidade de ampliar o atendimento de serviços neurológicos e de cuidados específicos a recém-nascidos.

No texto, a OMS sugeriu que os pacientes infectados pelo vírus permaneçam em casa, com proteção de telas e repelentes. A medida é uma estratégia para tentar combater a dispersão do vírus. Isso porque o Aedes aegypti pode também se contaminar pelo vírus ao picar uma pessoa com a doença. O órgão também recomendou que as gestantes se protejam do mosquito.

Pela primeira vez a organização reconheceu a ligação entre o vírus e o crescimento de doenças como microcefalia e a síndrome Guillain-Barré. O documento citou diretamente o aumento destes casos no Brasil e recomendou que países que não têm casos autóctones de zika reforcem a vigilância para identificação rápida de eventuais infecções.

Nos países com registros de casos autóctones (transmitidos na própria cidade ou país) de zika, as recomendações da OMS são: autoridades sanitárias devem acompanhar tendências de uma eventual dispersão do vírus para outras regiões, ficar atentas a complicações neurológicas e aumento de doenças autoimunes em pacientes de todas as idades, reforçar a vigilância no aparecimento de má-formação em bebês.

A OMS também fez um apelo para que países com a presença do Aedes aegypti reduzam os criadouros.

Brasil
Na terça-feira, outro estado nordestino, Sergipe, declarou situação de emergência após serem diagnosticados 78 bebês com microcefalia, em 32 cidades na região. No início da semana, Pernambuco, que lidera as estatísticas da doença no país (646 casos), também havia decretado emergência.

O Ministério da Saúde já está planejando um protocolo específico para o acompanhamento de gestantes. Além de um manual sobre as condutas que devem ser adotadas por equipes de saúde, o governo prepara o mapeamento dos serviços disponíveis para o atendimento dos bebês e de familiares.

Por enquanto, o governo recomenda que mulheres se protejam contra picadas do mosquito usando repelentes, protegendo suas casas com telas e usando roupas de mangas longas.

Até agora, a microcefalia era considerada rara, por isso, é baixo o número de profissionais com capacitação para o acompanhamento e diagnóstico da síndrome.

Fonte: Veja (Com Estadão Conteúdo)

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