Ceará precisará do rio São Francisco para assegurar água em caso de 5º ano de seca em 2016, avalia Camilo

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), disse nesta sexta-feira (22) que a conclusão das obras de transposição das águas do Rio São Francisco entre Cabrobó, em Pernambuco, e Brejo Santo, no Sul do Ceará, é fundamental para evitar problema de abastecimento de água em Fortaleza e Região Metropolitana caso 2016 venha a ser o quinto ano seguido de seca.

A declaração foi dada durante visita as obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC) em Jati, na região do Cariri. O trecho entre Pernambuco e Ceará mencionado pelo governador faz parte do eixo Norte da transposição e tem cerca de 180 km. Em atraso, está em média com 77% concluído, segundo o secretário de Recursos Hídricos Francisco Teixeira.

Há pontos com execução muito inferior e existe ainda o temor de que novamente a obra seja afetada pelo contingenciamento de verbas do governo federal que nesta sexta anunciou corte de quase R$ 70 bilhões no orçamento. A partir da barragem dos Porcos, em Brejo Santo, a água do rio São Francisco será lançada em rios até o açude Castanhão, que abastece Fortaleza e Região Metropolitana e está com volume inferior a 20% de sua capacidade.

Segundo o governador, a presidente Dilma Rousseff (PT) garantiu em encontro que tiveram na terça-feira (19), verbas para finalização desse trecho até o meio do ano quem vem ou, no máximo, outubro de 2016.

Já o Cinturão das Águas do Ceará também depende da transposição do rio São Francisco. Vai captar água da barragem Jati, no município do mesmo nome, que é a porta de entrada dessa obra em território cearense. O CAC, em seus cinco trechos, vai levar água para o lado Oeste do Ceará e é um projeto para pelo menos duas décadas de execução que está em ritmo desacelerado por falta de dinheiro.

Acompanhado por uma comitiva de mais de dez deputados estaduais, todos aliados ao governo, Camilo Santana visitou o primeiro desses cinco trechos do CAC, e o único em obra até agora. Tem extensão de 153 km e está orçado em R$ 1,6 bilhão, a maior parte financiada pelo governo federal. Com apenas 23% executado, esse trecho já teve três mil operários em dezembro do ano passado, mas por redução de repasses da União, está hoje com menos da metade, 1.315 homens.

O governador estava acompanhado do secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, que expôs detalhes da obra do CAC e da Transposição do Rio São Francisco, obra que tocou como ministro da Integração Nacional no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Camilo Santana também visitou obras do CAC em Missão Velha, onde está sendo construído um dos nove túneis da obra. O Túnel Veneza é o de maior extensão, com 2,3 quilômetros.

Fonte: Tribuna do Ceará

Curta nossa página no Facebook



Nenhum comentário:

Postar um comentário

AddThis