Jornalista que derrubou Teixeira garante: 'Blatter é próximo alvo'


O jornalista, escritor e apresentador de TV escocês Andrew Jennings, que publicou os livros que motivaram o afastamento de Ricardo Teixeira e João Havelange de seus cargos na CBF e na Fifa, revelou nesta quarta-feira que foi um dos colaboradores do FBI na mega operação que prendeu sete "figurões" do futebol mundial na Suíça.

"Eu dei ao FBI os documentos cruciais que deram início à operação que terminou nas prisões de ontem (quarta)", escreveu Jennings, em sua conta no Twitter.

O britânico, aliás, disse que esse é apenas o início de uma grande investigação, que ainda prenderá e interrogará outros dirigentes. E o próximo alvo já está na mira: Joseph Blatter, atual presidente da Fifa e que tentará ser reeleito para seu quinto mandato nesta sexta-feira.

"Há muito ainda por vir. Blatter é o alvo", completou o jornalista, também na rede social.

Jennings publicou os livos "Jogo sujo" e "Um jogo cada vez mais sujo", com diversas denúncias de corrupção, fraude e enriquecimento ilício de grandes dirigentes ligados à Fifa e às associações internacionais de futebol, como Conmebol e Concacaf.

A entidade máxima do futebol tentou barrar a publicação, mas ele conseguiu lançar os livros mesmo assim, alcançando grande sucesso de vendas no Brasil.

Blatter, aliás, comandou uma reunião de emergência com representantes das seis confederações continentais nesta quinta-feira. Na sexta, representantes das 209 federações internacionais de futebol votarão na eleição para presidente da Fifa, na qual o suíço concorrerá com Ali bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia e vice da Fifa na Ásia.

Entenda o caso
A dois dias da eleição para a presidência, um terremoto sacode a Fifa. Na madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos importantes da entidade sob a acusação de corrupção, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF. O grupo dos detidos será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto na federação mais importante do futebol mundial.

Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um "esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol". Sete deles foram presos na Suíça. Além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da Concacaf, em Miami, nos EUA.

O brasileiro J.Hawilla, dono da Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc. Em dezembro de 2014, segundo a justiça dos EUA, ele concordou em pagar mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.

Além de Hawilla, também se declararam culpados o norte-americano Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa; Daryan e Daryll Warner, filhos do ex-presidente da Fifa Jack Warner.

Fonte: ESPN Brasil

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