A invasão da Câmara Municipal e a falta do povo - Por: Augusto Monteiro*

Em vários artigos, dezenas deles, aqui publicados, escrevi sobre a necessidade de uma CPI para a nossa Câmara Municipal. Depois dos escândalos sobre uma possível compra de votos e sob intensa pressão – eu estava lá –, os vereadores resolveram aprovar a criação de duas CPIs – uma para investigar a questão da compra de votos para desaprovar as contas do ex-prefeito, Samuel Araripe, e outra para investigar o período que vai do início da primeira administração do referido ex-prefeito até os dias atuais. Pois bem, era o que pretendíamos e queríamos e foi conseguido. Nada mais restaria senão, daquele momento em diante, aguardarmos e fiscalizarmos o andamento das aprovadas CPIs.

A partir daí, o desfecho todos conhecem – houve uma invasão e, a todo custo, querem nos convencer que foi o “POVO” (a massa cratense) que aprovou a invasão e está lá. Na realidade, não é bem assim. Se acreditarmos que foi o POVO, teríamos que contornar o Crato pelo Seminário ou pela estrada que vai a Arajara dada a impossibilidade de locomoção pelo centro da cidade. É fácil comprovar, basta ir à câmara e, claro, haverá uma extremada facilidade de adentrar no recinto sem nenhuma dificuldade.

A maioria do “POVO” que está lá é conhecida por todos nós, é fácil reconhecê-la – é aquela que ama o Crato, que adora o Crato, que dá a vida pelo Crato, mas todos esses sentimentos, toda essa idolatria só vieram a partir de janeiro de 2013. Quando andavam sobre os escombros – que só agora estão sendo removidos –, eram felizes e nada percebiam. Essa “INVASÃO ROMANA” está servindo, tão somente, para promover alguns que, inocentemente, pensam que estão saindo bem na fita. Devemos ter cuidado quando usarmos a palavra “POVO” porque nela não se percebe o sentido de minoria.

Artigo publicado originalmente no Facebook

*Professor de Língua Portuguesa



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