Crato (CE): Lentidão em obra gera desconforto

Apenas dois mil metros dos nove mil da pavimentação da Avenida Fábio Pinheiro Esmeraldo, que liga a Avenida Padre Cícero ao campus da Universidade Federal (UFC), em Crato, foram calçados. A ordem de serviço para a obra foi dada pelo governador do Estado, Cid Ferreira Gomes, no dia 22 de dezembro de 2011. O prazo para a conclusão é de 150 dias, mas, após 74 dias, o ritmo dos serviços é lento e a falta de material impede que a obra seja concluída. Seis homens trabalham no local.

A pavimentação da Avenida está sendo feita por meio de um convênio entre a Secretária das Cidades e a prefeitura do Município. O valor total da obra é de R$ 591.994,46. Os serviços estão sendo executados pela construtora NRG Construções Ltda. Na primeira etapa, estão previstos os serviços de pavimentação em pedra tosca. A drenagem, pavimentação asfáltica e iluminação da área ainda não foram iniciadas. A população teme que os serviços sejam paralisados.

Manifestações
A falta de infraestrutura na via já foi motivo de diversas manifestações. No início do ano passado, os estudantes foram à Câmara de Vereadores da cidade para pedir que as autoridades tomassem providências, enviaram ofícios e abaixoassinado ao governador. Como resposta, tiveram a garantia, do prefeito Samuel Araripe, de que os serviços seriam realizados urgentemente. Ele solicitou o inicio das obras através do protocolo de entrada 112.263.82-8. Mas, em agosto, a Secretaria das Cidades justificou-se, dizendo que o secretário Camilo Santana ainda não havia autorizado a execução da obra.

No momento, a preocupação é quanto à chegada da quadra invernosa, que poderá atrapalhar ainda mais o andamento das obras. Nas últimas chuvas, a via alagou o calçamento, que já foi construído e ficou coberto pelas águas. Os estudantes veem o fato como um descaso, não só da gestões municipal e estadual com a comunidade acadêmica, mas também com a UFC. “Se considerarmos que todos, tanto professores como estudantes e a população que mora nessa área necessitam dos serviços, a gente vê o tamanho do descaso dos gestores públicos. Se nada for feito, iremos cobrar justificativas para o problema”, afirma o estudante Fernando Fernandes.

Prejuízos 
No campus da Universidade, atualmente, está funcionando apenas o curso de Agronomia, em que 213 estudantes frequentam as aulas em horário integral.

Em dias de chuvas, 80% dos alunos ficam impedidos de chegar ao prédio da UFC devido à grande quantidade de lama que se acumula na via. Os que vão de carro correm o risco de ficar atolados. A diferença de nível no terreno impede a passagem de veículos de grande porte. Por isso, na localidade, não existem linhas de transporte público.

Segundo a Secretaria das Cidades, a Prefeitura precisa realizar uma medição da obra, junto à empresa contratada para executar os serviços. Após o envio dos dados, a Secretaria fiscaliza a obra e, em seguida, libera os recursos, o que ainda não aconteceu. A coordenadoria responsável pela vistoria está analisando o processo enviado.

Yaçanã Neponucena
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste

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