"Corrupção não começou no meu governo", diz Dilma

No mesmo dia em que a revista "Isto É" divulgou o conteúdo da delação premiado do senador Delcídio Amaral (PT-MS), a presidente Dilma Rousseff criticou o que classificou de "vazamentos ilegais e seletivos".

Nesta quinta-feira (3), a publicação afirmou que Delcídio acusou Dilma de atuar três vezes para interferir na Operação Lava Jato, que investiga a cobrança de propina na Petrobras, por meio do Judiciário.

"Continuaremos defendendo que a presunção de inocência não pode ser substituída pelo pressuposto da culpa. Nem tampouco dar lugar à execração pública sem acusação formal e à condenação sem processo por meio de vazamento ilegais e seletivos", afirmou Dilma em discurso durante a posse de novos ministros.

De acordo com a reportagem da "Isto É", uma das investidas da presidente Dilma, segundo Delcídio, passava pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Tal nomeação seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ", afirma a reportagem. Delcídio contou aos procuradores que a estratégia foi discutida com Dilma no Palácio da Alvorada.

A presidente deu posse na manhã de hoje aos ministros da Justiça, Wellington César Lima e Silva; da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo; e da Controladoria da Geral da União (CGU), Luiz Navarro de Brito. Cardozo, que foi ministro da Justiça por cinco anos, deixou o posto após sofrer pressão.

"As mudanças de ministros não afetam o papel que o Ministério da Justiça, a AGU e a CGU vem exercendo no meu governo", declarou Dilma. "O combate à corrupção continua sendo a prioridade do meu governo. Nenhum governo realizou enfrentamento tão duro e eficiente à corrupção como o meu e continuará sendo assim."

"Não estamos investigando a corrupção porque ela começou agora em meu governo. A corrupção está sendo investigada livremente e sem pressões porque nós não impusemos barreiras nem engavetamos as investigações", afirmou.

A presidente destacou ainda que todas as investigações devem ser realizadas dentro dos limites legais e constitucionais. "É absolutamente necessário conciliar os devidos respeitos aos direitos individuais", disse.

Dilma afirmou ainda que seu governo não se afastará "um milímetro sequer" da atitude republicana de respeito aos demais Poderes "e ao pleno funcionamento das instituições subordinadas ao meu governo, desde que atuem dentro dos limites estabelecidos pela lei".

Fonte: UOL

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