Delegado reúne a Imprensa e anuncia decretação de sigilo na apuração das mortes de Amarílio e Dedé

O Delegado de Polícia Civil, Victor Timbó de Lima, concedeu entrevista coletiva à Imprensa na tarde desta segunda-feira para anunciar a decretação por parte da justiça de sigilo nas apurações das mortes do vereador Amarílio Pequeno da Silva e do ex-policial civil, Dedé Bezerra. 

O inquérito policial vive nova fase de investigações após ter sido devolvido ao Delegado Gustavo Augusto pelo Poder Judiciário concedendo 90 dias para a realização de novas diligências e a junção de mais provas.

Após esse prazo, duas novidades: um novo depoimento do advogado Irlando Linhares que acusa o juiz Demétrio de Souza Pereira da autoria intelectual do duplo homicídio e o surgimento de Cícero Edgar Figueiredo Miranda assumindo a autoria das execuções. Foi esse segundo depoimento de Irlando o estopim da coletiva que teve no lugar no auditório do Cirão. A polícia e a justiça não gostaram do vazamento do conteúdo dessa oitiva o que pode atrapalhar o curso das investigações.

O delegado cita a enfermeira Poliane Linhares, esposa do depoente, como uma das responsáveis por entregar cópias à Imprensa e garantiu que a polícia não vai desviar o curso das investigações após esse depoimento considerando que os resultados já conseguidos são “positivos”. Conforme acrescentou, nesse momento o magistrado não é alvo das investigações nesse inquérito que apura as mortes dos ex-policiais e sim no da liquidação judicial da CONCASA acompanhado pelo Tribunal de Justiça do Ceará.

Ele chega a usar o termo “engodo” quando se referiu ao novo depoimento de Irlando com a suposta intenção de criar divergências nas investigações. O delegado Victor Timbó foi reticente em relação ao que falou Edgar Figueiredo o qual não havia sido citado anteriormente no inquérito. Disse apenas que não se pode tirar conclusões precipitadas preferindo não arriscar em dizer se o cobrador de crediário é ou não envolvido no caso.

“Nem tudo o que foi dito no inquérito condiz com a verdade”, observou sem querer entrar em detalhes se haverá ou não a reconstituição do crime ocorrido na noite do dia 20 de setembro na Praça do Giradouro. Evitou ainda entrar em detalhes quanto a citação do nome de José Moura dos Santos Júnior, o Júnior Braw, por Edgar como responsável pela sua contratação para matar Amarílio e Dedé informando que essa parte está nas mãos do Delegado Gustavo Augusto.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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