A comunidade do Sítio Coité, localizada na zona rural de Barbalha, encontrou uma forma de garantir a melhoria da qualidade de vida dos moradores: fabricar produtos alimentícios como os sequilhos, tipo de biscoito que virou uma das principais fontes de renda do local.
O dinheiro da venda do sequilho é utilizada no pagamento de quem trabalha na fabricação do produto e na manutenção do projeto. Os sequilhos são vendidos nas feiras de Barbalha e Crato e em eventos como feiras regionais da agricultura familiar. Entretanto, as dificuldades muitas vezes emperram os trabalhos e as possibilidades de crescimento.
“Uma das nossas dificuldades é que aqui tem muitos latifúndios e não temos terra para produzir nossa matéria-prima”, afirma o homem conhecido como Seu Novo, presidente da Associação do Sítio Coité. Esse problema vem sendo trabalhado através de um projeto feito pela Universidade Federal do Ceará, no Campus Cariri, através do Curso de Agronomia. A ideia é discutir uma solução para que a comunidade adquira terras e passe a produzir.
A comunidade tem apoio ainda do Projeto São José Produtivo para aquisição de maquinário para a produção do sequilho em larga escala, da polpa de fruta, doces, bolos, pães e artesanato.
No galpão do projeto construído pela própria comunidade são ofertados vários cursos, como o de corte e costura, para mulheres da região.
“Nosso projeto é fazer com que as pessoas possam aprender a costurar e assim poder gerar mais renda com o produto do trabalho delas”, afirmou Seu Novo.
O galpão tem espaço ainda para várias outras iniciativas de geração de renda, como a instalação de equipamentos para fabricar doces e polpa de frutas. Outra fonte de renda da comunidade é o artesanato com palha da bananeira.
Tarso Araújo
Fonte: O Povo
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