Em 2013, estado do Ceará ainda deve crescer acima da média

Faltam apenas duas semanas para 2012 acabar e mesmo sem as projeções para o encerramento do ano concluídas - afinal, o consumidor ainda está envolto com as compra de Natal e o comércio nutrindo a esperança de lucrar mais - já há quem esteja pensando no desempenho da economia em 2013. Como o tempo corre e, ao mesmo tempo, para muita gente este também significa dinheiro, não dá para ficar parado. Antecipar-se ao que está por vir é a estratégia do setor produtivo na busca de maiores e melhores oportunidades no decorrer do ano que se aproxima.

Diante do que está em jogo, o Diário do Nordeste ouviu especialistas e representantes do setor produtivo, na tentativa de traçar um rascunho do que serão as economias cearense e brasileira no próximo ano.

Reflexos globais
A despeito do otimismo ou pessimismo de um ou outro setor, 2013, assim como este ano, não deverá ser tão previsível. Munidos do mesmo sentimento que tinham em dezembro de 2011, economistas, empresários e líderes classistas, mais uma vez, atrelam o desempenho da economia brasileira no novo ano ao cenário mundial.

Cautelosos, na sua avaliação, a crise econômica internacional está se prolongando mais do que se previa. O que se observa é que a Europa não apresenta uma saída à vista; e, nos Estados Unidos, o abismo fiscal ainda é grande, com altos índices de desemprego, trazendo sérios prejuízos para as exportações brasileiras. "Tanto o Fundo Monetário Internacional (FMI), como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortaram suas previsões para o crescimento global em seus últimos relatórios semestrais, alertando que a crise da dívida na Zona do Euro é a maior ameaça à economia mundial para o ano de 2013. A OCDE, em sua publicação Perspectivas Econômicas, divulgada no fim de novembro, previu que a economia global crescerá apenas 2,9% neste ano, antes de expandir 3,4% em 2013. A estimativa marcou uma forte queda desde a última projeção, em maio, de 3,4% para 2012 e de 4,2%, em 2013", argumenta o economista Henrique Marinho.

Mercado interno
Internamente, apesar das medidas de estímulo do governo federal à indústria, as ações foram consideradas muito pontuais e insuficientes para dar o impulso na proporção que a economia brasileira precisa.

No último relatório Focus, do Banco Central, com as projeções do mercado, divulgado na segunda-feira passada, mais inflação e menos crescimento era a previsão para o encerramento do ano, de acordo com os números apresentados. "Para se ter uma ideia, os analistas reduziram novamente suas estimativas para a expansão da economia brasileira em 2012, de 1,5% para 1,03%", aponta Marinho.

Já para 2013, o cenário de preços (medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) foi mantido em 5,4%, projeção semelhante há mais de quatro semanas. Porém, apesar da manutenção no IPCA, houve ajuste pela 4ª seguida na previsão de crescimento. Os números sugerem agora um avanço de 3,5% no PIB (Produto Interno Bruto), abaixo dos 4% indicados há quatro semanas e na esteira do ainda baixo nível de investimento da economia brasileira.

ANCHIETA DANTAS JR.
REPÓRTER 

Fonte: Diário do Nordeste

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