Itapipoca (CE): Vazamentos na adutora já foram solucionados, diz Cagece

Os problemas verificados na adutora de Itapipoca, a 130 quilômetros de Fortaleza, já foram solucionados, segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Em nota divulgada neste domingo (29), a Companhia informa que "todos os vazamentos foram solucionados e já foram retomados os testes na adutora que deverá trazer (sic) água do Açude Gameleira". Itapipoca sofre com a desabastecimento de água há quase um mês, quando os açudes que abastecem o município secaram. A adutora estava sendo testada para levar água de outro açude para a sede do município, quando teve parte da tubulação rompida por causa da pressão da água.

Orçada em R$ 18 milhões e com 32 quilômetros de extensão, a adutora seria entregue neste mês de dezembro. Em construção desde 2011, mesmo ano em que deveria ter sido terminada, a conclusão da adutora foi adiada após a empresa responsável, a PWE Engenharia, ir à falência. Logo depois a obra foi assumida pela Primor Construções Ltda. Na segunda-feira (23), a adutora apresentou vazamentos. O governador Cid Gomes se deslocou até o município, onde participou dos trabalhos de reparo. O governador classificou a obra de “criminosa” e determinou que um inquérito policial fosse instaurado para apurar responsabilidades.

Na sexta-feira (27), dois engenheiros da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) estiveram em Itapipoca para examinar o material utilizado pela Primor Construções nas obras da adutora. “Nós temos em adutoras desse porte ocorrências normais de vazamento, no entanto, em determinados trechos dessa adutora nós tivemos uma frequência maior dessas ocorrências que inviabilizaram o funcionamento adequado logo de imediato”, explica o presidente da Cagece, André Facó.

Inquérito
De acordo com o Delegado Geral de Polícia Civil, Andrade Júnior, o inquérito deverá ser concluído  na primeira semana de janeiro de 2014. “A obra estava, em tese, pronta para inauguração”, destacou Andrade Júnior que designou o titular da Delegacia de Crimes contra a Administração Pública, Everardo Lima, para acompanhar o inquérito.

Oito pessoas ligadas à empresa já prestaram depoimento. “Todos os contratos serão investigados, as perícias serão decisivas e as pessoas envolvidas serão responsabilizadas, se for o caso, pela não execução da obra”. Segundo o delegado a investigação seguirá em duas frentes. “Vamos verificar se há uma possível conduta criminosa das pessoas responsáveis pela obra, como também será investigada a conduta das responsáveis por receber a obra. Temos de ver os dois lados”, explicou. Se for constatado crime doloso (não acidental), os responsáveis podem pegar até 12 anos de prisão, afirmou Andrade Júnior.

Fonte: G1



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