Crato (CE): Camelódromo é tema de debates

Diante da atual falta de infraestrutura no Camelódromo do Crato, que abriga mais de 150 comerciantes, a Câmara de Vereadores do Município realizou, na manhã de ontem, uma audiência pública afim de discutir sobre os riscos que o local oferece para a segurança da cidade e sobre os possíveis projetos alternativos que poderão ser executados em prol das ações de melhorias e de requalificação.

Devido ao número de bancas ali instaladas e ao grande fluxo de pessoas, que diariamente frequentam o ponto comercial, o poder legislativo está preocupado com as condições e tenta viabilizar medidas paliativas ou a construção de uma nova estrutura segura e moderna que possa atender tanto às demanda dos vendedores como também as dos clientes.

Riscos
Em condições precárias de funcionamento, o Camelódromo do Crato representa, hoje, ameaça à segurança pública, e apresenta altos riscos de incêndio, uma vez que o tumulto generalizado de diversas pessoas colide-se com as bancas que oferecem produtos e serviços de vários ramos da atividade comercial.

O local é administrado pela Associação do Camelódromo, que por recomendação da Prefeitura, do Corpo de Bombeiros e da Companhia Elétrica do Ceará (Coelce), refez as instalações elétricas do prédio.

Prevenção
Segundo o vice-presidente da associação, Jucier Torres, como medida preventiva foram instalados alguns extintores e os agentes da Vigilância Sanitária intensificaram as visitas de fiscalização. Mas, ainda é urgente a efetivação de uma obra que proporcione a padronização dos boxes, cobertura e segurança do local.

Segundo ele, há uma equipe contratada para fazer a limpeza da área, no entanto, as ações da gestão atual são insuficientes para atender aos anseios dos segmentos turístico e comercial. "Temos um movimento grande. Não estamos querendo nada extraordinário, somente uma estrutura segura, que amenize o calor e dê mais conforto aos nossos clientes", revela.

A discussão sobre os projetos de requalificação do Camelódromo é um reivindicação antiga da população cratense. Segundo o vereador Amadeu de Freitas, que propôs a audiência pública, em função da forma como foi ocupado e da área em que ele está localizado, no centro da cidade, o empreendimento é inapropriado para as atividades comerciais que abriga.

"Estamos diante de riscos iminentes de acidentes, incêndios e assaltos, além de ser um ambiente é muito quente. Não podemos admitir uma situação dessas. Queremos saber que compromissos o poder público pode assumir em relação aos projetos alternativos de melhorias", afirma.

Soluções
Ele pretende, junto aos demais vereadores e a população, retomar os debates sobre as alternativas de atribuir qualidade e embelezamento ao espaço, que poderá ser uma ferramenta de estímulo ao desenvolvimento do segmento do turístico regional, como já acontece nos grandes centros. No município o comércio popular é bastante ativo, porém, pouco valorizado. Ainda na gestão do prefeito Samuel Araripe, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e de Empreendedorismo elaborou um projeto de implantação de um mini shopping popular que abrigaria todos os comerciantes que atuam no Camelódromo.

A obra seria financiada pelo Banco do Nordeste (BNB) e contaria com dois pavimentos e lojas âncoras. Em contra partida, individualmente, os permissionários pagariam as taxas referentes ao financiamento. Mas, eles não aceitaram a proposta.

Na audiência estiveram presentes membros de instituições públicas, e representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), BNB, Corpo de Bombeiros, além dos secretários municipais de Infraestrutura e de Desenvolvimento Econômico.

Mais informações
Câmara Municipal de Vereadores
Endereço: Rua Senador Pompeu, 468
Bairro Centro - Crato
Telefone: (88) 3523-2749

YAÇANÃ NEPONUCENA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste



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