Crato (CE): Ausência de matadouro preocupa população

Há anos a população de Crato vem sentindo a necessidade do funcionamento de um matadouro público no município. A carne trazida de outras cidades e comercializada nos mercados cratenses tem deixado os consumidores e órgãos fiscalizadores preocupados. Recentemente, uma proposição do vereador Pedro Alagoano (PSB) solicitou o apoio da Casa Legislativa e do Poder Executivo para a construção de um novo abatedouro municipal.

De acordo com a justificativa apresentada no requerimento do parlamentar, a construção do matadouro evitará que a população continue a consumir carne de procedência duvidosa. “No Mercado Walter Peixoto, por exemplo, tem casos de entrar carnes clandestinas de origem doentia, que geram transtornos e ameaçam à saúde daqueles que dela se alimentam”, denuncia Alagoano.

Segundo o vereador, além de coibir a venda de carnes oriundas de práticas clandestinas ou ‘moitas’ – em que os bichos são sacrificados sem nenhum controle sanitário –, a edificação de um abatedouro público em Crato gerará emprego e renda. “Aumentará a comercialização local, inclusive, despertando interesse de criadores de gado, suínos, aves e outros derivados”, destaca.

Ainda conforme Pedro Alagoano, um matadouro devidamente equipado gira em torno de R$ 1 milhão. “Para um município que tem uma previsão orçamentária de R$ 170 milhões, esse valor é insignificante. Principalmente agora, que o valor dos royalties do pré-sal será distribuído entre os municípios”, declara.

Para o aposentado Valmir Soares, a obra precisa sair da promessa e ser concretizada. “A promessa do abatedouro municipal é antiga. A população clama por algo visível. Sai prefeito e entra outro, mas nenhum realiza essa obra. Essa é uma das necessidades desse município, que dará um salto na qualidade de vida para nós”, desabafa.

O prefeito Ronaldo Gomes de Mattos diz que vai trabalhar pela implantação do matadouro público, que já é uma demanda antiga da cidade.

Foto: Serena Morais

Fonte: Jornal do Cariri



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