Copa 2014: Em Fortaleza, somente 40% das obras ficarão prontas para o Mundial

Fortaleza resolveu se modernizar para receber o evento mundial da Copa de 2014. Sendo escolhida uma das cidades-sede dos jogos, a capital do Ceará foi anunciada ainda em 2009, tendo então cinco anos para preparação e finalização de obras. Entretanto, como um bom representante brasileiro, tudo ficou mesmo para a última hora.

As obras de mobilidade urbana incluídas no pacote da Copa, de responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza, tiveram início de fato em 2013, quatro anos depois do anúncio e um antes do evento. A afirmação é do titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Fortaleza, Samuel Dias. “Quando recebemos a obra no início do ano passado, havia apenas 2% executado”, completou.

Das dez obras previstas dentro do pacote do Mundial, apenas quatro serão entregues até o torneio: rotatória do Castelão, Bus Rapid Transit (BRTs) das avenidas Paulino Rocha e Alberto Craveiro e túnel da Avenida Santos Dumont sob a Via Expressa. Elas representam 40% do total planejado.

A prioridade para a finalização de tais obras, segundo o secretário, se dá principalmente para atender ao do plano de mobilidade, que no evento precisa está funcionando entorno do estádio. Já o restante das obras é tido apenas como um legado deixado pela Copa. “Elas estão dentro do escopo da Copa, mas não vão necessariamente funcionar e dar mobilidade para a Copa”, ressaltou.

O legado, então, deixado pela Copa que vai ficar pronto somente após o evento são: túneis das avenidas Padre Antônio Tomás e da Alberto Sá sob a Via Expressa, BRT da Avenida Dedé Brasil, túnel longitudinal sob a Via Expressa (entre as Avenidas Santos Dumont e Padre Antônio Tomaz), viaduto da Avenida Raul Barbosa com Murillo Borges e viaduto da Parangaba (no fim da Avenida na Dedé Brasil.

Ao todo, tais obras representam 60%. Apenas uma delas foi iniciada: o túnel da Padre Antônio Tomaz. “Estamos fazendo o alargamento preliminar”, enfatizou. A previsão para que todas sejam finalizadas é até o fim de 2015.

Atrasos e promessas
“A decisão de postergar as obras se dá porque são muito próximas uma das outras. Se tivéssemos o fechamento para entregar todas elas de uma vez, iam causar um grande transtorno na mobilidade da cidade”, explicou. Em outras palavras, o secretário culpa o desvio de tráfego da Via Expressa como uma dos principais catalisadores da demora.

“Houve muita interferência com trabalho preparatório que inicia a obra de fato. Os projetos que recebemos nenhum havia sido aprovado. Tivemos que refazer projeto e aprovar todos em paralelo com a execução das obras”, considerou. Além disso, o secretário citou problemas de licitação e contrato como potencializadores do atraso.

Ao todo, são R$ 250 milhões investidos neste pacote, que promete um legado para os fortalezenses. Para as terras alencarinas, Dias ainda promete várias outras obras – com início no próximo semestre – na tentativa de modernizar a cidade e melhorar o trânsito. Mas dessa vez, não terão nada a ver com a Copa e priorizarão outras localidades, como o terminal do Siqueira e da Messejana, corredores da Perimetral, Expedicionários e Fernandes Távora.

Fonte: Tribuna do Ceará



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