Entenda a polêmica das sacolinhas plásticas

Em meados de 1950, surgem as sacolas plásticas, com o intuito de facilitar o transporte de produtos pelos consumidores. Entretanto, essa praticidade toda transformou-se em poluição.

O plástico é um subproduto do petróleo, e apesar de muitos acreditarem que em 500 anos ele seja decomposto, isso é um engano, pois não existem (não foram descobertos) microorganismos que decomponha o plástico. Assim, como é falsa a ideia de que sacolas oxibiodegradáveis sejam realmente degradáveis. O que ocorre é a quebra sucessiva de suas moléculas.

Em meio a toda essa polêmica, li alguns comentários questionando até que ponto essa proibição das sacolas plásticas têm a ver com o meio ambiente. Quanto a isso, só tenho a fazer um convite aos que ainda têm dúvidas: visitem um aterro sanitário ou local em que sua prefeitura destina o lixo coletado. Acho que terão uma resposta.

A reciclagem das sacolinhas seria a solução, se ela fosse mais barata que fazer uma nova. Também diria que a reutilização seria a melhor alternativa, se as sacolas nacionais tivessem mais qualidade. Poderíamos reutilizá-las muitas vezes. Aliás, essa baixa qualidade faz com que muitas pessoas peçam 2 unidades para carregar suas compras. Mais poluição. Sem contar que uma sacola rasgada, nem reaproveitada é. Vão direto pro lixo.

Os aterros e lixões só não estão sufocados pelo plástico, porque toneladas de plástico vão para os oceanos, através do esgoto, do ar e até mesmo por despejo proposital do ser humano, que descartam imensas quantidade de plástico em alto mar.

Quantos animais marinhos não morrem por causa de sacolas plásticas?

Mas como forrarei o meu cestinho de lixo do banheiro?

Jornal é a alternativa mais prática. Vários vídeos na internet ensinam como fazer origami em folhas de jornal para utilizar em seu cesto de lixo.

Outra questão interessante é sobre a cobrança dessas sacolas. Porque cobrar ao invés de eliminar de uma só vez?

Bom, estamos habituados a usar sacolas plásticas, e como todo hábito, não é fácil mudá-lo. Exige disciplina e boa vontade das pessoas. A briga de quem lucra com essa cobrança é algo que deixo para os representantes dos setores de plástico e supermercados. O que sabemos é que em nada mudará o preço dos produtos, e se mudar, será coisa mínima.

No Brasil, mexer no bolso do cidadão, é estimular sua cooperação. Parece sarcasmo, mas é a mais pura verdade.

Ao que tudo indica, as sacolinhas serão exterminadas do comércio. Imaginem os transtornos causados, se fossem banidas da noite pro dia, sem qualquer alternativa. Caos nos supermercados.

Hábitos não são fáceis de mudar. Eu penso que uma sacolinha que eu deixe de pegar faz a diferença.

E aquele monte de embalagens?

Desde 2010, está em vigor a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que apresenta a logística reversa, obrigando os fabricantes, distribuidores e vendedores a recolherem as embalagens usadas. A medida vale para materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.

A tendência é que em breve, essa medida seja disseminada a outros setores industriais, principalmente, o alimentício.

Não estaremos livres de sacolas plásticas tão cedo. Ainda mais no sistema econômico em que vivemos. O consumismo é a real fonte de toda essa poluição. E a educação é a salvação.

E você, é a favor de uma lei que proíba o uso das sacolas plásticas?

Fonte: Esse Tal Meio Ambiente

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