Petista quer discutir quadro de seca com presidente Dilma

O secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Nelson Martins, reuniu ontem a bancada federal cearense para tentar viabilizar reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff. A ideia é levar diretamente à presidente as propostas do Governo do Ceará que tentam minimizar a burocracia que vem emperrando a ágil execução das ações de convívio com a estiagem em território cearense.

Agora, com um tanto de água garantida ao homem do campo, o secretário quer avançar em políticas para levar alimento ao rebanho bovino e caprino do interior do Ceará. Para isso, há duas possibilidades, segundo Nelson. A primeira é agilizar a chegada ao Estado das sacas de milho oriundas do Centro-Oeste. A segunda frente seria a utilização de perímetros irrigados ociosos do Ceará para a produção de forragem (alimento para rebanho).

De acordo com Nelson, há cerca de 15 mil hectares de terras pertencentes ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) que estão livres para plantio. O problema, explica, é que para o Estado se apropriar desses lotes é preciso que uma medida provisória seja aprovada em Brasília. É aí que entra a burocracia do processo.

“Em nível de Ministério da Agricultura, a coisa não tem se resolvido, apesar da boa vontade do ministro. A gente precisa, Junto com o governador Cid Gomes, fazer o problema chegar até a Dilma, porque a burocracia não tem ajudado”, ponderou o secretário.

Entre os deputados federais que participaram do encontro, foi firmado o compromisso de tentar agendar a reunião. Para o deputado federal José Guimarães (PT), com a união de forças da bancada cearense pode ser possível “fazer um rearranjo jurídico” para que seja possível a utilização de áreas ociosas no Estado para a produção da forragem.

“É inaceitável que tenhamos áreas prontas para produzir que estão ociosas. É um contrassenso imperdoável na nossa realidade. Mas aponto que falta também no Ceará uma infraestrutura de armazenamento de alimento. É algo que também pode ser discutido com a presidente Dilma”, completou o deputado federal Antônio Balhmann (PSB).

Fonte: O Povo



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