Aumento de casos de microcefalia no Ceará em 2015 já chega a 600%

Subiu para 40 o número de bebês com microcefalia nascidos em 2015 no Ceará. O novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (8), constatou que, do dia 30 de novembro de 2015 para cá, houve mais 15 registros identificados.

A última pesquisa indicava que havia 25 bebês com má-formação e uma morte até o mês de novembro. Nos últimos cinco anos, o estado registrou a soma de 33 casos: em 2010 foram oito; 2011, quatro; 2012, nove; 2013, cinco; 2014, sete. Mesmo com esse aumento de cerca de 600% em relação ao ano passado, o Ceará está entre os que menos tiveram ocorrências no Nordeste.

Pernambuco, por exemplo, continua tendo o maior número de casos – 804, mas sem mortes –, seguido da Paraíba, com 316 e uma morte. A Bahia teve 180 casos, com duas mortes; Rio Grande do Norte tem 106 casos e sete mortes; Sergipe registrou 96 casos e quatro mortes; e Alagoas, 81 casos.

Balanço
Os casos de bebês com suspeita de microcefalia chegam a 1.761 em 422 municípios. Ainda foram constatados 19 óbitos em oito estados. O total de casos mostra um crescimento de 41% comparado ao último balanço, quando foram registrados 1.248 bebês com suspeita de microcefalia no país.

A pesquisa divulgada nesta terça contabilizou até 5 de dezembro e ainda considerou suspeitos, porque são necessários exames de imagens do cérebro das crianças para confirmar a má-formação. No balanço, entram todas as crianças nascidas com cabeça com perímetro menor do que o considerado normal (32 cm), o que é um indício da doença.

O governo confirmou pela primeira vez a relação entre o zika vírus e a microcefalia depois do resultado positivo de um exame de um bebê cearense com microcefalia feito pelo Instituto Evandro Chagas, do Pará, cuja mãe foi infectada pelo vírus. Desde que foi confirmada essa relação com o zika – transmitido pelo mosquito Aedes aegypti – os casos de microcefalia passaram a ser de notificação compulsória no país.

Fonte: Tribuna do Ceará

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