Crato (CE): Campanha 16 dias de Ativismo realiza palestra

A campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher” chegou na última sexta-feira, 4, a 5ª Companhia de Polícia Militar do Crato e a Delegacia Regional de Juazeiro do Norte. A Coordenadora do Centro de Referência da Mulher do Crato, Ivoneide Antunes, a advogada do equipamento, Evaneide Ribeiro, e a representante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Cratense, Mara Guedes, promoveram uma palestra, onde o público-alvo foram os servidores da segurança pública.

O objetivo das ações é firmar parcerias e levar informações aos que lidam frequentemente com as demandas de violência contra a mulher no Cariri, umas das regiões que mais registra casos de feminicídios no Estado. Segundo o CMDMC, em 2014, 25 mulheres foram assassinadas este ano. O número já chega a 15 mulheres mortas no Cariri. Ainda segundo o Conselho, os últimos 12 anos já somam mais de 300 casos.

Mara Guedes, militante do movimento feminista, disse se tratar de uma matança, onde as mulheres são assassinadas pelo simples fato de serem mulheres, por isso as lutas são constantes. “Um dia como hoje, nos traz uma grande esperança, pois viemos conversar justamente com um dos segmentos que também trabalham nessa área. Os policiais têm um papel importante e precisamos do apoio nas nossas lutas diárias”.

Ivoneide Antunes, coordenadora do CRM, falou sobre a atuação do equipamento, que trabalha com atendimentos psicológicos, jurídicos e sociais especializados, além de visitas domiciliares e institucionais, fortalecendo a Rede, composta pelos órgãos que trabalham no contexto da violência doméstica. “Nós trabalhamos em conjunto, formamos parcerias e levamos essas mulheres para serem inseridas nos serviços oferecidos pela assistência social, saúde, educação e área do trabalho”, explicou Ivoneide.

A equipe distribuiu ainda o laço branco, para lembrar a barbárie cometida em uma escola de Montreal, no Canadá em 1989. Quinze mulheres morreram no massacre, e o assassino, que depois cometeu suicídio, relatou odiar as feministas, o que teria motivado a tragédia. Homens canadenses, em repúdio ao ocorrido, elegeram o laço branco como símbolo e adotaram o lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.

Assessoria de Imprensa/PMC

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