Tragédia anunciada: Falta empresa para reconstrução da 2ª etapa do Canal do Grangeiro

Mesmo com as poucas chuvas da pré-estação na região do Cariri, os alertas de catástrofes e os trabalhos de prevenção da quadra invernosa aumentam na região. Em Crato, o Ministério Público solicitou ao Município mais informações relacionadas à situação do Canal do Rio Grangeiro, para acionar órgãos responsáveis quanto às possibilidades de possíveis catástrofes na cidade.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Nivaldo Soares, algumas irregularidades foram apresentadas na obra do Canal do Rio Grangeiro, em relatório feito por uma comissão de técnicos e a Coordenadoria de Defesa Civil do Município, abalizado por um técnico em recursos hídricos contratado pela Prefeitura local.

O material foi encaminhado para o Governo do Estado, Ministério Público, Defesa Civil estadual, Coordenadoria Nacional de Defesa Civil e Ministério da Integração Nacional, que financiou a primeira etapa de reconstrução do Canal do Grangeiro, a qual foi coordenada pela Secretaria das Cidades.

Segundo Nivaldo Soares, que é também um dos integrantes da equipe de avaliadores, o Ministério Público está reunindo mais informações para acionar os órgãos responsáveis pelo projeto de reconstrução da obra, que até o momento ainda não tem uma empresa que assuma a segunda etapa dos serviços, avaliada em cerca de R$ 1,5 milhão. A primeira custou aos cofres públicos cerca de R$ 2,5 milhões.

Mesmo com as promessas por parte do governo de conclusão da obra, a maior preocupação da população é com o inverno que se aproxima, e mesmo assim não dará tempo concluir em período hábil. Segundo o secretário de Infraestrutura do Crato, José Muniz, a situação é extremamente preocupante.

Rua interditada 
Ele alerta para área de erosão ao longo do canal, que tem aumentado com as chuvas da pré-estação, a exemplo da área na ladeira Presidente Kennedy, ao lado de uma ponte. Parte da rua já está interditada há alguns meses para a passagem de veículos.

Outra área com erosões está nas proximidades da Igreja Nossa Senhora de Fátima, onde houve a construção de parte da obra, e nas proximidade da ponte da Rua Coronel Luiz Teixeira, na cidade, segundo aponta o secretário. Ele afirma que já foram enviados ofícios ao Estado solicitando maiores informações sobre a licitação da segunda etapa e os projetos da primeira etapa da obra, mas ainda não houve resposta.

Segundo Nivaldo Soares, não está descartada a possibilidade de catástrofes na área, segundo a avaliação da comissão, principalmente após a avaliação da comissão. O engenheiro do Departamento de Edificações e Rodovias (DER) responsável pela obra foi procurado pela reportagem, mas o telefone se encontrava fora de área. "Estamos preocupados e procurando fazer um trabalho preventivo" diz José Muniz.

Ele ressalta que o alargamento da área da obra é um dos problemas. Com isso, pode ocorrer aumento no volume de água no local, provocando o transbordamento. Outro ponto é que não foi feita a base do canal.

Em Juazeiro do Norte, a Coordenação da Defesa Civil iniciou trabalho preventivo para as áreas que considera problemáticas na quadra invernosa, principalmente relacionada a pontos de alagamentos. A Defesa Civil local apresentou um plano de prevenção para a quadra chuvosa de 2012. O projeto prevê a formação de uma força tarefa envolvendo este órgão em conjunto com as secretarias de Infraestrutura, Meio Ambiente e Corpo de Bombeiro. A preocupação nesse momento está em conscientizar a população quanto à limpeza da cidade, para evitar inundações.

Mais informações
Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, Fortaleza
Fone: (85) 3101.4571
Corpo de Bombeiros de Juazeiro do Norte, Fone: 193

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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