Crato (CE): Manifestação no Centro pediu paz, justiça e o fim da violência

(Foto: Cícero Valério/Ag. Miséria)
Pais e outros familiares e amigos de jovens assassinados recentemente em Crato realizaram uma manifestação pacífica pedindo paz, justiça e cobrando agilidade nas investigações dos crimes. Alunos de escolas da rede pública também estiveram presentes ao ato que percorreu diversas ruas do Centro até a Delegacia de Polícia Civil do município, onde os pais foram recebidos pelos delegados.

“Hoje está com um mês e nove dias e até agora não temos resultados. A justiça está sendo muito lenta no caso do Eduardo, as investigações estão a passos lentes, a família está pedindo justiça e paz porque nos sentimos ameaçados”, afirmou Pedro Alves Dutra, tio da vítima.

O pai de uma das vítimas (veja o caso no final da matéria), Erisvaldo Dutra, afirmou que se sente temeroso já que quem causou o crime ainda não foi identificado. Ele é mototaxista, mas não trabalha, desde a morte do filho, com medo de também se tornar vítima direta da violência. Ele conclamou a população para também se manifestar contra a violência.

“Peço a população cratense que vamos nos juntar para pedir justiça para que acabe com isso, porque hoje foi meu filho, amanhã pode ser com qualquer um”, afirmou Erisvaldo.

Após receber os pais de Eduardo David, os delegados Giuliano Vieira Sena e Luiz Eduardo, concederam entrevista ao Site Miséria e falaram sobre o andamento das investigações. Segundo eles, o delegado Luiz Eduardo e dois investigadores foram designados para acompanhar este caso e estão produzindo provas para apresentar a Justiça.

“Não é uma questão de tempo”, disse o delegado Luiz Eduardo que foi designado para este caso. “A questão é que a gente tenha provas robustas dentro dos autos para realmente condenar o autor do crime ou autores. Não adianta dizermos que foi tal pessoa, mas não conseguir materializar isso nos autos”, explicou.

Entenda o caso de Eduardo Vieira David Dutra
Eduardo Vieira David Dutra, de 19 anos, que foi morto após uma briga durante a ExpoCrato. Por volta das cinco horas de 20 de julho, Eduardo e um amigo estavam indo para casa quando foram atocaiados no bairro Seminário por dois homens que trafegavam em um veículo Hylux de cor prata. Ele foi atingido com três tiros, sendo dois na perna esquerda com fratura do fêmur e um nas costas saindo na virilha.

Robson Roque

Fonte: Miséria



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