Por que beber na frente dos filhos é um péssimo hábito

Um em cada dez pais afirma ter ingerido álcool na frente de seus filhos e metade deles já ficou embriagada, de acordo com uma nova pesquisa do Institute of Alcohol Studies, do Reino Unido. Esse comportamento, independentemente da quantidade consumida, pode impactar a saúde mental das crianças, tornando-as mais retraídas e preocupadas.

Dessa forma, mesmo os pais que não possuem dependência alcoólica podem causar problemas aos filhos – menos de  catorze unidades de álcool por semana (140 mililitros ou 112 gramas) – o consumo moderado, equivalente a sete pints de cerveja, por exemplo – é suficiente para desencadear efeitos negativos nos pequenos.

Efeitos negativos
Segundo os especialistas, ao notar os pais alterados pela bebida as crianças ficam preocupadas com o comportamento imprevisível dos adultos e se sentem menos confortáveis do que o habitual, o que pode atrapalhar a rotina e o sono delas.

Além disso, o estudo mostrou que os filhos perdem a confiança e tendem a não considerar os pais como modelos a ser seguidos. Para os cientistas, as novas descobertas surgem como um alerta para os pais que podem estar, inconscientemente, banalizando as consequências físicas e psicológicas do consumo do álcool.

A pesquisa
Esse é o primeiro estudo do gênero a examinar os efeitos que o consumo de bebidas alcoólicas pelos pais pode ter nas crianças. Os pesquisadores utilizaram dados de cerca de 1.000 pais e seus filhos a partir de questionários on-line, grupos de foco e consultas públicas com profissionais da área.

Pais e filhos
Os resultados mostraram que 29% dos pais acreditam que não há problema em beber perto dos filhos, desde que não seja algo recorrente. Por outro lado, 51% afirmaram já ter se embriagado na frente das crianças.

Já pelo ponto de vista das crianças entrevistadas, de 11 e 12 anos, o álcool é como se fosse um “açúcar para adultos“. Cerca de uma em cada cinco crianças disse sentir vergonha dos pais quando eles estão alcoolizados, 15% das crianças disseram ter dormido muito mais cedo ou muito mais tarde que o normal, 12% disseram que os pais prestam menos atenção neles, 11% se sentiam preocupadas e 7% disseram brigar mais com os pais nesses momentos.

“Vivemos em uma cultura que celebra o álcool”, disse Viv Evans, da instituição britânica Alcohol and Families Alliance. “Esperamos que este estudo seja um meio de alertar os pais e a todos sobre a importância de prevenir problemas com o álcool antes que eles surjam.”

Fonte: Veja.com

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