Lula sobre 2018: “Eu serei candidato. As pessoas sabem que eu posso consertar este país”


O ex-presidente Lula disse que o mercado financeiro “pode temer, sim”, a volta dele ao poder, caso vença a eleição de 2018. “O mercado pode temer sim, sabe por quê? Porque o Banco do Brasil vai voltar a ser banco público, porque a Caixa Econômica vai voltar a ser banco público, porque o BNDES vai voltar a ser banco público. Ele tem que saber disso, tem que saber disso. Esses bancos salvaram a economia em 2009”, afirmou, em entrevista ao SBT.

Indagado se haverá responsabilidade fiscal num eventual novo governo, respondeu: “Responsabilidade é comigo. Eu provei o quanto eu diminuí a dívida pública, eu provei o quanto a economia brasileira cresceu. (…) Não aceito lição de moral de banqueiro sobre responsabilidade fiscal. Quem não tem responsabilidade são eles, que cobram a taxa de spread do cartão de crédito que eles cobram”.

Lula afirmou que terá “condições jurídicas de ser candidato” em 2018. Ele declarou: “Eu serei candidato. E lhe direi mais: eu agora quero ser candidato. É importante. Eu agora quero ser candidato a presidente da República. Porque, na situação em que o país está, sem nenhuma falta de modéstia, as pessoas sabem que eu sei, as pessoas sabem que eu já fiz, e as pessoas sabem que eu posso consertar este país”.

Questionado se não haveria erro ético em empreiteiras fazerem obras em bens utilizados por ele e que isso seria um agrado ou vantagem indevida, Lula respondeu: “Primeiro, não foi um agrado porque eu não tive agrado. Primeiro, não houve. Segundo, se eu for candidato, eu vou ser julgado pelo povo. O julgamento do povo, para mim, é sagrado.”

Lula disse que não faria “barganha” com o juiz federal Sérgio Moro para reduzir número de testemunhas de defesa. Afirmou que, se necessário, se mudaria para Curitiba.

O petista considera que a Lava Jato seria refém “dos meios de comunicação”. Disse que o Ministério Público inventou mentiras e que continuaria mentindo a respeito dele, sem apresentar provas de eventuais crimes.

Negou ter tratado com Emílio Odebrecht de doações para o PT. Afirmou ser “surreal” acusação de que a Odebrecht manteria conta interna para atendê-lo. Para Lula, prisões em Curitiba equivaleriam a um método de tortura a fim de conseguir delações. Ele disse não ter preocupação com eventual delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho.

Segundo Lula, por ora, o prefeito de São Paulo, João Doria, mostrou “pirotecnia” para governar e terá obstáculos para ser candidato a presidente. Disse que haveria espaço para conversar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas não com o presidente Michel Temer. Para Lula, Temer não teve “compromisso” com a democracia ao apoiar o impeachment de Dilma.

A seguir, a íntegra em vídeo e texto da entrevista concedida por Lula na manhã desta quarta:

Parte 1



Parte 2


Fonte: Blog do Kennedy Alencar

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