Juazeiro do Norte (CE): Coleta de gás xisto preocupa autoridade

As águas do Cariri podem estar em risco. A informação é do presidente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte (Amaju), Eraldo Oliveira, que está preocupado com a possibilidade da extração de gás xisto através do método não convencional de fraturamento hidráulico (Francking). De acordo com Eraldo, vários lotes de terra em todo o país foram leiloados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para que o gás fosse explorado, inclusive no Ceará.

A informação do ambientalista é que esse método para a extração do gás xisto pode contaminar os lençóis freáticos. Segundo ele, para que o processo seja desenvolvido são usados até 700 tipos de solventes tóxicos e alguns radioativos, o que pode elevar vertiginosamente o número de incidência de câncer, além de outras doenças, como esterilidade.

Para impedir que o projeto seja desenvolvido em Juazeiro do Norte, o presidente da autarquia tenta aprovar um projeto na câmara de vereadores que regulamenta o uso e a ocupação do solo. O projeto proíbe que esse tipo de extração possa ser desenvolvido e impede a extração do gás do subsolo no município.

Outra preocupação que o ambientalista diz ter é sobre a possibilidade do uso de terras no entorno do município e região, já que, os lenções freáticos no Cariri formam uma cadeia que se interligam e proteger uma cidade e não as demais seria inútil. "A gente tem a necessidade de garantir que esse tipo de extração não venha para o nosso município e é preciso que a região metropolitana se mobilize no sentido de impedir essa ação", alerta.

A câmara legislativa de Aracati, litoral cearense, já aprovou o projeto de lei que impede que a extração seja executada no município. Em todo o Brasil, mais de cem municípios já tomaram a iniciativa e proíbem a prática. O temor é que assim como em cidades no Paraná e na Argentina o solo e as águas sejam contaminadas e inviabilize a produção agrícola e o abastecimento.

Adriano Duarte

Fonte: Miséria

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