'Vaquinha’ na internet para Lula arrecada R$ 44 mil no primeiro dia

Com o slogan “Lula: o Brasil feliz de novo”, o PT lançou na quarta-feira o ambiente digital para que simpatizantes do partido e eleitores doem dinheiro para a pré-candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, preso depois de ser condenado, em segunda instância, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, ele está inelegível, mas ainda assim pode solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro da candidatura. Até as 21h de ontem, R$ 44.891 já haviam sido arrecadados, em um total de 556 doadores.

Caso uma pré-candidatura não seja confirmada em agosto, no prazo final de registro, a legislação eleitoral prevê que todo o dinheiro arrecadado deverá ser devolvido aos doadores.

No site da “vaquinha virtual”, quem quiser colaborar pode optar por valores que variam de R$ 10 a R$ 1.064. Quem pretende doar mais precisa voltar à página após o prazo de 24 horas. Ainda são cobradas taxas de 8% do valor doado para quem fizer a transação por meio de cartões de crédito e débito. Quem pagar via boleto terá que desembolsar R$ 5,89 e uma taxa de 4% sobre o valor doado. O financiamento coletivo foi aprovada na reforma política de 2017.

O processo, que lembra o de uma vaquinha, funcionará em duas etapas: até o dia 15 de agosto (prazo final para o registro das candidaturas), estarão disponíveis as campanhas de doações para pré-candidaturas. Somente após esse período, a arrecadação passará a ser feita para as candidaturas já oficializadas.

Outros pré-candidatos à Presidência já lançaram plataformas semelhantes. A mais bem-sucedida até agora é a de João Amoêdo (Novo), que já recebeu mais de R$ 200 mil. O presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) arrecadou pouco mais de R$ 1 mil, por meio da página do partido. A plataforma própria de colaboração ainda não está no ar.

Já Álvaro Dias (Podemos) conseguiu R$ 11 mil, de 84 doadores, A pré-candidata da Rede, Marina Silva, anunciou que vai lançar a plataforma de financiamento coletivo depois da Copa do Mundo. Ela terá o apoio do mesmo grupo que construiu o sistema de financiamento coletivo mais bem-sucedido nas últimas eleições, a da campanha de Marcelo Freixo à prefeitura do Rio. Além disso, o partido já recebe doações por meio de sua página oficial. O tucano Geraldo Alckmin ainda não lançou o sistema próprio e, por enquanto, foca a arrecadação virtual no âmbito partidário, já que também é presidente do PSDB. Ciro Gomes (PDT) vai lançar o sistema amanhã, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) ainda não anunciou os planos para o setor.

Fonte: O Globo

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