O Cinturão das Águas do Ceará (CAC) alcançou 91% de execução e segue em ritmo acelerado para conclusão, prevista para junho de 2026. Considerada a maior obra de transferência hídrica estadual do país, o empreendimento é resultado da união de esforços entre o Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, e o Governo do Ceará, consolidando-se como um dos projetos mais estratégicos para a segurança hídrica do Nordeste.
Integração hídrica e segurança para o Cariri
Com 145,3 quilômetros de extensão, o Cinturão das Águas é composto por canais a céu aberto, sifões e túneis, responsáveis por conduzir a água captada na barragem de Jati, no Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), até as nascentes do rio Cariús, em Nova Olinda.
Quando concluído, o sistema representará um reforço decisivo na garantia hídrica do Cariri, segunda região mais populosa e de grande relevância econômica do Estado. O projeto prioriza o abastecimento humano, seguido pelo atendimento às demandas da indústria, turismo, dessedentação animal e agricultura irrigada.
A área de influência direta do empreendimento abrange 24 municípios, beneficiando cerca de 561 mil pessoas. Além disso, o CAC possui papel estratégico na integração hídrica estadual, com capacidade de contribuir para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), por meio da interligação com o Eixão das Águas, alcançando mais de 5 milhões de habitantes. O Trecho Emergencial já está liberado para essa finalidade.
As obras do Cinturão das Águas estão divididas em cinco lotes. Os Lotes 1, 2 e 5 já foram concluídos. O Lote 3, que liga Barbalha ao Crato, passando por Juazeiro do Norte, encontra-se com 86% de execução. Já o Lote 4, que segue do Crato até Nova Olinda, apresenta 70% de avanço e tem previsão de conclusão para outubro de 2025.
Ao todo, o empreendimento soma 145,32 quilômetros de extensão e mantém execução geral em torno de 90%, com entrega final prevista para junho de 2026.
Investimentos e geração de empregos
O investimento total no Cinturão das Águas é de aproximadamente R$ 800 milhões, considerando os aportes conjuntos dos governos estadual e federal. Nos Lotes 3 e 4, o valor global da obra é de R$ 1,084 bilhão, sendo R$ 319 milhões destinados ao Lote 3 e R$ 765,9 milhões ao Lote 4.
A execução do empreendimento também impulsiona a economia regional, com a geração de mais de 1.500 empregos diretos e a utilização de cerca de 500 máquinas, movimentando cadeias produtivas locais e fortalecendo o desenvolvimento econômico do interior do Estado.
Operação e manutenção
Após a conclusão integral do Cinturão das Águas, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) será responsável pela operação, manutenção e monitoramento da infraestrutura, além do acompanhamento do volume de água bruta entregue mensalmente pela operadora federal.


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