O planeta caminha para encerrar 2025 como o segundo ou terceiro ano mais quente da história, ficando atrás apenas do recordista 2024, segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (9) e reforçam o avanço acelerado do aquecimento global.
🔥 Aquecimento global em ritmo acelerado
O relatório é o primeiro divulgado após a COP30, realizada em Belém, onde líderes globais não fecharam novos compromissos robustos para conter as emissões de gases do efeito estufa.
O recuo dos Estados Unidos e a pressão de alguns países por flexibilizar metas climáticas contribuíram para o impasse.
O C3S destacou que o período 2023–2025 deve marcar pela primeira vez três anos consecutivos com temperatura média global acima de 1,5°C em relação ao período pré-industrial (1850–1900), fase em que a humanidade intensificou o uso de combustíveis fósseis.
🗣️ “Esses marcos não são abstratos — eles refletem o ritmo acelerado da mudança climática”, afirmou Samantha Burgess, líder estratégica para o clima no Copernicus.
🌪️ Eventos extremos se intensificam em 2025
Diversas regiões do planeta enfrentaram impactos severos:
- Tufão Kalmaegi deixou mais de 200 mortos nas Filipinas.
- Espanha registrou os piores incêndios florestais em 30 anos, favorecidos por altas temperaturas e seca.
- Ondas de calor excepcionais atingiram múltiplos continentes, ampliando riscos ambientais e humanitários.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) ressalta que os últimos dez anos foram os mais quentes desde o início dos registros globais.
🌡️ Meta de Paris está cada vez mais distante
Embora o planeta ainda não tenha violado oficialmente o limite global de 1,5°C — calculado a partir de médias de longo prazo —, a ONU já considera que a meta não é mais realisticamente alcançável.
O alerta das Nações Unidas reforça a urgência de reduzir rapidamente as emissões de CO₂, a fim de limitar a ultrapassagem desse limite.
📊 Dados históricos
Os registros do Copernicus remontam a 1940, e são comparados aos dados globais de temperatura desde 1850, permitindo identificar a clara tendência de aquecimento impulsionada por combustíveis fósseis.
Por Heloísa Mendelshon

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