Entrou em vigor no último domingo (23) uma nova regra do Banco Central (BC) que torna mais fácil a devolução de dinheiro para vítimas de golpes e fraudes realizados por meio do Pix. A mudança aprimora o Mecanismo Especial de Devolução (MED) e promete maior rastreabilidade das transações suspeitas.
🔄 O que muda
Até então, a devolução só podia ocorrer a partir da conta que recebeu originalmente o valor fraudulento. Porém, criminosos geralmente transferem o dinheiro imediatamente, esvaziando a conta inicial antes que a vítima perceba o golpe e registre a contestação.
Com a nova funcionalidade, o MED poderá:
- Rastrear todo o caminho percorrido pelo dinheiro,
- Compartilhar essas informações entre as instituições envolvidas,
- Viabilizar a devolução mesmo após múltiplas transferências,
- Concluir o processo em até 11 dias após a contestação.
A adoção da ferramenta é opcional neste primeiro momento, mas se tornará obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.
🛡️ Objetivo: reduzir fraudes e bloquear contas suspeitas
Em nota divulgada em agosto, o Banco Central afirmou que a medida deve: “Aumentar a identificação de contas usadas para fraudes e ampliar a devolução de recursos, desincentivando práticas criminosas.”
O compartilhamento automático das informações também deve dificultar a reutilização de contas fraudulentas.
📲 “Botão de contestação” já está ativo
Outra funcionalidade lançada recentemente para reforçar a segurança do Pix é o botão de contestação, obrigatório desde 1º de outubro nos aplicativos das instituições financeiras.
Com ele, o cliente pode:
- Contestar transações suspeitas sem precisar falar com atendentes,
- Acionar o MED por autoatendimento,
- Agilizar o processo de bloqueio e recuperação dos valores.
Segundo o BC, essa rapidez aumenta significativamente a chance de ainda haver recursos disponíveis na conta do fraudador no momento da contestação.
Por Nágela Cosme

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