Lula lidera todos os cenários da disputa presidencial de 2026, aponta pesquisa Quaest

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente em todos os cenários simulados para a eleição presidencial de 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (21). O petista também ampliou a vantagem em eventuais disputas de segundo turno, em comparação ao levantamento de julho, quando chegou a empatar tecnicamente com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A sondagem ouviu 2.004 pessoas entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Primeiro turno
Nas simulações de primeiro turno, Lula tem entre 34% e 35% das intenções de voto, dependendo dos adversários.

  • Contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula marca 34% e o ex-mandatário 28%. Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT), com 8%, e Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná, com 7%.
  • Contra Michelle Bolsonaro, o petista atinge 35%, e a ex-primeira-dama fica com 21%. Ciro aparece com 9%, e Ratinho, com 8%.
  • Contra Tarcísio de Freitas, Lula chega a 35%, e o governador de São Paulo marca 17%. Em seguida estão Ciro (11%) e Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, com 6%.
  • Em um embate com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula registra 34%, enquanto o deputado tem 15%. Ciro e Ratinho empatam com 10%.
  • Contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Lula aparece com 35%, Flávio tem 14%, Ciro marca 10% e Ratinho, 9%.

Segundo turno
Em todos os cenários testados, Lula ampliou a vantagem em relação à rodada anterior:

  • Contra Jair Bolsonaro: 47% a 35% (em julho, 43% a 37%).
  • Contra Tarcísio de Freitas: 43% a 35% (antes, 41% a 37%, empate técnico).
  • Contra Michelle Bolsonaro: 47% a 34% (em julho, 43% a 36%).
  • Contra Ratinho Jr.: 44% a 34% (eram 41% a 36%).
  • Contra Eduardo Leite (PSD-RS): 46% a 30% (em julho, 41% a 36%).
  • Contra Eduardo Bolsonaro: 47% a 32% (antes, 43% a 33%).
  • Contra Romeu Zema (Novo-MG): 46% a 32% (eram 42% a 33%).
  • Contra Ronaldo Caiado: 47% a 31% (antes, 42% a 33%).
  • Contra Flávio Bolsonaro: 48% a 32% (cenário testado pela primeira vez).

Rejeição
As maiores taxas de rejeição continuam sendo as de Jair Bolsonaro (57%) e Eduardo Bolsonaro (57%). Lula e Michelle Bolsonaro aparecem empatados com 51% de rejeição. Em seguida vêm Ciro Gomes (50%), Tarcísio (39%), Eduardo Leite (36%), além de Ratinho Jr., Zema e Caiado (33% cada).

Na comparação com maio, a rejeição de Lula caiu de 57% para 51%. Bolsonaro oscilou de 55% para 57%, e Michelle se manteve em 51%.

Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea, quando não é apresentada lista de candidatos, Lula foi o mais citado, com 16% das menções — contra 15% em julho e 11% em maio. Bolsonaro aparece em segundo lugar com 9% (eram 11% em julho). Outros nomes, como Ciro Gomes, Michelle Bolsonaro, Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas, somaram apenas 1% cada. Os indecisos representam 66%.

Lula e Bolsonaro
Apesar da liderança nas pesquisas, 58% dos entrevistados avaliam que Lula não deveria disputar a reeleição em 2026, enquanto 39% defendem uma nova candidatura. No caso de Bolsonaro, 65% consideram que ele deveria abrir mão de tentar voltar à disputa e apoiar outro nome, contra 26% que defendem a candidatura.

Entre os possíveis substitutos de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro é a preferida de 16% dos entrevistados. Tarcísio aparece com 14% e Ratinho Jr. com 10%. Eduardo Bolsonaro é citado por 4% (metade dos 8% registrados em julho), enquanto Flávio Bolsonaro aparece com 2%.

Medo de Bolsonaro
O levantamento mostra que 47% dos entrevistados têm mais medo de um eventual retorno de Jair Bolsonaro ao poder, enquanto 39% temem a continuidade de Lula. Outros 8% responderam que temem os dois cenários.

Aprovação do governo
A pesquisa também aponta uma leve melhora na avaliação do governo Lula. A desaprovação caiu de 53% em julho para 51% em agosto. Já a aprovação subiu de 43% para 46%.

A avaliação negativa do governo passou de 40% para 39%, enquanto a avaliação positiva cresceu de 28% para 31%. A parcela que classifica a gestão como regular oscilou de 28% para 27%.

Por Aline Dantas

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