A mamografia segue sendo a principal ferramenta no diagnóstico precoce do câncer de mama, uma das doenças que mais mata mulheres em todo o mundo. O exame é capaz de detectar tumores ainda em estágios assintomáticos, o que permite iniciar o tratamento de forma mais rápida e eficaz. Segundo mastologistas consultados, a realização periódica da mamografia pode fazer toda a diferença no prognóstico da doença.
🎙️ O que dizem os especialistas
“A mamografia é insubstituível no rastreamento do câncer de mama. Quando feita regularmente, pode identificar lesões com poucos milímetros, ainda não palpáveis. Isso aumenta significativamente as chances de cura e reduz a necessidade de tratamentos mais agressivos”, explica a mastologista Luciana Mota, especialista em oncologia mamária.
O mastologista Rafael Almeida reforça: “Hoje, sabemos que o diagnóstico precoce permite terapias mais simples e menos mutilantes. Mulheres que fazem rastreamento adequado têm menor risco de mastectomia e maior sobrevida.”
📅 Quando fazer o exame?
O Ministério da Saúde recomenda a mamografia a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos, faixa etária com maior incidência da doença. No entanto, sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia, defendem o início do rastreamento anual a partir dos 40 anos.
Em casos de alto risco genético ou histórico familiar importante, o acompanhamento é ainda mais precoce e personalizado, podendo incluir exames adicionais e início antecipado da mamografia.
⚠️ Sinais de alerta
Especialistas orientam que qualquer alteração suspeita nas mamas deve ser investigada. Os principais sinais de alerta incluem:
- Nódulos persistentes ou que aumentam de tamanho;
- Pele da mama com aspecto de casca de laranja;
- Retração da pele ou do mamilo;
- Secreção sanguinolenta;
- Nódulos nas axilas ou pescoço;
- Lesões que não cicatrizam;
- Inchaço ou vermelhidão nas mamas.
Nos homens, embora mais raro, o câncer de mama também pode ocorrer e se manifesta, geralmente, como um nódulo palpável na mama.
📸 Mamografia x Ultrassonografia
A mamografia utiliza raios-X para captar imagens internas das mamas, identificando pequenas calcificações e nódulos ainda não detectáveis ao toque. Já a ultrassonografia emprega ondas sonoras e é usada como exame complementar, especialmente útil em mulheres com mamas densas ou para diferenciar cistos e tumores sólidos.
“O ultrassom é um excelente exame, mas não substitui a mamografia no rastreamento de câncer. Ele deve ser usado de forma complementar, conforme orientação médica”, esclarece a doutora Luciana.
🧪 Confirmar é essencial: só a biópsia dá o diagnóstico
Vale lembrar que apenas a biópsia com análise histopatológica pode confirmar o diagnóstico de câncer. O caminho começa com exames de imagem, mas a confirmação da doença exige investigação laboratorial aprofundada.
📢 Conscientização e prevenção
Rafael Almeida faz um apelo: “Não adie seus exames. A mamografia é rápida, segura e salva vidas. Quanto mais cedo for detectado o câncer, maiores são as chances de cura, menores os impactos físicos e psicológicos, e mais conservadores os tratamentos.”
✅ Em resumo:
- A mamografia é o principal exame para rastrear o câncer de mama.
- Deve ser feita regularmente, conforme a idade e o risco individual.
- A ultrassonografia é complementar, mas não substitui a mamografia.
- O diagnóstico definitivo vem apenas com a biópsia.
- Diagnóstico precoce significa mais chances de cura e tratamentos menos agressivos.
Por Nágela Cosme
Nenhum comentário:
Postar um comentário