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Como descobrir se você foi uma das vítimas da fraude no INSS? Veja passo a passo

Investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Segundo os órgãos, até R$ 6,3 bilhões podem ter sido desviados de aposentados e pensionistas do INSS, por meio de cobranças não autorizadas de “mensalidades associativas”.

A apuração indica a atuação de 11 entidades de classe, que descontavam valores diretamente na folha de pagamento dos beneficiários sem autorização. Em 97% dos 1.300 casos analisados, os aposentados disseram não ter autorizado o débito.

📋 Como saber se você foi vítima
Para verificar se houve desconto indevido, o aposentado ou pensionista deve consultar o extrato de pagamento no Meu INSS:
  1. Acesse o app ou site Meu INSS com CPF e senha do Gov.br;
  2. Clique em “Extrato de pagamento de benefício”;
  3. Selecione o número do benefício;
  4. Verifique se há lançamentos com as descrições “débito associação” ou “mensalidade associativa”;
  5. Consulte os extratos entre 2019 e 2024, período foco da investigação.

Como cancelar o desconto
Se identificar o desconto, é possível solicitar a exclusão da cobrança no próprio aplicativo:
  1. Faça login no Meu INSS;
  2. No campo de busca, digite “mensalidade associativa”;
  3. Selecione “excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício”;
  4. Atualize os dados, se necessário, e siga os passos para concluir o requerimento.

Também é possível fazer o pedido pelo telefone da Central 135 ou diretamente com a entidade responsável pela cobrança.

🔒 Como bloquear futuras cobranças
Para impedir novos descontos sem autorização, o titular do benefício pode bloquear a adesão:
  • Acesse o Meu INSS e busque por “bloqueio ou desbloqueio de mensalidade”;
  • Faça o login com sua conta Gov.br;
  • Siga as instruções para confirmar o bloqueio.

“Esse procedimento atua como um pré-cadastro que impede novas autorizações de desconto sem o consentimento expresso do titular.”
Gisele Kravchychyn, presidente do IBDP

📢 Outras formas de denúncia e ressarcimento
Além da exclusão e bloqueio, o cidadão pode:
  1. Registrar reclamação no Portal do Consumidor:
  2. Informe a entidade responsável pelo desconto;
  3. Solicite a devolução dos valores indevidos.

Ingressar com ação judicial, pedindo:
  • Ressarcimento dos valores;
  • Indenização por danos morais, se cabível.

⚠️ O que diz a investigação
A CGU auditou 29 entidades e constatou que muitas não entregavam os serviços prometidos, como:
  • Descontos em academias;
  • Convênios com planos de saúde;
  • Apoio jurídico;
  • Auxílio funerário.

A investigação revelou ainda que o então ministro Carlos Lupi teria sido alertado sobre o esquema em junho de 2023, mas não tomou providências imediatas. Segundo documentos, ele considerou a denúncia grave, mas alegou a dificuldade de apuração diante do universo de 6 milhões de beneficiários.

A primeira ação concreta foi adotada apenas em março de 2024, nove meses depois. Mesmo com novas regras sendo publicadas pelo governo, o presidente do INSS teria agido para manter brechas legais que permitiam a continuidade dos descontos.

Por Aline Dantas

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