Hospedagem de site ilimitada superdomínios

Governo lança novo modelo de crédito e inclui classe média em programas de habitação no país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (10) um novo modelo de crédito imobiliário que passa a incluir a classe média entre os beneficiários das políticas de habitação do país. Segundo Lula, o objetivo é atender famílias que não são contempladas pelo Minha Casa, Minha Vida e que hoje enfrentam dificuldades para comprar um imóvel mesmo tendo renda estável.

A nova proposta reorganiza o uso da caderneta de poupança como fonte de financiamento habitacional e cria condições especiais de crédito para famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil mensais.

📌 Principais regras do novo modelo:

✅ Valor máximo do imóvel sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões
✅ Famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil poderão financiar
✅ Taxa de juros limitada a 12% ao ano pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
✅ Caixa Econômica Federal volta a financiar até 80% do valor do imóvel

🗣️ Lula: "Classe média também tem direito a ter sua casa"
Em discurso, Lula afirmou que sempre teve “uma inquietação” sobre a falta de políticas públicas para a habitação da classe média: “Essas pessoas não têm direito a comprar casa porque elas nem são pobres, não estão na faixa 1 nem na faixa 2 do Minha Casa, Minha Vida. Esse programa foi feito pensando nessa gente, pensando em dar a quem ainda não tem direito o direito de ter a sua casinha um pouco melhor”, disse o presidente.

Segundo ele, famílias da classe média também desejam padrão e localização melhores: “Ele não quer uma casa de 40 m², quer uma de 80 m². Ele não quer morar no Cafundó do Judas. Ele quer morar perto de onde vive e trabalha. O que vamos fazer é adequar as dificuldades econômicas ao respeito pela dignidade humana”, afirmou.

💰 Fim gradual do depósito compulsório
O governo anunciou ainda uma mudança estrutural no financiamento habitacional: o fim dos depósitos compulsórios da poupança no Banco Central após um período de transição. Com isso, mais recursos serão liberados para financiar moradias.

📌 Como funciona a transição:

  • Hoje, 65% dos recursos da poupança vão obrigatoriamente para crédito imobiliário
  • 20% ficam retidos no Banco Central como depósito compulsório
  • 15% ficam livres para aplicações bancárias
  • Até 2027, os compulsórios serão eliminados e todo o saldo da poupança servirá de referência para crédito
  • Pelo menos 80% dos financiamentos deverão seguir as regras do SFH

📉 Poupança em queda pressiona mercado
A medida também busca reverter a perda de recursos da poupança, que é hoje a principal fonte de financiamento imobiliário do país:

💸 Saques líquidos da poupança:

  • 2023: R$ 87,8 bilhões
  • 2024: R$ 15,5 bilhões
  • 2025: R$ 78,5 bilhões até agora

Segundo o governo, os saques são resultado da alta da taxa Selic, que estimula investimentos mais rentáveis.

🔜 Meta: 80 mil novos financiamentos
Com o novo modelo, a expectativa é que a Caixa Econômica Federal financie 80 mil novas moradias até 2026. O governo afirma que o sistema aumenta a concorrência entre bancos e democratiza o acesso ao crédito imobiliário.

📅 Quando começa a valer?
A implementação será gradual a partir deste ano, com plena vigência em janeiro de 2027. Até lá, seguem valendo as regras atuais, mas já com redução progressiva do depósito compulsório.

Por Nicolas Uchoa

Curta nossa página no Facebook e siga-nos no X

Nenhum comentário:

Postar um comentário