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Inelegibilidade até o fim do século? O futuro político de Bolsonaro em xeque

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ficar inelegível pelos próximos 35 anos, em razão da condenação na ação penal da trama golpista julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Lei da Ficha Limpa, políticos condenados por decisão colegiada ficam proibidos de disputar eleições por oito anos após o cumprimento da pena.

Na última quinta-feira (11), por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de:

  • organização criminosa armada,
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • golpe de Estado,
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça,
  • deterioração de patrimônio tombado.

Dessa forma, Bolsonaro, hoje com 70 anos, só poderia concorrer novamente em 2060, quando teria 105 anos de idade.

⚖️ Outras inelegibilidades já em vigor 
Bolsonaro já está inelegível até 2030 devido a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e econômico. O julgamento tratou da reunião realizada com embaixadores, em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, quando o então presidente atacou o sistema eletrônico de votação.

Esse episódio também foi citado pelo relator no STF como um dos “atos executórios” da tentativa de golpe de Estado.

📜 A mudança na Lei da Ficha Limpa 
Na semana passada, o Senado aprovou o PLP 192/2023, que altera a Lei da Ficha Limpa e reduz o tempo de inelegibilidade. O texto já foi enviado ao Palácio do Planalto para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Se a proposta for sancionada, os oito anos de inelegibilidade passariam a contar a partir da data da condenação, o que poderia encurtar o prazo de Bolsonaro para 2033.

🏛️ O caminho da anistia 
Diante do cenário atual, a única saída para que Bolsonaro retorne às urnas seria a aprovação de uma lei de anistia no Congresso Nacional.

Na próxima semana, aliados do ex-presidente devem articular movimentos para convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto.

No entanto, mesmo que aprovado, o texto ainda poderia ser questionado no STF, que já fixou entendimentos contrários à aplicação de anistia em casos de crimes contra a democracia.

Por Aline Dantas

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